Relatório da PF mantém sob suspeita a diretoria da Abin nomeada por Lula

Luiz Fernando Corrêa é nomeado diretor-geral da Abin | Agência Brasil

Corrêa, diretor atual, estáa sob pressão e pode ser demitido

Antonio Cruz
Agência Brasil

A investigação sobre a existência de uma estrutura paralela na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro alcança também a cúpula da agência indicada pelo governo Lula.

Prova disso é a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impediu o compartilhamento das investigações da PF com a corregedoria da Abin. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, deu a mesma recomendação.

PARA ATRAPALHAR – A suspeita é de ‘conluio’ da direção indicada por Lula com antigos diretores para atrapalhar as investigações. Foi essa situação que levou à queda, ainda em janeiro, do então número 2 da Abin, Alessandro Moretti.

Ex-chefe da Inteligência da PF no governo Bolsonaro, Moretti teria alertado investigados sobre a operação. Ele nega as acusações.

“Na minha época como Diretor-Geral em exercício, é que foram iniciados os trabalhos de apuração interna relacionados ao uso de ferramenta [FirstMile], com a instauração de sindicância investigativa pela Corregedoria-Geral”, disse Moretti à CNN após ser exonerado do cargo.

DIRETOR ISOLADO – Apesar da queda do subordinado, o diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, foi mantido no cargo. Mas ficou isolado, segundo integrantes do governo. No Palácio do Planalto, ministros admitem que, com a volta do caso à tona, coloca-se novamente o atual chefe da Abin sob pressão. Nenhuma demissão, no entanto, deve acontecer por ora.

Auxiliares de Lula recordam que o ex-delegado é homem de confiança do presidente, que decidiu indicá-lo ao cargo mesmo diante de protestos de servidores da Abin e sob desconfiança de governistas.

No Senado, líderes atuaram para impedir a sabatina de Luiz Fernando Corrêa pela Comissão de Relações Exteriores, que só teve o nome submetido à análise após pedido do presidente da República ao presidente da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), que é seu aliado.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
O governo Lula está fazendo o possível e o impossível para limitar a investigação da Abin Paralela apenas à gestão de Bolsonaro. Se apurarem o que houve nas gestões do próprio Lula e de Dilma Rousseff, vai ser um tiro de canhão nos pés do governo. (C.N.)

5 thoughts on “Relatório da PF mantém sob suspeita a diretoria da Abin nomeada por Lula

  1. Nesse entra e sai de inexcrupulosos, daqui a pouco concluirão que prevaricando e sem bandeiras legais, VERGONHOSAMENTE, traem o Brasi e seus estupefatos expectadores!

  2. Em qualquer área de inteligência se investiga tudo, prós e contra, até para segurança dos espiões. Uma vela pra Deus e outra para o diabo.
    Vou contar um ‘causo’.
    Um fazendeiro estando na cidade viu numa praça um ventríloquo fazendo demonstrações, levo-o pra fazenda para demonstração.
    O artista chegou e foi logo conversando com a vaca, o boi, o galo, o peru, o porco e uma ovelha, o bigorrilho da fazenda ao perceber que o artista ia na direção das cabras, correu e interpelou, não converse com aquela cabritinha branca ali porque ela é muito mentirosa.

  3. Parece-me que algo de podre envolve a ABIN e demais órgãos de inteligencia! Absurdamente, no prédio em que resido na Rua Artur Bernardes ,no Catete, acontecem abusos, diuturnos, de pessoas que se acham superiores e comentem todo tipo de absurdo sem que nada lhes aconteça. Usam ideologia para ameaçar e causam confusão no seio de diversas famílias. Eu mesmo já relatei à Polícia Federal os abusos que sofri por parte de pessoas que usam equipamentos que somente órgãos de inteligência podem ter acesso e nenhuma providência saneadora foi tomada. O que se espera é que os sobrinhos do Tio “Adolfo” – aquele austríaco que foi cabo- sejam impedidos de continuar com sua artimanhas potencialmente perigosas…

  4. Do site abin.org:

    Sob o comando do hoje deputado e candidato de Jair Bolsonaro (PL) para a prefeitura do Rio de Janeiro, Alexandre Ramagem (PL-RJ), a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) quebrou o protocolo oficial das atividades de inteligência para se infiltrar e vigiar os complexos de favelas do Alemão e da Maré, na cidade do Rio de Janeiro, entre 2021 e 2022.

    Será que era para “avisar” ao Dino e ao paciente de mindinhostomia que eram lugares perigosos ?

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