Maduro gozou Lula, porque a urna da Venezuela é mais segura do que a nossa

Eleições na Venezuela: 'Farei com que se respeite o resultado eleitoral', diz Maduro após votar em Caracas

Sempre discreto no trajar, Maduro deposita o voto impresso

Carlos Newton

O sistema eleitoral da Venezuela é melhor do que o brasileiro e deveria ser adotado por nós. É uma verdade inquestionável e que agrada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que chegou a aprovar na Câmara um projeto de voto impresso, quando era deputado federal. A proposta de Bolsonaro era acoplar uma impressora à urna, para registrar o voto do eleitor, que então seria por ele depositado numa urna suplementar, como se faz na Venezuela.

O sistema é mais confiável do que o brasileiro, porque o eleitor confirma se votou certo e fica em aberto a possibilidade de a Justiça Eleitoral confrontar se os votos impressos coincidem com os da urna eletrônica, que realmente valem.

AUDITAGEM – O ponto principal é a auditagem. Sabe-se que na urna brasileira a auditagem é dificultada, como Nicolás Maduro afirmou semana passada, ao ironizar a declaração de Lula sobre o pretendido “banho de sangue”.

Na verdade, ainda não inventaram uma eleição imune a fraudes. E não importa se o voto é impresso ou eletrônico. O que interessa é se há  fiscalização. Quando os fiscais são livres para atuar, torna-se praticamente impossível fraudar. É por isso que a maioria dos países ainda não adotou a urna eletrônica. Na nossa matriz USA, por exemplo, depende do Estado.

No caso da Venezuela, houve bloqueio à fiscalização. No final da votação, quando as varas eleitorais foram fechando na noite de domingo, a oposição denunciou que seus fiscais não conseguiram entrar, embora esse acesso tivesse de lhes ser garantido ainda durante o período da votação.

FRAUDE GROTESCA – Assim, é impossível defender a lisura da eleição de Maduro, como os presidentes da Rússia, China e outros países se apressaram a fazer, sem levar em consideração os seguintes fatos inquestionáveis:

1) Os fiscais da oposição e observadores internacionais não tiveram direito a supervisionar a contagem dos votos impressos e o cotejo com a urna eletrônica;

2) A eleição foi anunciada quando só tinham sido contados 80% dos votos;

3) O Conselho Nacional Eleitoral proclamou a vitória do presidente sem apresentar as atas de votação;

4) O procurador-geral alegou que as atas não foram apresentadas devido a ataques de hackers.

5) A oposição não teve acesso aos votos em papel em grande parte dos colégios eleitorais, o que teria impedido a auditoria efetiva

6) O resultado de 51,21% foi para mostrar que Maduro tem apoio da maioria absoluta dos cidadãos.

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P.S. – Se você ainda acredita na lisura das eleições venezuelanas, por favor nos forneça o telefone de Papai Noel, porque gostamos de nos antecipar nos pedidos de Natal. (C.N.)

9 thoughts on “Maduro gozou Lula, porque a urna da Venezuela é mais segura do que a nossa

  1. Xi Jiping, Kin Jon, Putin, Ortega, Miguel Díaz-Canel, o megalonanico, Zé Dirceu, Ivan Valente e Ideli Salvati e a torcida do Vashco não poderiam deixar o Maduro cair do galho.
    Xi Jiping deu três baforadas no cachimbo do velho Mao e em sua face o riso sardônico. Putin deu três cambalhotas olímpicas e um rabo de arraia e saiu rindo.
    Agora escolham com a nave deve ir, de Bocage ou Pantagruel.
    E o Macron?
    Da Vinci em sua Santa Ceia, Jesus partilhava o pão, na santa ceia do francês as drag queens partilhavam o quê?
    E o Papa argentino vai dizer o quê, da ceia?

  2. Há um grande problema no voto impresso: o segredo do voto. A existência do voto impresso permite que haja a possibilidade de compra de votos. Portanto, o sistema brasileiro é mais confiável. Além disso, cotejar o voto eletrônico com o impresso poderia gerar contestações fraudulentas.

    Quanto a votação na Venezuela, qualquer hipótese é baseada em convicções. E convicções, como alguém já dizia, são as piores inimigas da verdade.

    O CNE da Venezuela declarou que as projeções, quando o percentual atingia 80% da contagem, seria irreversível. Uma questão matemática básica, caso a amostragem abordasse a maioria das urnas.

  3. Maduro está puto com Lula ultimamente, razão dos ‘coices’ que tem dado no petista

    Tudo começou na conversa que ambos tiveram em 1º de março, à margem da 8ª Cúpula da Celac, em Kingston, capital de São Vicente e Granadinas.

    Maduro esperava, no encontro, que Lula o apoiasse na sua megalomaníaca pretensão de incorporar à Venezuela o território de Essequibo da Guiana.

    Mas o petista desconversou/enrolou sobre o assunto e Maduro saiu da reunião cuspindo marimbondo, inclusive debochando (da voz) de Lula em resposta (do ‘carrinho’, na saída) à uma pergunta do repórter Ricardo Abreu da GloboNews.

    Acorda, Brasil!

  4. “…O sistema é mais confiável do que o brasileiro, porque o eleitor confirma se votou certo e fica em aberto a possibilidade de a Justiça Eleitoral confrontar se os votos impressos coincidem com os da urna eletrônica, que realmente valem…”

    Sr. Newton

    Comece a correr, a turminha cheguevarista não vai deixar “barato”…..

    eh!eh!eh

    Aquele abraço

  5. Santa Claus veste vermelho.

    Há quem diga que é comunista, porque distribui presentes de forma igualitária aos pobres.

    Há quem perceba que é ilusionista, porque “meu Papai Noel não vem”, ou que utilize a religiosa justificativa fajuta de que: “se você não recebeu presentinho é porque não foi bonzinho neste ano”.

    Afinal, ele anota tudo o que os meninos fazem de bom ou mau ao longo do ano e com base nisso escolhe a quem e como distribui os presentes.

    Há quem saia desses delírios e saiba que Papai Noel é criação da Coca Cola e serve para vender, promover.

    É incrível o fato de não sofrer com o etarismo.

    O capacitismo, ao estilo Biden, diria que Papai Noel anda meio gagá há décadas e que, por isso, o presentinho não chega se papai, mamãe ou madrinha não comprarem.

    O “comunismo do século XXI” prometido por Chavez e aprimorado por Maduro, não passa de totalitarismo com fachada de esquerda.

    O aparelhamento do Estado feito aqui, com diferenças apenas no endereço ou no bigodinho, copia o que há de pior, se espelha nas ditaduras e faz algo ainda pior com Judiciário e Congresso envelhecidos na rampa da prostituição.

    Aqui é o mesmo grupo no poder há décadas, diria até mesmo que há séculos.

    Nossas comorbidades sociais e políticas estão em Brasília-Caracas, reflexos do mesmo esquema, só que em maior escala.

    A Venezuela é grande e rica e está grave e cronicamente doente.

    O que impressiona o mundo são as versões brasileiras.

    Cópias pioradas do que há de mais grotesco no mundo, nos contos, no imaginário político e infantil, nas propagandas e na história.

    Quem foi mesmo o marketeiro de Maduro?

    Foi marketeiro de mais quem?

    • Após a abolição do democrático e grego Kleroterion,
      o voto não salva e nem legaliza, pois é um necessário AVAL para validar um sistema corrupto!

  6. “Além da transmissão, ao final da jornada eleitoral, cada máquina imprime uma ata de escrutinio com todos los votos que foram registrados. Também há auditorías ao menos em 50% dos centros eleitorais onde se comprova que as papeletas depositadas nas urnas coincidem com o que a máquina emitiu eletronicamente.

    “Até agora, não se encontrou uma só ata que tenha diferenças com o publicado pelo CNE”, explicou Martínez.

    É dizer, o acesso às atas, para corroborar sua informação, é a chave.

    E, precisamente, a falta de acesso a essas atas forma parte das dúvidas que a oposição coloca nos resultados deste 28 de julho.”

    https://www.elnacional.com/bbc-news-mundo/como-funciona-el-proceso-electoral-en-venezuela-y-por-que-han-puesto-en-duda-el-resultado-de-los-comicios/

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