J.R. Guzzo
Estadão
Viver no Brasil do ministro Alexandre de Moraes é desagradável, como nos conta o presidente Lula em relação à vida no regime da Venezuela, sobretudo para quem dá o azar de cair numa das suas listas negras. Essas listas, como o universo, estão em expansão contínua. Quer dizer: quem está dentro não sai, mas quem está fora pode entrar a qualquer hora do dia ou da noite, na base do pega um, pega geral.
Acontece o tempo todo, e está acontecendo de novo agora. O ministro anda agitado com a revelação das conversas entre seus assessores, no horário de trabalho, falando uma porção de coisas que juízes de direito simplesmente não podem falar nunca – como mandar jagunços para sequestrar um jornalista-desafeto nos Estados Unidos, já que a Interpol não fornece esse tipo de serviço, ou usar a “criatividade” para inventar provas que o ministro estava querendo.
MAIS UM… – Em vez de mandar pararem com isso, porém, Moraes abre um novo inquérito – não para apurar o que os seus juízes fizeram, mas para ir atrás de quem vazou as conversas e aumentar os seus fichários de “procura-se”. Põe desagradável nisso. Como escreveu o jornalista Francisco Leali aqui no Estadão: “Se a PF vai investigar o vazamento, quem vai apurar o que está declarado nas conversas?” Obviamente, é isso o que conta para o interesse público: o que os juízes falaram está certo ou errado?
O STF não vai responder nunca a essa pergunta – ao contrário, já “formou maioria”, ou unanimidade, para declarar oficialmente que não houve nada de ilegal do episódio. Na verdade, não há nada de legal. Moraes não apenas se recusa a investigar o conteúdo das conversas, mas nomeou a si próprio como comandante-em-chefe do inquérito do “Vaza Toga”, no qual é ele o principal interessado. O ministro acha que nunca está bom. Tem 2.000 casos na sua vara criminal, a “maior do mundo”, como ele mesmo se orgulha; agora põe mais um ingrediente nesse Xis-Tudo.
Ao mesmo tempo em que toca a polícia em cima de novos inimigos da democracia, o ministro não deixa sair nenhum dos que já meteu no seu camburão permanente – principalmente quando fica provado que não fizeram nada de errado e que é ele, o próprio Moraes, que tem de dar explicações sobre a sua conduta. É a epopeia da “agressão” que o ministro e família teriam sofrido no aeroporto de Roma.
SEM PROVAS – O caso já tem mais de um ano, e nesse tempo o Estado brasileiro, com todas as suas polícias e os seus bilhões em recursos, não conseguiu apresentar uma única prova de que houve o que Moraes diz que houve.
O caso deveria ter ido há muito tempo para o arquivo morto, mas não vai. Há suspeitos, a quem nem a PF e o Ministério Publico queriam acusar – poderia ser, no máximo dos máximos, um caso de injúria, e o STF não tem nada a ver com isso – mas foram indiciados como uma ameaça para o “Estado democrático de Direito”. Os vídeos das câmeras de segurança do aeroporto, que não provam agressão nenhuma, foram postos em sigilo. Está tudo errado, mas não para.
A última calamidade é a perícia apresentada pela defesa, afirmando que foi o filho de Moraes, pelo que mostra o exame detalhado dos vídeos, quem agrediu o principal acusado – o exato contrário do que alega o ministro. Pelo cheiro da brilhantina, nada disso vai ajudar a posição legal dos suspeitos. Nada ajudou até agora. Por que um detalhezinho desses iria ajudar?
SEM PROVAS – E o caso de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Bolsonaro? Martins ficou seis meses inteiros à disposição da polícia e de Moraes, trancado numa cela de cadeia, sem que fosse encontrado o mais miserável fiapo de prova das acusações feitas a ele.
Pior: numa inversão do princípio elementar do ônus da prova, foi ele, o preso, quem provou materialmente que não fez o que foi acusado de fazer.
Diante do que tinha se tornado um escândalo, teve de ser solto – mas está algemado a uma tornozeleira eletrônica. Por que, se ele não fez nada? São essas coisas desagradáveis que acontecem no regime comandado pelo Supremo Tribunal Federal.
O Musk agora ameaça os brasileiros com apreensão do que nos pertence.
Sabe que aqui temos nossas desavenças.
https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/elon-musk-ameaca-fazer-apreensao-reciproca-de-ativos-do-governo-brasileiro,1743190d79754012dd78d3be8b4487d3vmx84zbk.html
Está exagerando, não sabe como o brasileiro age quando esquecemos nossas picuinhas e nos unimos.
Tá brincando com fogo.
Aqui é Brasil., já disse o Toretto.
Contra outra. Vai chamar os melancias, no primeiro tiro saem em debandada
Psicopatia – substantivo
Distúrbio mental grave em que o enfermo apresenta comportamentos antissociais e amorais sem demonstração de arrependimento ou remorso, incapacidade para amar e se relacionar com outras pessoas com laços afetivos profundos, egocentrismo extremo e incapacidade de aprender com a experiência.
Sr. Newton,
Não sei se o Sr. recorda dessa série de TV que passava na década de 60
Eu particularmente assisti a série na TV preto e branco Colorado RQ.
Agora veja a foto, é ou náo é o vilão do Batman.??
“…O Cabeça de Ovo é um vilão do Batman que surgiu na série de televisão do herói dos anos 1960 e foi interpretado por Vincent Price. O personagem foi transportado para as HQs, mas não conseguiu conquistar o público e desapareceu das páginas há muitos anos. Ele é apenas referenciado em All-Star Batman e no filme LEGO Batman…”
“…O Cabeça de Ovo apareceu em sete episódios da série Batman e Robin, estrelada por Adam West e Burt Ward. Apelidado desta forma por sua careca lustrosa e deformada, o criminoso se considerava um dos homens mais inteligentes do mundo e tinha como parceira criminal (e romântica) a personagem Olga (Anne Baxter)
Colorado RQ
https://br.pinterest.com/pin/484277766179476046/
aquele abraço
E vamos em frente que atrás vem o Ladrão de sempre.
Caro Armando, quanto ao X Men, “O Homem do X”, em:
https://www.quadrorama.com.br/produto/x-men-apocalypse/
O Chan=drão é o primeiro ou o que está atrás.??
Que te parece?