Roseann Kennedy e Eduardo Gayer
Estadão
A suspensão do X por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem como efeito rebote isolar o País em parte do debate da comunidade internacional. A medida limita o acompanhamento, inclusive por jornalistas, de líderes mundiais na rede que se tornou a principal arena política virtual.
“O X é uma rede de comunicação de chefes de Estado mas, também, de mobilização de atores importantes para entendermos o que está acontecendo no mundo. A suspensão nos desconecta em relação a acompanhar grupos”, observa a cientista política Denilde Holzhacker, professora de Relações Internacionais da ESPM.
DESCONECTADOS – Denilde Holzhacker destaca que a plataforma X (antigo Twitter) já foi mais importante, mas ainda é um canal para acompanhar o debate político, por exemplo, nos Estados Unidos, em pleno ano eleitoral, e de grupos de resistência e oposição a governos, como na Venezuela.
Para Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais da ESPM, a suspensão ocorre no momento mais tenso da eleição americana e isso deixa os brasileiros desconectados das postagens no X dos candidatos e de assessores.
“Temos que observar que algumas notícias do cenário eleitoral americano têm repercussão interna no Brasil. Nisso também gera prejuízo. Porque, normalmente, o atingido por essas repercussões usa o X para se manifestar. Mas não é um prejuízo completo. Temos outras formas de alcançar informação”.
SEM COMPARAÇÃO – Matheus de Oliveira Pereira, professor de Relações Internacionais do Centro Universitário Belas Artes, considera haver prejuízo no acompanhamento dessas questões internacionais, mas avalia que não se pode comparar o episódio brasileiro com casos como ocorrem na China e na Coreia do Norte, onde estão ligadas à censura. “Aqui a questão é muito simples, toda empresa que opera no País precisa ter representante constituído e, sem isso, não é possível funcionar”, diz.
Por outro lado, Matheus observa não ter entendido o motivo de Moraes impor multa a quem usasse VPN para acessar o X. Tamanha a polêmica, e críticas de que o magistrado ultrapassou os limites constitucionais, ele recuou em parte. Em novo despacho, Moraes revogou o trecho da decisão que obrigava provedores de internet e empresas como Apple e Google a criarem “obstáculos tecnológicos” ao aplicativo e a aplicações de VPN.
Já o professor Leonardo Trevisan chama atenção para a própria atuação política e de interesses econômicos do dono do X, o bilionário Elon Musk.
INTERESSES ECONÔMICOS – “Eu lembraria que em novembro de 2023 há uma foto histórica de Xi Jinjing cumprimentando Elon Musk, em São Francisco. A gente tem que lembrar que a segunda maior fábrica da Tesla está na China, dona de mais de 20% do mercado chinês do mercado de carros elétricos. A China quando quer se proteger usa os mesmos métodos e corta as redes sociais. Então, aquele país usa esse poder de Estado para manter Elon Musk sob controle”, pontua.
Rodrigo Amaral, professor de Relações Internacionais da PUC-SP, amplia essa leitura com outra abordagem. “Financeiramente o X tem muito a perder, afinal o Brasil é o sexto maior consumidor da plataforma, com 21,5 milhões de usuários. Essas farpas entre Musk e Moraes evidentemente trazem um personalismo para a questão. Mas, de fato, não podemos esquecer que essas ferramentas devem respeitar a legislação”.
Ele lembra não ser a primeira vez que assistimos uma polêmica do X afrontando ou desrespeitando legislações domésticas no Brasil ou no exterior e cita, por exemplo, a acusação nos Estados Unidos de vazamento de informações confidenciais de usuários para o governo saudita, no cenário da primavera árabe. “Portanto, devemos observar o X não meramente como uma ferramenta de rede social, mas uma ferramenta política. Ou seja, se trata de uma ferramenta politicamente útil e bastante perigosa se não regulamentada”, conclui.
Bem, quer dizer que os países que não usam o X estão desconectados do mundo?
Cada uma que aparece. Prefiro a opinião do último citado, Rodrigo Amaral:
““Financeiramente o X tem muito a perder, afinal o Brasil é o sexto maior consumidor da plataforma, com 21,5 milhões de usuários. Essas farpas entre Musk e Moraes evidentemente trazem um personalismo para a questão. Mas, de fato, não podemos esquecer que essas ferramentas devem respeitar a legislação”.
Ele lembra não ser a primeira vez que assistimos uma polêmica do X afrontando ou desrespeitando legislações domésticas no Brasil ou no exterior e cita, por exemplo, a acusação nos Estados Unidos de vazamento de informações confidenciais de usuários para o governo saudita, no cenário da primavera árabe. “Portanto, devemos observar o X não meramente como uma ferramenta de rede social, mas uma ferramenta política. Ou seja, se trata de uma ferramenta politicamente útil e bastante perigosa se não regulamentada”, conclui.”
Volte ao texto e nos diga onde está escrito que países que não usam o X estão desconectados. Se esforce e seja honesto.
Já escrevi. Interpretar texto é fundamental para uma boa discussão. Leia e releia:
” A suspensão do X por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem como efeito rebote isolar o País em parte do debate da comunidade internacional. A medida limita o acompanhamento, inclusive por jornalistas, de líderes mundiais na rede que se tornou a principal arena política virtual.
“O X é uma rede de comunicação de chefes de Estado mas, também, de mobilização de atores importantes para entendermos o que está acontecendo no mundo. A suspensão nos desconecta em relação a acompanhar grupos”,”
Olha só: https://over.gvb.nl/nieuws/gvb-stopt-met-inzet-van-x/
“GVB para de usar X como canal de comunicação.
O fluxo persistente, muitas vezes anónimo, de expressões de ódio e a falta de supervisão por parte do proprietário foram decisivos na nossa escolha.
O canal de mídia social X mudou significativamente nos últimos anos. O que começou como uma plataforma de diálogo e troca de conhecimento é atualmente um santuário para expressões odiosas e polarizadoras. Isso não está de acordo com nossos valores sociais como organização.
O GVB abraça o debate social interno e externo, quão doloroso ou difícil isso às vezes é. Somos um reflexo da sociedade e acreditamos que é importante que todos se sintam bem-vindos, seguros e apreciados.
A GVB agora usará seus próprios recursos para informar os viajantes, como o aplicativo Gappie e o site. O contato individual com nossos viajantes é direcionado e pessoal e ocorre por telefone, e-mail e WhatsApp. Facebook, Linkedin e Instagram permanecem como canal.
Impedir que o GVB use o X é separado do uso do X pelos funcionários. Afinal, essa é uma decisão pessoal.”
Lula se remói de inveja de Moraes
Enquanto o petista gasta tubos de dinheiro em viagens internacionais de resultados inexpressivos, o mundialmente admirado ippon que Moraes acaba de dar em Musk bate recorde de audiência no planeta.
Fora da pauta:
Prefeito de Criciúma, é preso.
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&opi=89978449&url=https://www.poder360.com.br/poder-justica/prefeito-de-criciuma-e-preso-em-operacao-contra-fraudes-licitatorias/&ved=2ahUKEwi0n_TQy6eIAxWfp5UCHeukCeIQr_oDKAB6BAgoEAE&usg=AOvVaw1VPH7jgoLQolssk8SS_th-
Mais um em cana!
Deus, Pátria e Família.
Só tem patife, fazendo patifarias!
Já já, vai meter essa:
Sou um pobre coitado lascado e perseguido.
Acho que já meteram mais de trinta prefeitos bolsonatistas na jaula.
O que eu acho? Eu acho é pouco!
Quero o ditadorzinho mequetrefe na jaula!
José Luis
Quando vejo eleitores conscientes do traficante e ladrão Nine Fingers vibrando com a prisão de batedores de carteiras, rolo de tanto rir. É uma gente muito coerente.
Aguardando a seguintes chamada aqui no espaço:
-“Fim do X prejudica a chegada do Papai Noel.”
Espero que até a Páscoa o furor uterino tenha passado.
🤣🤣🤣!!!
Um abraço,
José Luis
Brasileiros dão uma banana pra Alexandre de Moraes e ignoram multa de 50 mil por acesso ao X
Deltan Dallagnol
https://www.youtube.com/watch?v=8E-tO72nX7k