Chuva de dólar na Argentina faz os bancos recuperarem US$ 2,3 bilhões em depósitos

Argentina X Dólar país enfrenta escassez de reservas

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De outubro a março acontecem os temporais na Argentina. Desta vez, o período das águas também está sendo caracterizado pela chuva de dólares nos bancos do país vizinho. Os hermanos voltaram a levar mais de US$ 2,3 bilhões (R$ 11,4 bilhões) aos bancos desde que Javier Milei assumiu a presidência, em 10 de dezembro.

O salto de quase 17%, para US$ 16,4 bilhões (R$ 81,5 bilhões), significa que os depósitos em dólares nos primeiros três meses do novo governo recuperaram completamente as perdas do ano passado, segundo dados do Banco Central da Argentina.

PESO OU DÓLAR – Na Argentina, as contas correntes são denominadas em pesos, enquanto as contas-poupança podem ser denominadas em dólares.

Porém, devido às restrições, apenas alguns poupadores podem comprar US$ 200 por mês e com impostos. Por isso, em geral as pessoas tendem a comprar o dólar MEP ou Bolsa, que é mais barato que o dólar-poupança e, ao contrário do dólar blue, é legal.

O que explica a chuva de dólares na Argentina? De acordo com especialistas consultados pela Bloomberg, o aumento dos depósitos nos bancos argentinos é um reflexo direto do otimismo da população com o governo de Milei. 

RESERVAS NEGATIVAS – Se a tendência continuar, seria uma boa notícia para o Banco Central, uma vez que parte dos depósitos em dólares dos poupadores está contabilizada nas reservas internacionais que, apesar das compras de dólares pela autoridade monetária, ainda permanecem negativas.

Os dólares que os argentinos mantêm no sistema financeiro são um termômetro informal de risco político, uma vez que as pessoas tendem a guardar dinheiro durante períodos de volatilidade e a depositar nos bancos em tempos mais estáveis.

Em outubro e novembro do ano passado, meses de eleição da Argentina, os depósitos caíram acentuadamente: saíram de US$ 15,2 bilhões para US$ 14,6 bilhões de um mês para outro. Os depósitos em dólares também caíram de um pico de cerca de US$ 32,5 bilhões em 2019, depois que o antecessor de Milei, Alberto Fernández, venceu as eleições primárias daquele ano.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
São boas notícias, enviadas por José Guilherme Schossland. Significam que os argentinos estão confiando no novo presidente, apesar de suas excentricidades, digamos assim.  Mas ainda falta muito para a economia argentina voltar a respirar sem aparelhos. Vamos torcer por eles, que são nossos hermanos e  importantes parceiros comerciais do Brasil. (C.N.)

6 thoughts on “Chuva de dólar na Argentina faz os bancos recuperarem US$ 2,3 bilhões em depósitos

  1. Parabéns aos Argentinos por alçar Millei, o resgatador da merecida importåncia daquele país, antes TAMBÉM destrambelhada e crininosamente gestado!

  2. “Reflexo direto do otimismo da população…?!”

    Desde quando a POPULAÇÃO tem dólares pra fazer chover em qualquer país que seja… quanto mais no caso da Argentina – depauperada economicamente há décadas?

    Por óbvio essa “chuva de dólares” NÃO VEM da população. Se não vem da população, donde está vindo?

    … dos campos netos e paulos guedes portenhos – diretamente dos paraísos fiscais para virem dilapidar o pouco que resta do patrimônio do Povo argentino?… d’outros especuladores internacionais quaisquer?

    … ou simplesmente mais um artigo engana-trouxas a la alexandre garcia ou guzzo?

    (PS. Lembrei de Julius Nyerere, ex-presidente da Tanzânia, citado por Eduardo Galeano…)

  3. Bem, a população da Argentina, na sua maioria, está numa pior. O ajuste por enquanto, recaiu sobre a população mais pobre, com os cortes nos benefícios sociais, nos reajustes das tarifas públicas e preços em geral..

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