Pedro do Coutto
As eleições na França serão decididas no próximo domingo, dia 7 de julho, quando será o segundo turno do pleito. O partido de extrema direita Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, saiu à frente no primeiro turno das eleições parlamentares realizadas no último domingo.
A sigla, segundo o Ministério do Interior francês, obteve 33% dos votos. A Nova Frente Popular, um grande bloco de partidos de esquerda, ficou em segundo lugar, com 28% dos votos, e o bloco centrista do presidente francês, Emmanuel Macron, terminou em terceiro lugar, com 20% dos votos.
RECORDE – O pleito, que havia sido convocado apenas três semanas atrás, teve recorde de participação em quase quarenta anos – na França, o voto não é obrigatório – e concretizou o favoritismo do grupo político de Le Pen. O resultado seguiu o que projetaram pesquisas de intenção de votos.
Pelo sistema político da França, semipresidencialista, os eleitores elegem os partidos que vão compor o Parlamento. A sigla ou a coalizão que obtiver mais votos indica então o primeiro-ministro, que, no país europeu, governa em conjunto com o presidente — este eleito em eleições presidenciais diretas e separadas das legislativas e que, na prática, é quem ganha mais protagonismo à frente do governo.
REDUÇÃO – O resultado já implica em uma redução acentuada na presença do Renascimento — grupo político de Macron — na Assembleia Nacional. Após conquistar 250 cadeiras em 2022, tornando-se o grupo com maior representação parlamentar, os governistas terão entre 70 e 120 deputados eleitos, de acordo com as estimativas dos institutos de pesquisa. Mesmo no cenário mais otimista projetado pelos institutos, os aliados de Macron ficam atrás da Nova Frente Popular, que deve conquistar um mínimo de 150 assentos.
Novamente o panorama francês coloca a opção entre a direita e uma composição de centro-esquerda capaz de derrotá-la nas urnas. É preciso que haja união entre Macron e as esquerdas estabelecida no decorrer desta semana para que o eleitorado da França impeça a tomada do poder pela ultra-direita.
Não será uma tarefa fácil, mas também será difícil para a direita fazer qualquer união com outras legendas, uma vez que o radicalismo direitista o isola no conceito popular. As urnas definirão o que acontecerá, mas as dificuldades de Macron serão grandes, pois ele não mostrou capacidade de liderança nesses últimos anos.
Ninguém se predispõe a ceder um miraculoso software?
Pedro do Couto, sua análise da política francesa é espetacular.
Ontem a noite, pensando na manobra do presidente Macron, convocando eleições antecipadas na Franca, numa reação ilógica a derrota nas eleições do Parlamento Europeu, gostaria de saber, o que escreveria o sensacional jornalista, saudoso Guilles Lapouge.
Pois bem, me surpreendi, Pedro, com sua análise, hoje pela manhã. Lapouge analisaria o quadro como você elaborou. Nada é fruto do acaso, mas como explicar esse fato inusitado?
Bem, no primeiro turno, Macron perdeu e no segundo turno, a derrota será maior ainda. Marie Le Pen a representante da Direita na França sairá das Urnas como uma força ainda maior, junto ao eleitorado francês.
Um primeiro ministro, do campo conservador, alçado dessas eleições, vai dividir o Poder com o presidente. A jogada é desgastar a Direita Conservadora, diferente da Extrema Direita e assim, tentar derrotar Marie Le Pen nas eleições presidenciais de 2027.
Macron agiu para continuar no Poder, logo não pensou no país, no povo francês. A conta vai chegar para ele e será salgada.
Os líderes liberais e sociais democratas da Europa não estão conseguindo identificar a guinada conservadora, que invade a Europa. Trata-se de uma resposta, principalmente dos jovens europeus, contra o perda do sonho de melhores condições de vida, que são explorados por Lê Pen na França. O Iluminismo está em seu pior momento e a ” esquerda” perdeu a capacidade de Renascer das cinzas. O Renascimento de Macron perdeu a eleição antecipada.
No entanto, esse filme trágico da França, também ameaça a Alemanha e a Inglaterra. A Itália já está sob o comando do Conservadorismo, liderado por Giorgia Meloni.
Todo o Continente Europeu caminha para um retrocesso sem precedentes, repetindo o mesmo cenário dos Estados Unidos, na ameaça de vitória do golpista Donald Trump.
Por via de consequência, essa direitização da Europa e dos EUA, vai refletir no Brasil nas eleições presidenciais do Brasil em 2026 e também na América Latina.
As pedras do tabuleiro estão em polvorosa, antecipando a tragédia. O anarquista conservador, que preside a Argentina, Javier Milei, cancelou a ida na Reunião do Mercosul para participar do Congresso da Direita no balneário de Camboriú em Santa Catarina, para conspirar com Bolsonaro visando ajudar o seu Jair, dando- lhe o apoio na voltar ao Poder em 2026 para formarem uma onda da Direita Extremada para os dois maiores países da América Latina tomarem de assalto os países da região no rumo do Conservadorismo.
Em relação a inelegibilidade de Bolsonaro, já são favas contadas, somente a espera do melhor momento para Arthur Lira colocar em votação logo após as eleições municipais, em regime de urgência, o Projeto de Anistia, ampla, geral e irrestrita a todos que participaram da trama golpista de oito de janeiro de 2023.
O STF não vai arrumar briga com o Congresso. Vão aceitar docemente constrangidos, a decisão do Poder Legislativo, que na prática comanda o país hoje, nesse semi presidencialismo, na qual o Poder Executivo não manda em quase nada.
Macron, é adepto e servil ao “Escudo Vermelho”!
Adendos, em:
https://www.espada.eti.br/n2233.asp
Complementos, em:
https://www.espada.eti.br/dinastia.asp
O presidente Lula, tem comentado sobre a desistência de Joe Biden, insinuando problemas com a idade.
Considero uma deslealdade contra o presidente Biden, que foi enfático contra a tentativa de Golpe no Brasil, em oito de janeiro. Biden também reconheceu imediatamente, a vitória de Lula contra Bolsonaro, com as Urnas ainda quente após a contagem definitiva dos votos.
O certo seria Lula dar força para Joe Biden, incentivando o presidente americano a ir até o final na disputa, como Lula fez até, enfim sair vitorioso. Perdeu para Collor e para FHC, duas vezes.
Lula não está pensando no futuro bem próximo, logo ali em 2026, quando enfrentará Jair Bolsonaro, com , 81 anos.
Será o presidente Lula, o Joe Biden de amanhã?
O que está acontecendo com Lula? Será que ele perdeu o time político? Os fatos demonstram que sim.
Sr. Pedro
Posso estar enganado , mas não é a Extrema-Comuna-Nazi-Fasci-Progressista- que pede para aceitar os resultados nas urnas.??
Por que então os extremistas-psicopatas sairam ás ruas para quebrar tudo?
“…Protestos contra partido de Le Pen em várias cidades na França
O Rassemblement Nacional foi o partido mais votado no 1º turno; vídeos mostram protestos em Paris, Lyon, Rennes e Estrasburgo..”””