Israel se decepciona com apoio de Lula à ação pró-Palestina na Corte de Haia

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Daniel Zonshine lamenta que o Brasil tenha tomado partido

Henrique Lessa
Correio Braziliense

O embaixador israelense no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, criticou a posição brasileira de apoiar a representação da África do Sul na Corte Internacional de Justiça (CIJ) contra Israel e acusar o país de crime de genocídio contra a população palestina, na guerra contra o Hamas, na Faixa de Gaza. O diplomata, mesmo com o histórico de declarações controversas, foi cauteloso ao tratar da posição brasileira.

“Não posso dizer que estamos surpresos. O país já se posicionou diversas vezes, no passado, mas não achamos que essa era a coisa certa a se dizer sobre a questão”, lamentou Zonshine.

BRAÇO DO HAMAS – Pouco antes, a representação israelense divulgou nota na qual criticava a África do Sul pela representação à CIJ — que começou a ser julgada ontem, em Haia, na Holanda — e classificava o país como “braço legal do Hamas”.

“A África do Sul, que funciona como o braço legal da organização terrorista Hamas, distorceu totalmente a realidade em Gaza, após o massacre de 7 de outubro, e ignorou completamente o fato de que os terroristas se infiltraram, assassinaram, executaram, massacraram, violaram e raptaram cidadãos israelenses simplesmente porque eram israelenses”, frisou a nota.

Zonshine mais uma vez acusou o Hamas de tentar causar um genocídio de israelenses. “Não concordamos com essas alegações legais (da África do Sul), pois são erradas. Então, naturalmente, não concordamos com o apoio à petição, absolutamente inaceitável para nós. Se alguém tentou fazer um genocídio, foi o Hamas”, disse.

CONFEDERAÇÃO PROTESTA – Ao contrário de Zonshine, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) adotou um tom incisivo, pelo qual aponta que a decisão do governo “diverge da posição de equilíbrio e moderação da política externa brasileira”. “É frustrante ver o governo brasileiro apoiar uma ação cínica e perversa como essa”, criticou.

No entanto, para o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, o apoio brasileiro a representação sul-africana “é fundamental”. “Historicamente, o Brasil procura apoiar-se no justo e no legal. A posição do senhor presidente é consequente e alinhada com essa posição histórica”, disse ao Correio.

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, também saiu em defesa da posição brasileira e reproduziu um trecho da nota do Ministério das Relações Exteriores (MRE). “O governo brasileiro reitera a defesa da solução de dois Estados, com um Estado Palestino economicamente viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital”.  (Colaborou Rodrigo Craveiro)

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
– Lula melhor faria se mantivesse a neutralidade, que a posição tradicional do Brasil em relação a conflitos entre países estrangeiros. Para o Brasil, a melhor posição, sempre, é de não-alinhado, sem se meter nos assuntos dos outros, especialmente quando as duas partes estão absoluta e claramente erradas. (C.N.)

7 thoughts on “Israel se decepciona com apoio de Lula à ação pró-Palestina na Corte de Haia

  1. Deborah Sena

    As Forças de Defesa de Israel concentram esforços em um combate subterrâneo contra setores do Hamas. O Estado israelense expôs um vasto túnel subterrâneo escavado pela organização terrorista Hamas sob a cidade de Khan Yunis. O túnel foi localizado pelas unidades de Comando, de Engenharia de Combate Yahalom e Forças Especiais.

    O vídeo abaixo mostra a fortaleza criada pelo Hamas para manter reféns sob tortura:

    A passagem estava conectada a uma extensa rede de túneis subterrâneos sob uma área civil da cidade.

    Nas palavras da embaixada de Israel no Brasil, a ideia é ‘desmantelar’ os túneis com tecnologia avançada e meios operacionais.

    Desde o início da missão subterrânea, as forças localizaram mais de 300 poços de túneis, alguns levando a poços táticos e áreas que são usadas como instalações de armazenamento de armas e áreas de combate. Até agora, mais de cem túneis foram desativados.

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