Janio de Freitas
Poder360
Uma novidade brasileira faz sucesso na Europa sem o reconhecimento da sua origem. Talvez, a ideia inicial não tenha partido dos nossos criativos administradores. Mas a difusão do seu uso simultâneo, como um movimento de massa – e não só de massa, logo se verá – tem a ginga brasileira. A TV5 Monde exibiu há pouco, inclusive para o Brasil, extensa reportagem em supermercados franceses.
Primeira novidade: era a antipublicidade. Não sobre a qualidade de produtos, muitos, de presença comum nos carrinhos e, viva a independência dessa TV, nos anúncios de todo dia. Os preços foram mostrados apenas para confirmar sua estabilidade.
MENOR QUANTIDADE – O objetivo estava no peso ou na quantidade líquida de numerosos produtos. As menores reduções eram de 10%. Havia cortes até superiores a 30%. Nenhum consumidor estava advertido de que a cada quilo pago só recebia, quando muito, 900 gramas. A média aparente das muitas reduções apresentadas estaria em 15 a 20%. O preço, sempre imóvel.
A outra novidade: o golpe-baixo coletivo, em clara articulação de produtores para enganar o consumidor e o governo. Na realidade, os preços desses produtos subiram na proporção do conjunto de cortes. Entregar 85% de um produto pelo preço de 100%, por exemplo, é aumentá-lo em 17,64%. Logo, o custo de vida subiu e, sendo mantidos os preços, não entrou na contabilidade social dos reajustes. Nem nas aferições de inflação.
Afinal informados, os franceses batizaram a trapaça industriosa: reduflation. Por aqui não há nome, nem mesmo a informação. As reduções iniciais deram-se durante o desastre Bolsonaro.
LETRAS MÍNIMAS – Registrei-as, ressaltando a maneira como cumpriam a exigência de inscrever no rótulo uma referência à variação. Letras mínimas, localizadas sem atrair atenção. Menos distante foi a difusão da artimanha, até tornar-se, já no governo Lula, o movimento que empolgou os seguidores franceses.
Continuamos à frente, porém. Com um aprimoramento precioso, que permite reduções até insultuosas sem o risco, já improvável, de reação do governo ou do consumidor.
A velha “nova composição” passou a mudar minimamente a anterior para mudar maximamente o peso ou a quantidade, assim não estranhados no rótulo.
O GOLPE SE AMPLIA – A quantidade de produtos submetidos a essa prática ilusória, e suas variações, tem crescido como um desaforo irrespondível.
Produz inflação camuflada e silenciosa. Produz aumento do custo de vida. Reduz o valor do salário. Em alguns casos, o consumidor ainda pode substituir o produto. Em nenhum, se perceber o ilusionismo, tem a quem pedir ao menos relações mais respeitáveis.
Bem, admitamos que seria pedir demais. Nem a Previdência Social e o seguro-saúde privado, ininterruptos na relação inviável com o segurado, motivaram, em décadas, a busca de alguma solução respeitosa e definitiva.
Macrom Rothschild, deve ter combinado com o camarada!
Kkk… Bolsonaro é agora é o responsável pela incompetência do LADRÃO CorruPTo e seu “ministro da defesa” que não sabe fazer contas. kKK…
Bolsonaro agora…
Essa prática tem mais de trinta anos.
O litro de óleo virou .9 oazeite .5 virou .4 o chocolate .2 vira .18 e assim por diante.
E assim foi “controlada” a inflação. Já os impostos…….
Nem lembro quando essa tramóia apareceu. Mas faz algum tempo. O peso dos produtos foi diminuindo e os preços se mantendo no mesmo patamar ou até aumentando um pouco.. Acho que produtos de chocolates foram os campeões . Farinhas também.
Aqui no Brasil o peso é o volume dos nossos produtos caem mais rápido do que a inflação. Antigamente os produtos eram em geral 1 Kg, agora são encontrados em 800 gr e 400 gr. Nossos empresários ainda vão ganhar um prêmio Nobel
Tem “uma dúzia” com dez ovos…
Só no Brasil…
José Luis
Amigão.
O texto que você enviou foi respondido lá no artigo da anistia.
Abraço
Senhor José Vidal , essa safadeza foi implantada no governo FHC , ao permitir e instituir o fracionamento de medicamentos e vários outros produtos , sendo que as dragarias e farmácias mantiveram os mesmos preços , mesmo tendo diminuído a quantidade dos remédios .
Senhor José Vidal , lembra-se do programa humorístico televisivo do Jó Soares , quando ele desenrolou o papel higiênico , que na sua embalagem dizia que media 40 metros , mas na verdade media muito menos , daí conclui-se a quanto tempo estamos sendo lesados pelos mais diversos fabricantes no país , com a omissão e conivência de sucessivos governos e congressistas ao longo do tempo .
Um rolo de papel higiênico pode ser usado como espantalho, até para o Rei dos Animais, conforme:
https://youtu.be/lBiat27HUeE?si=jCTrETLmLQVvkT_J