Igor Gielow
Folha
O ano de polêmicas e atritos com o Congresso parece ter cobrado um preço de imagem para o STF (Supremo Tribunal Federal). A desaprovação do trabalho dos juízes da corte mais alta do país subiu de 31% para 38%, enquanto a aprovação caiu de 31% para 27%. Mais queda: consideram regular o desempenho do tribunal 31%, aponta nova pesquisa do Datafolha, ante 34% da rodada anterior, em dezembro do ano passado.
Foram ouvidos pelo instituto 2.004 eleitores em 135 cidades do Brasil na última terça-feira (5). A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
DESDE 2019 – O Datafolha passou a questionar entrevistados sobre a corte a partir de dezembro de 2019, quando o governo do então presidente Jair Bolsonaro (hoje no PL) já começava a fustigar os magistrados.
O resto é história: o Supremo tornou-se a principal trincheira da crescente campanha de Bolsonaro contra o sistema eleitoral, que atingiu tal nível em 2022 que o ex-presidente acabou tendo seus direitos políticos cassados neste ano até 2030.
Com o inquérito das fake news, capitaneado pelo ministro Alexandre de Moraes, foi ponta de lança na repressão aos movimentos antidemocráticos que pulularam no país nesse período, sob inspiração bolsonarista, e desaguaram nos atos do 8 de janeiro —e na forte reação institucional que sobreveio, acompanhada pelo Executivo e pelo Legislativo, cujas sedes também foram depredadas no fatídico dia.
ALVO DE CRÍTICAS – Tal protagonismo é objeto de críticas e, com a chegada de Lula (PT) ao poder, os atritos do Congresso com o Supremo passaram a se tornar mais frequentes —e ultrapassar a fronteira da defesa da democracia. Temas como o marco temporal de terras indígenas, derrubado na corte, têm forte ressonância na influente bancada ruralista, por exemplo.
Críticos do STF apontam ativismo em decisões, como na tentativa ora represada de flexibilizar a possibilidade do aborto, e alguns indicam excessos em decisões relativas a todos que se colocam contrários a métodos draconianos do tribunal no caso das fake news e no processo dos atos antidemocráticos.
Cereja do bolo, o Senado aprovou proposta de emenda constitucional que coíbe as decisões monocráticas, algo que foi lido no STF como uma tentativa de intimidação, já que a própria corte vinha tomando medidas para evitar esses despachos tomados por um só ministro e privilegiando a apreciação em plenário. O projeto agora foi para análise da Câmara dos Deputados.
AGENDA PROGRESSISTA – A polarização no país segue pautando o debate nas redes sociais, onde o ativismo bolsonarista tem Moraes como um de seus alvos prediletos. A agenda progressista do atual presidente da corte, Luís Roberto Barroso, é igualmente combatida.
Críticos não perdoam as escorregadas do ministro agora à frente do STF, que retrucou a um manifestante bolsonarista em Nova York no fim do ano passado com o já clássico bordão “perdeu, mané”, além de ter dito em 2023 que “derrotamos o bolsonarismo”. Ele buscou remediar as frases depois.
Sua gestão iniciada no fim de setembro, contudo, colocou o pé no freio de pontos polêmicos, como a questão do aborto. Ao mesmo tempo, viu aberta a possibilidade de que meios de comunicação sejam punidos por frases ditas por seus entrevistados, gerando diversas objeções de entidades de classe e especialistas.
APROVAÇÃO MAIOR – Com tudo isso, apesar de os 38% de reprovação se igualarem ao pior momento até aqui, os 39% da primeira aferição sobre o tema, feita em dezembro de 2019, os 27% de aprovação superam os 19% apontados naquela largada.
A maior aprovação ao Supremo anda colada à satisfação com o governo Lula. Entre os 38% que acham Lula ótimo ou bom, 52% dizem aprovar o trabalho da corte.
Já o ruim/péssimo é mais forte entre aqueles com mais instrução (46%) e entre segmentos usualmente associados ao voto bolsonarista nas duas últimas eleições presidenciais: a classe média baixa (2 a 5 salários mínimos mensais), com 46%, os evangélicos, com 44%, e aqueles 24% que reprovam Lula, com enormes 76%.
Barroso criou, para o lucro e a felicidade dos cursinhos preparatórios, um “ENEM” para todos os advogados que se candidatam à magistratura, com a nota mínima de 70 porcento, sem nenhuma ressalva para as já excluídas Pessoas com Deficiência, como requisito para que participem de concursos para juiz ao longo de dois anos, precisando ser renovado a cada biênio sem aprovação.
Esse é o ENAMA.
O CNMP fará o mesmo.
Magistratura e MP se tornaram a elite dentro das elites, que não produz nada, não sofre nenhuma cobrança ou avaliação e suga sem limites os recursos públicos.
Por eficiência e por Justiça, todos os magistrados e promotores deveriam ser avaliados a cada biênio.
A exclusão do acesso popular à elite vitalícia sempre acima de qualquer teto constitucional e que recebe imorais e desnecessários auxílios moradia se deve ao fato de que essas carreiras não precisam trabalhar.
Quem julga são os técnicos, analistas, assistentes em um trabalho de péssima qualidade e cada vez mais terceirizado.
O técnico subcontrata a elaboração por particulares estranhos à Administração das dezenas de minutas diárias, sem leitura, sem controle e sem respeito à Lei e às provas e sabe que jamais haverá nenhum tipo de sansão.
A assinatura é do deus juiz.
Juízes e promotores, que hoje não demandam trabalho ou conhecimento, mas apenas atuação política e partidária/ideológica e que falham sem vergonha controle algum na técnica, que não precisam utilizar, deveriam ser eleitos pela população, com mandatos fixos.
A alternativa seria a aplicação do Exame Nacional da Magistratura a todos os juízes e avaliações periódicas, não apenas de números, mas da qualidade técnica.
O pesado, caríssimo e opulento Judiciário se tornou uma fábrica de decisões teratológicas.
*sanção (punição, resposta à prática dos ilícitos)
O STF é a ponta do iceberg enorme do Judiciário brasileiro à deriva.
Está quase chegando no ponto estipulado nos “protocolos khazarianos”, visando o auto-desmantelamento das instituições por seus peões “para tanto alçados”!
PS. Alguém ainda duvida?
Primeiro, não acredito nessas pesquisas, em especial do data foice.
Deveriam ser apenas 33%. Estes 5% a mais representam a insatisfação daqueles que querem ver o ex-presidente preso. Se ocorrer isso, estaciona em 33%. Vale até mentir, como naquele caso em que o cara citou a interrupção dos serviços da farmácia popular.
A maioria dos brasileiros que deve ser em torno de 70% de alienados politicamente, quaisquer pesquisas não condiz com a realidade.
Se fizer uma pesquisa sobre o Congresso, pode até dar um percentual alto de bom ou ótimo.
A maioria dos eleitores sofre a influência da mídia.
Exemplo: Tarcísio Freitas quer vender a SABESP. a maior empresa de saneamento da América Latina lucrativas e prestando bons serviços. Será que nas mão da iniciativa privada vai ainda prestar melhores serviços do que o apresentado e diminuir o preço? Qual o real motivo dessa desestatização? Não está cheirando bem essa venda a toque de caixa
Foi pago à empresa International, Finance Corporation dos EUA o valor de R$ 45 milhões, sem licitação e claro que vai apresentar muitas vantagens na venda da Sabesp.
Já tem três empresas estatais de outros países interessadas.
Parte da mídia apoia e a outra parte fica calada, prefere usar seus espaços para atacar Lula para fortalecer o bolsonarismo e a direita liberal privatista.
“Qual o real motivo dessa desestatização? Não está cheirando bem essa venda a toque de caixa…”
Lembra aquela piada do cara que no inferno optou por cumprir sua eternidade no então tranquilo “poço de merda”, sté que chegou um maluco e pulou dentro, tendo então o desesperado exclamado: Não faz vanzeiro!
Vai ser merda à catingar e à perder de vistas!
O Paraná já “aproveita e borrifa”(fertiliza) suas lavouras com fezes humanas(prions) desde 1990(governo Alvaro Dias), dai……, a merda por tabela…..
Caro Nélio, acho estranho a TI ainda não ter publicado nada a respeito dessa privatização da Sabesp (pelo menos não lembro de ter visto), quanto mais se analisa a forma dessa venda mais absurdo vai ficando.
Por exemplo, o valor arrecadado vai ser aplicado na nova Sabesp para fins de subsidiar a tarifa, bem como a parte dos lucros que cabem ao Estado de SP na parcela que restou após essa venda.
Olha que beleza esse capitalismo, você compra um monopólio natural, recebe de volta o dinheiro e ainda fica com o lucro do sócio estatal. Desse papai Estado malvado empresário não reclama.
É verdade Rafael Santos.
Esses vendilhões da pátria ainda contam com apoio dos principais jornais: Estadão, Folha de São Paulo e Globo. Basta olhar as primeiras páginas desses jornais elogiando a venda da Sabesp
A questão da empreiteira, da empreitada, da compra, do fornecimento, está intimamente ligada ao processo político. Quem procurar desvincular isso se dá mal na análise, porque não existe nada na política que não tenha interesse econômico envolvido.
O que se quer, ou o que se deve querer, é que o interesse econômico seja como o colesterol: que vá até um limite. Não pode, amanhã, o sujeito dizer: “Eu quero 50% de comissão”. “Mas eu não posso,” — diz o empreiteiro — “se é isso que você quer eu tenho que dobrar o preço da obra.” “Então dobra…” Aí você vai fazer menos obras, vai dar menos empregos, vai construir muito menos, porque se você pega um preço e infla dessa maneira, ao invés de fazer duas obras, faz uma. Aí você está atrasando o processo de desenvolvimento. Então há um limite. Agora, não há condição de afastar o interesse econômico do processo político, porque ele só existe por isso.
A política é uma guerra sem sangue e a guerra é uma política sangrenta. Não há como desvincular isso.
Por falar em pagamentos, o “mais médicos” não volta mais ? A culpa também é do Bozo ?