Pepita Ortega
Estadão
Desde domingo, 5, a Polícia Federal e o Ibama executam a Operação Xapiri, que visa combater o garimpo ilegal na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas. Segundo informou a PF, até agora a força-tarefa já destruiu 26 dragas, oito barcos, quatro rebocadores e 42,5 mil litros de diesel. Também foram apreendidas nove antenas Starlink e 3,2 kg de mercúrio. A operação é realizada nos rios Jandiatuba, Boia, Jutaí, Igarapé Preto e Igarapé do Mutum.
Segundo a PF, os xapiri ‘são guardiões invisíveis das florestas, espíritos nos quais os ancestrais animais dos povos Yanomami se transformaram’. “Eles são evocados nos rituais xamânicos para refrescar a terra, curar o corpo e afastar as epidemias.”
EM BUSCA DO OURO – Das 26 dragas destruídas entre domingo e esta quinta-feira, seis eram de grande porte, avaliadas em cerca de R$ 5 milhões. Estima-se que retiravam 1 kg de ouro por mês da região. Os barcos e rebocadores eram usados no apoio aos garimpeiros, e os 42,5 mil litros de diesel abasteciam os motores das dragas.
Os investigadores destacam que o avanço do garimpo ilegal ameaça os povos do Vale do Javari, que reúne a maior concentração de grupos indígenas isolados do mundo. Em época de seca, os indígenas se aproximam mais dos rios em busca de água e alimento, aumentando a probabilidade de contato com criminosos.
Danos ambientais causados por dragas de garimpo incluem a destruição de mananciais, beiras de rios e igarapés. O material dragado é lançado nos rios, causando assoreamento.
SEM CHUVAS – A estiagem dificulta a locomoção de dragas por grandes distâncias, favorecendo as incursões aéreas do Ibama e da PF.
A PF constatou que o aumento de sedimentos no rio dificulta a procriação de peixes e plantas, impactando a cadeia alimentar e as comunidades que vivem da pesca. O mercúrio usado para purificar o ouro contamina a água, causando graves danos ao meio ambiente e à saúde.
Nos últimos meses, a força-tarefa PF-Ibama deflagraram duas fases da Operação Draga Zero, com o objetivo de combater a extração ouro ilegal no Amazonas. A primeira etapa da operação teve início no final de agosto e perdurou por doze dias, destruindo mais de 302 balsas espalhadas nos trechos do Rio Madeira. Sua segunda fase foi realizada no início de outubro, e mais nove dragas foram inutilizadas.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A Polícia Federal e o Ibama estão de parabéns. É só deixar que trabalhem livremente e eles dão conta do recado. Infelizmente, porém, a Amazônia é uma terra sem lei, porque as operações se concentram nas terras da nação Yanomami. Exército, Marinha e Aeronáutica deviam se incluir nessa luta. (C.N.)
IBAMA e PF seguem desvalorizadas.
Conheço guerreiros que sairam da PM e estão nessa verdadeira guerra como PFs.
São as bombas deixadas pelo tricampeão em inelegibilidade, mesmo assim, ainda está atuando para o mal do Brasil ao telefonar para os seus aliados para votar contra o Reforma Tributária que pode não ser a ideal, mas é necessária.
Só a prisão vai eliminar os desejos impatrióticos e deletérios do inelegível.