Maria Hermínia Tavares
Folha
Dignidade foi uma das palavras mais ouvidas no recente seminário “População em situação de rua”, no auditório da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Entre diagnósticos, denúncias e propostas de políticas, o que uniu os participantes foi a constatação de que eficiência e respeito à dignidade das pessoas têm sido o bem mais escasso nas sucessivas tentativas de lidar com um problema tão descurado pelos governos municipais e estaduais.
Uns e outros, com frequência, os reduzem a uma questão de polícia — o controle do tráfico e do consumo de substâncias ilícitas — ou de zeladoria urbana — a limpeza matinal de praças e ruas que servem de desabrigo aos sem-teto.
COMPLEXIDADE – Este o primeiro erro: simplificar o que é complexo por qualquer lado que se o focalize. Para a rua convergem pessoas levadas por amplo rol de tragédias, agravadas pela proximidade da pobreza extrema: perda de emprego ou trabalho ultraprecário, ruptura de laços familiares, uso de drogas, doenças, problemas psicológicos graves ou distúrbios mentais.
Para a simplificação contribui a inexistência de um censo dessa população que a descreva em detalhe. A lacuna permite que se substitua conhecimento por estereótipos assentados em preconceitos.
O segundo erro decorre do primeiro. Não existe bala de prata para lidar com problemas complexos. Há muitas dimensões a considerar — e a assistência social, embora insubstituível, está longe de ser a única.
OUTROS PROGRAMAS – São igualmente importantes programas de moradia, saúde, educação, trabalho e renda, destinados a segmentos específicos desse contingente.
A multiplicidade de instrumentos requer dos governos municipais e estaduais capacidade de coordenação, atributo raramente encontrado no setor público.
O terceiro equívoco são as mudanças abruptas de orientação a cada troca de governo: produzem instabilidade institucional, descontinuidades de todo tipo, dificuldade de acumular experiências e aprender com elas, ruptura de vínculos de confiança particularmente importantes quando os beneficiários são pessoas que perderam ou estão por perder suas raízes.
POLÍTICA DE ESTADO – Difícil acreditar que iniciativas para população de rua possam se firmar se não virarem políticas de Estado, capazes de sobreviver a mudanças das coalizões governantes, a exemplo de Bolsa Familia, SUS ou Fundef.
Essa transformação sempre requer programas bem concebidos e comunidades de especialistas que os defendam e logrem dar-lhes legitimidade social.
Em suma, que sejam capazes de mostrar que a indignidade a que está condenada nossa população de rua torna menos dignos os que com ela convivemos.
Eu…
Fiquei indignado
Ele…
Ficou indignado
A massa indignada
Duro de tão indignado
Comemorou a nossa indignação
É uma mosca sem asas
Não ultrapassa as janelas
De nossas casas
Indignação indigna
Indigna nação
Indignação indigna
Indigna nação
In(DIG)nação
Clássico do
Skank
Sr. Newton.
É melhor por o cinto de segurança e o tambor de emergência.
O ladrão soltou mais uma.
Culpados são os rebeldes que acreditariam que os filhos após cortado o cordão umbilical devem abandonar os pais e irmãos e sair pelo mundo com a INFAME promessa que só voltarão quando estiverem bem de vida!
90% passam fome e necessidades, drogam-se e tornam-se irrecuperáveis alcólátras, dormindo e passando frio ao relento, em perene drama de consciência pela besta promessa dita em suas partida, enquanto pais tardamos em falecer, esperando a cada dia o filho amado e ausente, para abraçá-lo e acolher àquele que jamais deveria tê-los abandonado.
Normalmente, enlouquecem e com remorsosmorrem longe!
É o que penso ao ver tantos reunidos pelas calçadas, em família de desconhecidos rebeldes!
Nem só de filhos pródigos vive a indigência.
Muitos são idosos como nós e trabalharam e contribuíram a vida inteira.
Adoeceram e caíram nas mãos de uma seguridade: assistência, previdência, saúde ilusória e indigente.
Vítimas de estelionatários.
Inclusive usando o arbitrário Judiciário daqui.
Assassinados a cada dia ao relento.
E pela demagogia das barraquinhas, dos movimentos de sem teto e sem terra, das bandeiras vermelhas que só exploram e retroalimentam a miséria.
A Injustiça e a ausência de empatia nesta Terra com a qual nos deparamos a todo instante.
Tornados invisíveis.
Depois que colocaram “na marra” o ladrão de volta na presidência, o número de moradores de rua mais que triplicou. Basta andar nas ruas do Largo do Machado/RJ que é perceptível. Nunca foi assim.
Se erradicarem a miséria e a pobreza quem vai votar na esquerda?
$talinacio já disse que um bom emprego tira voto do PT.