Marcela Mattos
Veja
Desde que o nome de Flávio Dino entrou no rol dos cotados para assumir a cadeira de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF), uma ampla lista de sucessores passou a ser ventilada. Nela, há principalmente políticos e advogados que tentam se cacifar para o Ministério da Justiça, uma das mais poderosas pastas na Esplanada, e cujo movimento já vem acompanhado de uma série de intrigas.
Aliados do ministro da Justiça veem nessa enxurrada de nomes uma ação em benefício próprio dos supostos cotados para a sucessão. Isso porque o ministro da Justiça é tradicionalmente consultado pelo presidente da República nas indicações de magistrados para os tribunais superiores.
ESQUEMA MILIONÁRIO – Mas por que tanto interesse no Ministério da Justiça? Uma pessoa próxima a Dino resume a estratégia: “São figuras que se dizem com chance de virar ministros e desde já começam a discutir a indicação do desembargador ‘tal’ para determinado tribunal, e os escritórios deles se relacionam com os desembargadores. Aí depois ficam milionários nesse esquema de lobby”.
Há, ainda, aqueles que se dizem influentes na escolha do próximo ministro – sendo que em Brasília, todos sabem que, ao fim e ao cabo, é apenas Lula quem escolhe.
Por essa avaliação, o interesse desse grupo está concentrado principalmente na Justiça, e não no Ministério da Segurança Pública, hoje responsável pela maior e mais complexa parte das ações da pasta. É uma bandeira do PT a divisão do ministério, de modo a criar uma estrutura especificamente para cuidar da segurança do país.
OS PRETENDENTES – Na bolsa de apostas para assumir a Justiça, já surgiram nomes como o da deputada Gleisi Hoffmann, presidente do PT; de Jorge Messias, ministro da Advocacia-Geral da União; os advogados Marco Aurélio Carvalho, do Prerrogativas, e Ricardo Lewandowski, ex-ministro do STF; os secretários do MJ Wadih Damous e Ricardo Capelli, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet.
De acordo com a Folha de S. Paulo, nos últimos dias também ganhou força a indicação do secretário especial para assuntos jurídicos da Presidência, Wellington César Lima e Silva.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A que ponto caiu a Justiça, hein? É inacreditável que se faça lobby para indicar ministro com objetivo de enriquecimento ilícito, conforme a reportagem evidencia. É muito triste e desanimador. (C.N.)
Já foi diferente. Até o $TF interferia na escolha do superintendente da PF.
Para os palermas/cúmplices/idiotas & graduados, a conta das “eleições” está chegando :
Toffoli libera R$ 1 bi em penduricalhos a juízes federais que havia sido cassado pelo TCU
Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/toffoli-libera-r-1-bi-em-penduricalhos-a-ju%C3%ADzes-federais-que-havia-sido-cassado-pelo-tcu/ar-AA1lNyoW?ocid=msedgdhp&pc=U531&cvid=3fc24be524b54410bb21a8dd9b19879b&ei=11
Diga lá, Armando Gama !
Não é surpresa Curitiba estar se opondo a Sérgio Moro.
Moro errou demais em não se candidatar em 2018.
E pior: largar a magistratura para ser ministro de Bolsonaro.
Timing horrível.
O país perdeu muito com sua lerdeza.
Também pudera, o clima de esculhambação deste ministério começou com o imbrochável nomeando o ex-juiz da Lava Jato seguido de uma série de “notáveis”, o Stalinácio só está dando continuidade a isto, esta sucessão de “notáveis”.
No Congresso há lobby para todo gosto, de interesse da iniciativa privada, menos para os trabalhadores.