Zumbi dos Palmares, grande herói brasileiro
Carlos Newton
Ganga Zumba, um príncipe africano e ex-escravo fugido, se torna o líder do Quilombo de Palmares. Mais tarde, seu herdeiro e afilhado, Zumbi, contesta suas ideias conciliatórias, enfrentando o maior exército jamais visto na história brasileira.
Símbolo da luta negra contra a escravidão e pela liberdade de seu povo, Zumbi dos Palmares foi morto no dia 20 de novembro de 1695. A data de seu falecimento é lembrada nacionalmente como o Dia da Consciência Negra, um momento de reflexão sobre a relevância da população africana e seu impacto nos mais diversos campos da cultura brasileira, como política, cultura e religião, entre outras.
Neste sentido, o advogado, jornalista, analista judiciário aposentado do Tribunal de Justiça (RJ), compositor, letrista e poeta carioca Paulo Roberto Peres, fez a letra de “Atabaque”, que lembra o tempo da escravidão. A letra foi musicada por Jorge Laurindo.
ATABAQUE
Jorge Laurindo e Paulo Peres
Este bocejo da noite é banzo
Engasgando profecias na senzala
Como as mãos da África, África,
Silenciou no adeus
“Atabaqueia” atabaque distante:
Axé, agô-iê, axé com fé….
Esta força, raça, canta e luta
Como Zumbi nos Palmares lutou.
Este gemido do açoite na alma
Qual sentinela de preço vil
Moldurou o libertar futuro
Era rei virou escravo
Quão errante terra branca
Soluçou-lhe cativeiro
Acrescentando uma nêsga sobre o tema e conforme:
https://hebreuisraelita.wordpress.com/?s=Zumbi&submit=Pesquisa
No dia em todos os anos que se homenageia Zumbi herói da libertação dos negros, lembro sempre de Ganga Zumba que criou o Quilombo de Palmares que servia de local para os refugiados da escravidão, manteve por muitos anos o seu povo livre e, celebrizou-se por ter assinado um tratado de paz com o governo de Pernambuco
Com a chegada de seu sobrinho, Zumbi indo de encontro a linha adotada de seu tio, logo depois Ganga Zumba foi morto por envenenamento de um partidário de Zumbi.
O enfrentamento entre o Quilombo de Palmares e o governo aumentou, o que levou o fim de Palmares.
O Candomblé foi uma importante herança religiosa por inspiração dos Orixás deixada pelos negros, religião diferente das demais criadas por homens de acordo com seus interesses religiosos.
No Candomblé toda vida na Terra está intrinsecamente ligadas, em que, a força da natureza é quem comanda.
A Umbanda teve origem no Candomblé, o que as difere é que a Umbanda incorpora espírito de mortos e no Candomblé não.
Eu não tenho religião, mas respeito que os têm e procuro entende-las.
Na minha opinião, futebol, religião e política são para serem discutidas.
Todas as grandes religiões foram criadas por homens de acordo com seus interesses religiosos, financeiros e políticos
O Deus único foi criação do homem que deu-lhe o nome de Jeová, mas era Deus só dos hebreus, para os inimigos Deus envia pragas e mandava dizimar cidades.
A vida espiritual está muito além de nossa imaginação. A criação de um Deus único veio facilitar a doutrina da fé.
O Espiritismo é mais humano, é o estudo dos ensinamentos de Jesus de Nazaré que é interpretado de acordo com os interesses de dada religião cristã.
O Budismo se assemelha ao ensinamentos de Jesus, pregam o amor ao próximo.
O faraó Akhenaton e passou a fixar o culto ao Deus Aton, como deus único.
Mas o que prosperou foi o Deus criado por Moisés, conforme narra os escritos do Pentateuco.
AXÉ! AXÉ!AXÉ!
Samba-Enredo 1971 – Ganga Zumba
CCES Canários das Laranjeiras
O negro
Escolheu a liberdade
Sem saber que a igualdade
Era um sonho que passou
Ao negro
Revoltava a realidade
Dando a vida a mocidade
Pelas moendas do senhor
Um dia
Nos caminhos dos Palmares
Forte vento, sopra os ares
Foi rei Zumbi que ordenou ôôô
Invocando o deus da guerra
Entre vales, rios, serras
As lanças feriam
Luzindo ao sol redenção
E no acesso da batalha
Pelo solo a mortalha (bis)
Do amor que trazia
Tão puro no seu coração
Ganga Zumba ôôôô
Ogu saruê
Oloru Modukê
Ganga Zumba ôôôô
Quem foi que deu ao Brasil mais amor
Foi um negro, foi um bravo
Que o Brasil abençoou (bis)
Na senzala foi escravo
No quilombo foi senhor
O vencedor escreve a História como quiser. E propaga.