Hélio Schwartsman
Folha
Lula é um oportunista, no que o termo encerra de positivo e de negativo. Quando viu que enfrentaria uma disputa difícil contra o então presidente Jair Bolsonaro, o petista veio com o discurso da frente ampla para salvar a democracia e convidou o ex-adversário Geraldo Alckmin para compor a chapa, na posição de vice.
Com isso, conseguiu atrair o voto de eleitores que faziam restrições ao PT, mas tinham ainda mais medo de Bolsonaro. Deu certo. Lula venceu por estreita margem.
SEM FRENTE AMPLA – O panorama agora é outro. O TSE tornou Bolsonaro inelegível. Isso é bom para Lula e o PT. O bolsonarismo sem Bolsonaro fica enfraquecido, mas ainda é forte o suficiente para inibir o surgimento de outras forças oposicionistas.
Lula já não necessita do discurso da frente ampla. Isso lhe deu liberdade para tentar reescrever a história, em linhas que podem ajudar seu partido nos pleitos municipais deste ano.
Os casos de corrupção no entorno da Petrobras, que o próprio Lula já reconhecera como reais (“Você não pode dizer que não há corrupção, se as pessoas confessaram”), acabam de se tornar uma orquestração dos Estados Unidos com juízes e procuradores brasileiros para prejudicar a empresa petrolífera.
SEM MINORIAS – Não foi a única reviravolta conceitual de Lula, que fez questão de subir a rampa do Planalto acompanhado de minorias, mas não se esforçou tanto para encontrar mulheres para pôr no Supremo ou que agora empresta a Advocacia-Geral da União para fazer coro ao machismo dos militares, que insistem em vetar a incorporação de membros do sexo feminino em unidades de combate.
Fazer política é negociar. Daí que o discurso de políticos é necessariamente menos definitivo do que o de líderes religiosos, por exemplo.
O problema é que, quando as mudanças batem de frente contra os fatos ou soam muito oportunistas (agora só no sentido pejorativo), contribuem para o descrédito da própria política, o que é ruim para a democracia.
De onde esse cara viu reviravolta conceitual? O discurso do Lula é rigorosamente o mesmo desde quando era metalúrgico.
Enfim, a volta dos investimentos da Petrobrás e a consequente redução dos dividendos dos acionistas mexeu com essa imprensa vira lata mais do que eu imaginei.
Esse cara sempre defendeu o molusco. Esse cara sempre foi oportunista no sentido negativo. Cresceu devido a carência de de visão dos que caíram na sua ladainha
Clap…clap…
Isso mesmo Rafael, só agora que descobriram o Mequinho do Xadrez político – Pelé.
Bem diz o Waldemar,,sem comparação.
Não debato o tema, por ser abordado com apenas um dos lados da moeda.
Lula é o que foi, o que é e o que será, até a demência atingir níveis definitivos.
Mas a charge é sensacional!
Fallavena
A ficha para o Stalinácio não vai cair tão cedo, provavelmente só daqui há um ano, ou antes um pouco, quando fecharem as urnas e o partido dele e aliados forem surrados nas urnas. A arrogância do Stalinácio só encontra paralelo na do imbrochável, outro arrogante que perdeu para si mesmo, igualzinho ao Trump, porque esnobaram o povo, é o que está fazendo o Stalinácio, ainda acreditando ser o cara.