Pedro do Coutto
Até quando milhões de pessoas sufocadas na Faixa de Gaza poderiam resistir sem água, sem alimentos e sem esperança ? Essa é a pergunta que se coloca neste momento diante da falta de uma saída para a guerra desencadeada pelo Hamas no sábado, dia 7 de outubro. O tema volta-se agora para um caso colossal de sobrevivência humana, uma catástrofe otimamente focalizada por Dorrit Harazim, O Globo, e Igor Gielow na Folha de S. Paulo, edições deste domingo.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou a ofensiva por terra, água e ar à Gaza, acentuando, no entanto, que a luta será longa. Logo, a afirmação contém a perspectiva de um embate corpo a corpo nos túneis do terror que o Hamas construiu em Gaza. O fator tempo é essencial para a questão, pois o deslocamento dos habitantes da Faixa de Gaza do Norte para o Sul está sendo alvo de bombardeios israelenses.
RETIRADA – O Brasil em meio aos esforços do presidente Lula junto ao governo do Egito, encontra dificuldades para retirar um grupo de 28 brasileiros e brasileiras através da fronteira por esse país que coloca obstáculos na base do temor de que a saída possa ser utilizada também por terroristas palestinos. O Brasil já conseguiu repatriar setecentas e uma pessoas. Todos salvos pela diplomacia e pelos aviões da FAB. Mas até o momento em que escrevo, o impasse com o Egito não foi ainda superado.
Dorrit Harazim, num belo artigo no O Globo, aprofunda a análise da questão, incluindo suas raízes e ardis. Um desses ardis, que levaram à reação de Israel contra os assassinatos, foi o de conduzir aquele país à invasão terrestre que pode significar centenas de milhares de mortes, inclusive em sua grande maioria de inocentes.
TEMOR – Harazim responsabiliza o Hamas pelo início desta nova situação, mas reconhece que conseguiram colocar uma armadilha humanista à frente da movimentação militar de Israel, até porque a ordem para que a população se desloque para o Sul é acompanhada de seguidos bombardeios. Os que se movimentam nas areias do terror têm que temer sobretudo o despejo de bombas em sua caminhada.
Os Estados Unidos ancoraram dois porta-aviões próximos ao Mar do Egito. O apoio americano pode significar, como analistas disseram, um aviso ao Hezbollah na fronteira Norte de Israel com o Líbano para que não se intrometa no conflito. Mas, a cada momento a internacionalização da guerra parece inevitável. A falta de saída significa um aprisionamento na própria tragédia tornando-a ainda maior.
Boa análise imparcial de Pedro do Couto.
Como o Hamas é um grupo de terroristas que não se importa com a vida humana, Israel sob o comando de Netanyahu, não pode se igualar ou fazendo pior que Hamas. A vingança nos moldes que está se realizando, também é violência.
Israel não precisava de dois porta-aviões, tem tudo para eliminar o Hamas sem precisar eliminar palestinos inocentes, cada prédio, escola e mesquita derrubados pelos foguetes causam muitas morte de inocentes que não têm nada a ver com o Hamas.
Mestre Pedro do Couto em brilhante análise sobre o conflito na Faixa de Gaza, provocado pelos terroristas do Hamas.
Sem água e sem alimentos, milhares de palestinos perderão a vida em menos de 10 dias.
Sem eletricidade, os doentes hospitalizados, também aos milhares irão a óbito, quando o combustível dos geradores acabarem.
Insta salientar, que a população Palestina é vítima do grupo Gamas. Por qual razão: Sabendo que a reação de Israel seria devastadora, os terroristas cometeram o atentado terrível, contra a população israelense, que também não pode ser confundida com o governo de Binyamin Netaniyau, que por sinal, está sendo responsabilizado pelas falhas do sistema de segurança de Israel. Bibi focou seu atual governo, na votação no Parlamento de Israel, para subjugar o Judiciário e suas decisões, ao crivo do Congresso. Na prática, as decisões da magistratura, que contrariarem o Likud, o PL de Israel, se tornarão sem efeito. Trata-se de uma liberação geral para os corruptos agitem a vontade.
Israel deixaria de ser a única Democracia do Oriente Médio. É isso, que Bibi deseja. A segurança da população israelense, ficou para segundo plano.
Voltando ao drama humanitário na Faixa de Gaza, está ocorrendo um êxodo da população do Norte para o Sul na fronteira com o Líbano, que permanece fechada, porque tanto Binjamim como o ditador do Egito, general Sisi, temem a entrada de terroristas do Hamas no território do Egito, camuflados entre a população, para criar células terroristas e de lá, lançarem mísseis contra Israel.
Joe Biden está aconselhando Israel, a desistir de entrar por Terra, com os tanques e as tropas do Exército, porque o massacre da população Palestina, causarão um dano irreparável na imagem de Israel no mundo e dos Estados Unidos também, que perderão a moral para acusar Putin de causar um massacre na Ucrânia.
Dois porta aviões nucleares dos EUA, já estão no Mar Mediterrâneo, dizem, para persuadir o Ira, a não entrar na guerra, através do grupo Hezbolha.
Balela, porque o Exército e a Força Aérea de Israel venceu os países árabes na guerra dos seus dias, sem a ajuda americana.
O modus operandi dos EUA é assim mesmo.
No Golpe de 1964, os Estados Unidos enviou um Porta Aviões para a costa do Espírito Santo, com o argumento de ajudar os golpistas, caso o presidente João Goulart resistisse com seus efetivos leais. Jango optou por sair do país, para evitar um banho de sangue entre irmãos brasileiros.
Uma invasão por terra causaria sem dúvida um grande número de mortes de palestinos, infelizmente maioria civis.
Mas Israel também sofreria grandes baixas, pois estarão vulneráveis à contra-ataques de guerrilheiros e atentados promovidos por palestinos. Basta ver como foi a primeira guerra da Chechênia.
Por esse motivo não creio que Israel leve a cabo essa invasão terrestre.
Sem água, sem energia gia e sem alimentos, pouquíssimas pessoas têm condição de sobreviver.
Moradores de Gaza estão bebendo água salgada ou poluída. Em pouco tempo, isso significa a falência dos Rins. A entrada de alimentos em Gaza foi interrompida. As famílias, que conseguiram estocar alimentos, estão em dificuldades para cozinhar, por falta de água.
Isso significa o pior dos mundos. A imunidade começará a atingir níveis elevadíssimos, quando as pessoas passarão a delirar, uma resposta do cérebro, as condições extremas.
Erradicar o Hamas é urgentíssimo.
Erradicar Netanyahu também.
“Muslim boy killed and woman wounded in Illinois hate crime motivated by Israel-Hamas war, police say”
(Menino muçulmano assassinado e mulher ferida em Illinois; crime de ódio motivado pela guerra Israel vs Hamas).
Autor: Joseph M Czuba, 71 anos.
Fonte: https://apnews.com/article/muslim-boy-killed-chicago-landlord-will-county-5135dea218326d6e639a996564d9369e
Vai piorar.
A Faixa de Gaza, é um território menor do que Sergipe, o menor Estado brasileiro.
Gaza está situada entre o Estado de Israel e o Mar Mediterrâneo.
Ao Sul, Gaza é fronteiriça com o Egito na cidade de Rafah, passagem de Kerem Shalom, atualmente fechada por ordem do ditador egípcio, general Sisi.
Ao Norte, Gaza, fica próximo de Jerusalém e Tel Aviv, na passagem de Erez, controlada pelo Exército israelense.
A Faixa de Gaza é composta por cinco cidades:
Norte – Beit Hanou ( 440 mil habitantes) e Cidade de Gaza(750 mil habitantes).
Centro – Deil El Balah (330 mil habitantes).
Sul – Khan Younis e Rafha (275 mil habitantes).
A Faixa de Gaza é controlada pelo grupo terrorista Hamas.
Cisjordânia, território ocupado pelos palestinos, comandados pela Autoridade Palestina – OLP. O Grupo Al Fatah, é contrário as ações terroristas do Hamas. Tem boas relações com o Estado de Israel e luta pelo Estado Palestino.
A Cisjordânia situa-se entre a cidade de Jerusalém e a Jordânia e próximo ao Líbano e as colinas de Golan, na Síria.
As colinas de Golan foram tomadas da Síria por Israel, na guerra dos seus dias.
O grupo terrorista Hamas, em 2012, entrou em confronto com o Al Fatha, que controla a Cisjordânia . 120 integrantes do Al Fatha foram mortos pelos terroristas do Hamas. Israel fez vista grossa, porque isso enfraquecer os a luta dos palestinos por um Estado soberano, o que de fato ocorreu. Israel seguiu a estratégia dos ingleses, no próprio Oriente Médio: Dividir para governar.
A geografia dos territórios ocupados pelos palestinos, não contribui para a unificação da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, na luta histórica desse povo, por um Estado.
Uma faixa de território continua, seria mais factível, para o alcance do objetivo da criação do Estado Palestino. A realidade geográfica, torna mais difícil a unificação da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, neste contexto de guerras localizadas.
É praticamente impossível, a Jordânia e o Egito cederem parte de seus territórios para a criação do Estado Palestino. O povo palestino está relegado a própria sorte. Para piorar o quadro, a divisão interna, está infelicitando os moradores de Gaza e da Cisjordânia.
Dividir para governar, é o lema dos colonialistas e dos ditadores. O Brasil tem esse trágico exemplo, para refletir e não cometer o mesmo erro. Tivemos uma prévia da divisão nacional, na tentativa fracassada da Revolução Constitucionalista de 1932, quando São Paulo tentou criar um Estado Soberano.