J.R. Guzzo
Folha
Até cinco anos atrás, ou um pouco mais que isso, Jair Bolsonaro era um deputado que já estava em seu nono partido, não tinha força nenhuma na política brasileira e aparentava ter todas as características necessárias para acabar sua careira no anonimato. De lá para cá, foi presidente da República, tirou do armário a direita brasileira e transformou-se no maior, mais popular e mais temido adversário do presidente Lula, do PT e de tudo que existe em volta de ambos.
Hoje, um ano após deixar a presidência e ser declarado inimigo público número 1 pelo Supremo Tribunal Federal, é o maior problema político do Brasil.
FORA DO BARALHO – Não é mais presidente. Está proibido de disputar eleições pelos próximos oito anos. A esquerda, e mais uma porção de gente, anuncia a sua prisão para breve.
Deveria ser carta fora do baralho, por todas essas razões – mas não é. Ao contrário, a preocupação principal da vida pública brasileira neste momento é calcular qual será o tamanho da manifestação de rua que ele convocou para o fim do mês na Avenida Paulista.
Desde já, há análises para todas as preferências – e nenhuma sugestão coerente, até agora, para evitar o comício de Bolsonaro no lugar-símbolo do antilulismo no Brasil. A situação política vai ficar muito mais tensa se a Paulista encher, diz uma parte dos observadores. É uma aposta errada do ex-presidente, dizem outros: se a manifestação fraquejar ele estará a caminho do necrotério, e se atrair uma multidão não vai mudar em nada a sua situação penal.
POSSIBILIDADES – Caso o protesto reúna uma multidão indiscutível, as forças que estão junto com Bolsonaro vão receber a sua maior injeção de adrenalina desde que ele saiu do governo, acreditam uns. Outros dizem que fazer o que ele está fazendo, com o seu apelo às ruas, é uma provocação ao STF e às instituições – numa hora dessas, o direito de livre reunião teria de ser reconsiderado, por razões superiores.
Os argumentos vão por aí afora. O que não se vê é como impedir, sem o uso da força, que as pessoas saiam para a praça pública. Mais ainda, ninguém pensa que Lula convoque uma manifestação de apoio a Alexandre de Moraes para o mesmo dia e hora, com a ideia de mostrar quem é capaz de botar mais gente na rua.
Até o fim de fevereiro ainda pode acontecer muita coisa, mas, haja o que houver, fica uma questão que vai muito além da situação jurídica do ex-presidente, da sua influência nas próximas eleições municipais e coisas parecidas. A questão é simples e não recebeu resposta convincente até agora: como é que Bolsonaro, depois de tudo o que aconteceu, que está acontecendo e que pode acontecer, consegue ter milhões de eleitores a seu favor e manter-se como o político brasileiro que é visto como o único capaz de se opor a Lula e ao petismo?
TRAÇO DE UNIÃO – É extraordinário, por qualquer tipo de raciocínio, que ele seja esse traço de união. Muita gente que irá à Avenida Paulista nunca votou em Bolsonaro na vida, não gosta dele nem da sua conduta, e jamais pensaria em sair de casa para ir a um comício convocado por ele – mas vão fazer isso porque veem em Bolsonaro, por mais chocante que seja a constatação, o único meio de expressarem seu apoio à liberdade no Brasil de hoje.
Como foi possível se chegar à uma situação dessas? Os analistas de política têm o resto da vida para debater o tema, mas o ponto de partida para qualquer conversa racional a respeito é a pura e simples aversão terminal que Lula, o Supremo e o seu entorno criaram em torno de si.
Conseguiram transformar o deputado do baixo clero em ideia – e ideias não podem ser suprimidas por despachos do STF. É realmente um fenômeno que só o Brasil de 2023 poderia produzir.
(Artigo enviado por José Carlos Werneck)
O “sistema” estaria para sacanear o mais fiéis escudeiros do khazariano “Sindicato Internacional do Crime Organizado”, tolhendo-os e lotando prisöes à “BUKELE & MILLEI”, já que todos vem sendo mapeados, para avanço em seus ricos despojos, pela alçada pirataria?
A maioria dos brasileiros elegeram Lula em 2022, e isso mesmo com o jumento torrando bilhões das nossas reservas e da grana da privatização da Eletrobrás tentando comprar votos na cara dura na véspera da eleição. Mas agora o Gozzo agarantiu da cabeça oca dele que até quem não votou nesse vagabundo vai sair de casa num domingo pra apoiar o mito, porque o “Brasil inteiro cansou da ditadura do STF”. É mole?
Tá na hora de tirar a boca do saco do bolsonaro e escrever com a cabeça, se é que esse Gozzo ainda tem neurônios.
Repito, só vagabundo e desocupado que fica meses acampado em porta de quartel rezando pra pneu vai nessa maluquice.
Disseste bem.
Sim foi eleito, mas por quem?
Gilmar Mendes diz que eleição de Lula se deveu ao Supremo
https://veja.abril.com.br/politica/gilmar-mendes-diz-que-eleicao-de-lula-se-deveu-ao-supremo
Se hoje temos a eleição do Lula, isso se deveu a uma decisão do STF’, diz Gilmar Mendes
https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2023/10/15/se-hoje-temos-a-eleicao-do-lula-isso-se-deveu-a-uma-decisao-do-stf-diz-gilmar-mendes-bolsonaristas-reagem.ghtml
Concordo com o senhor Rafael.
Pondé, em:
https://www.facebook.com/share/r/ZP59pMsKZk3c3Unv/?mibextid=oFDknk
Chora petezada canalha, O Presidente Bolsonaro é e será sempre o Mito, que pode sair às ruas sem ser chamado de LADRÃO