Moraes acerta ao inocentar réu e ao evitar acesso a cerimônias militares

 Ilustração: Kleber Sales/Estadão

Ilustração: Kleber Sales/Estadão

Carlos Newton

Como dizia o ator e apresentador Carlos Imperial, “sem liberdade para elogiar, nenhuma crítica é válida”. Aqui na Tribuna da Internet, sob o signo da liberdade, seguimos essa premissa. Assim, após críticas acerbas e permanentes ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, temos o direito de abrir uma exceção para elogiar dois acertos do relator do “inquérito do fim do mundo”, aquele que não acaba nunca.

O primeiro acerto foi inocentar um dos réus do 8 de Janeiro, que afirmou estar em condição de morador de rua e ter seguido a multidão apenas por curiosidade.

INDULGÊNCIA – Se Moraes tivesse demonstrado essa indulgência desde o início, a enorme maioria dos réus da invasão da Praça dos Três Poderes estaria sendo julgada com a clemência e a misericórdia a que tinham direito, por serem cidadãos de ficha limpa, de fazer inveja às autoridades nacionais, e também por não terem sido apanhados em flagrante.

Dos 1.395 presos inicialmente, apenas 243 foram detidos dentro dos palácios em 8 de janeiro e muitos deles nem estavam quebrando nada, apenas olhando. Quer dizer – houve poucas prisões durante ou logo após o vandalismo, pois 1.152 suspeitos só foram detidos no dia seguinte, 9 de janeiro, sem flagrante e sem que se saiba se participaram do ato.

No início, Moraes pedia 17 anos de prisão a qualquer dos acusados, independentemente de existirem provas ou não, e acrescentava 4 anos se tivessem feito selfie e enviado a foto ou filmagem para algum parente ou amigo. Agora, passou a pedir 11 anos ou 17 anos, com base em seus estranhos critérios.

PROIBIÇÃO ACERTADA – O ministro Moraes acertou também ao proibir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros investigados de irem a eventos ligados às Forças Armadas e às polícias militares.

Além de Bolsonaro, a ordem tem como alvos: general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional); delegado federal Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e candidato a vice-presidente na chapa com Bolsonaro em 2022; e general Paulo Sergio Nogueira, ex-ministro da Defesa.

Realmente, não fica bem ver os envolvidos confraternizando com militares da ativa. Essa promiscuidade seria altamente deléteria, especialmente depois de Braga Netto ter chamado de cagão e traidor seu superior, o então comandante do Exército Freire Gomes. Não importa se Braga Netto está na reserva, porque ele continua sendo obrigado a respeitar os superiores (Decreto-lei 2.243, artigo 175).

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P.S. –
É triste ver simples cidadãos sendo falsamente considerados “terroristas” e condenados a penas rigorosíssimas, como se fossem criminosos tão maléficos e nocivos como Sérgio Cabral, aquele que se diz “viciado” em roubar dinheiro público, não fez tratamento, mas já está solto, para curtir o resto da fortuna roubada que as autoridades não conseguiram recuperar. Ah, Brasil! És um país de cabeça para baixo, ou ponta-cabeça, como dizem os paulistas. (C.N.)

9 thoughts on “Moraes acerta ao inocentar réu e ao evitar acesso a cerimônias militares

  1. Prender pessoas claramente inocentes, sob as acusações mais absurdas, caluniosas e difamatórias, já é um crime contra toda a humanidade.

    A moda no século XXI é rotular opositores de “terroristas no atacado, traficantes sem drogas ou com droga plantada, estupradores impossíveis de ninguém, agressores de estelionatária que jamais conheceu”.

    Nestes tempos tenebrosos, todos os santos da bíblia seriam, pelas criaturas desalmadas mais canalhas de toda a história universal, condenados à morte e ainda difamados absurdamente e sem nenhuma defesa.

    Estamos em situação muito pior do que na inquisição.

  2. Não concordo com você.
    Você esqueceu ou não quer falar a respeito da legalidade. E se fosse com você? E o safado do G. Dias? E a Ana Priscilla? Seja ético. No fundo, no fundo, você é uma boa pessoa. KKKKKKK

    • Ainda vão acabar concordando comigo que 31 de março de 1964 foi igual a 08 de janeiro de 2023, uma engendrada “”Falsa Bandeira” idealizada pela “fraterna irmandade” para como “centelhas” fazer “avançar” a combinada e mundial “maré vermelha” recheada de nazistas e fascistas conforme epílogos e decisões estapafúrdias direcionadas à tidos incautos e ludibriados “recalcitrantes”!
      Estão dando os tapas e escondendo as mãos dos “mestres” que protegem os “intere$$ado$”(máfia khazariana”!
      Vige, no mundo, o “Sindicato Internacional do Crime Organizado”!

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