Carlos Newton
Um clima de enorme suspense ronda o próximo depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro, que era considera um dos mais promissores oficiais do Exército, mas acabou enveredando pelo caminho do crime, em episódios de falsificação de documentos e compra e venda de relógios e joias presenteadas à Presidência da República por governos estrangeiros.
Mauro Cid é um militar muito estranho, filho do general Lorena Cid, muito amigo de Bolsonaro. Vinha fazendo carreira brilhante e estava cotado para ser tríplice coroado, como primeiro lugar nos cursos de especialização de oficiais do Exército.
VIDA DUPLA – Não mais do que de repente, diria Vinicius de Moraes, descobre-se que Mauro Cid é um mau militar, que tinha vida dupla e se tornara milionário nos Estados Unidos, como sócio da progressista empresa Family Cid Trust, em sociedade com o pai e o irmão mais novo Daniel, com valiosas propriedades na Califórnia e na Flórida.
Na função de ajudante de ordens, Mauro Cid foi um assombro e se meteu numa série de crimes, como a preparação do golpe de estado que não houve, além da falsificação de cadernetas de vacinação e da compra e venda de relógios e joias presenteados à Presidência por governos estrangeiros.
Mauro Cid pensou (?) que ia fazer delação premiada e sair de fininho, inclusive ganhando promoção a coronel. Mas a vida não é bem assim e ele terá de mostrar que não andou mentindo, caso contrário perderá os direitos à delação e pode ser novamente engaiolado
NOVO DEPOIMENTO – Nesta segunda-feira, dia 11, o criativo ajudante de ordens de Jair Bolsonaro será ouvido novamente pela Polícia Federal, no inquérito que investiga a tentativa de golpe pelo governo anterior.
Cid terá de explicar por que mentiu, ao afirmar que o general Estevam Theóphilo, que ainda estava na ativa e era membro do Alto Comando do Exército, atuara como fervoroso adepto do golpe de estado.
O ex-ajudante de ordens vai esclarecer se o general Freire Gomes, como comandante do Exército, chegou a apoiar de alguma forma o golpe.
MAIS DÚVIDAS – Vai detalhar também se Freire Gomes exigiu que ele, Mauro Cid, atuasse como agente duplo, informando as ações de Bolsonaro, dia após dia, ou se o próprio ajudante de ordens se ofereceu para fazê-lo, ao pressentir que o golpe não daria certo.
Terá de explicar, também, quem realmente liderava a conspiração: Bolsonaro ou Braga Netto? E se, na reta final, Bolsonaro percebeu que ia ser descartado e foi para os Estados Unidos. ou viajou mesmo com medo de ser preso?
Mauro Cid pensou (?) que ia fazer delação premiada e sair de fininho, inclusive ganhando promoção a coronel. Mas a vida não é bem assim. Ele acaba de perder a promoção e terá de mostrar que não andou mentindo, caso contrário perderá os direitos à delação e pode ser novamente engaiolado.
Se falar imitará um “jogo de varetas”!
Caro Carlos Newton, pergunta que não que calar:
Quando começará no Brasil a necessária “Operação BUKELE”, mesmo à desobediente contragosto governanental?
Agusrda-se….
Talvez tenha faltado ao militar o cuidado de consultar o empresário cearense Sérgio Machado, ex presidente da Transpetro durante os governos Lula e Dilma Rousseff, que fez delação premiada em 2016 e saiu de fininho da cena do crime.
“mas acabou enveredando pelo caminho do crime, em episódios de falsificação de documentos e compra e venda de relógios e joias presenteadas à Presidência da República por governos estrangeiros.”
Eu acho que deveriam quantificar em quanto monta a roubalheira do Bolsonaro e do Cid.
Esse caminho do crime é medonho!
Imagino que o produto do roubo encheria mais caminhões da Granero que a mudança da alma mais honesta deste lado da galáxia.
As novas viagens do $talinácio e Janja será que merecem da alfandega o mesmo preciosismo.
Dom $talinacio Curro de la Grana levou onze caminhões de mudança com um belo relógio Piaget que ganhou do presidente da França.