Caio Vinícius
Poder360
A Polícia Federal está investigando o que levou agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) a entrarem em contato com o gabinete do senador Humberto Costa (PT-PE) em 23 fevereiro de 2024. A apuração se dá no inquérito da chamada “Abin paralela”, que investiga a existência de um esquema de aparelhamento da agência para vigiar políticos e personalidades públicas no governo Jair Bolsonaro (PL).
O oficial investigado pela “Abin paralela” conseguiu uma audiência por meio de contatos no escritório do senador no Recife (PE). A reunião foi com o assessor parlamentar do PT Adilson Batista Bezerra, ex-delegado da PF.
CHEGOU SOZINHO – Inicialmente, a reunião marcada teria como pauta a reformulação das estruturas da Abin. Participariam outro oficial e o então assessor parlamentar da Agência, que estava em férias no período. No entanto, só o investigado compareceu.
Em nota, o gabinete do senador petista confirmou a reunião e disse que o integrante da Abin havia se apresentado como “alguém perseguido no âmbito funcional” e que o encontro acabou sem “desdobramento”.
Depois da descoberta do encontro, o assessor parlamentar da Abin foi demitido por supostamente atuar fora da agenda e o oficial investigado pela PF continuou afastado das funções. A PF apura se o agente teria tentado obter apoio político para atrapalhar a investigação e se a direção da Abin sabia e acobertou o caso.
DIZ O SENADOR – Leia a íntegra da nota do senador Humberto Costa (PT-PE):
“A assessoria de imprensa do senador Humberto Costa esclarece que, por meio do escritório no Recife, foi encaminhada uma demanda formal de audiência de um servidor da Abin ao gabinete em Brasília. O servidor, como qualquer outro cidadão que solicite atendimento, foi recebido pela assessoria parlamentar, a quem se apresentou como alguém perseguido no âmbito funcional”, diz a nota, acrescentando:
“A ele foi informado que nada poderia ser feito, tendo em conta que o caso foge ao escopo de um mandato parlamentar. O encontro foi encerrado sem qualquer desdobramento ulterior”.
DIZ A AGÊNCIA – Leia agora a íntegra da nota da Agência Brasileira de Inteligência:
“A ABIN informa que cumpre decisões judiciais que determinam afastamentos de servidores investigados em inquéritos. Como medida cautelar, também é adotada a exoneração de cargo de confiança quando há suspeita de desvio de conduta.
A ABIN não se manifesta sobre apurações em andamento pela Corregedoria-Geral da Agência e demais órgãos competentes em respeito ao sigilo das investigações e ao devido processo legal.
“As unidades da Agência e suas competências estão previstas em decreto presidencial, em respeito às leis e ao Estado Democrático de Direito. Eventuais irregularidades são apuradas com rigor pela Agência, as responsabilidades são individualizadas e a ABIN, enquanto instituição de Estado, cumpre a Constituição.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Tudo que diz respeito à Abin é complicado. O que verdadeiramente se sabe é que no governo Bolsonaro os petistas tentaram criar a chamada Abin Paralela, mas não rolou. Com a proximidade da eleição, voltam a pipocar essas matérias requentadas e com sabor de passado. (C.N.)
“Nós causámos e provocamos esta guerra”: Nigel Farage diz que Rússia foi provocada (SIC Notícias) , diz lider ultradireitista Britânico , que defendeu uma fala que fez logo após o início da Guerra da Ucrânia, em fevereiro de 2022, quando disse que a decisão de Putin era “consequência da expansão da UE e da Otan”, que é a aliança militar ocidental liderada pelos Estados Unidos.