Mario Sabino
Metrópoles
No circo de José Luís Datena e Pablo Marçal, os palhaços somos nós, os pagadores de impostos que sustentamos um sistema político que vem selecionando os piores desde a redemocratização. A saber, os mais ignorantes, os mais incapazes, os mais desonestos. O resultado é este que se vê: um circo de horrores do qual José Luís Datena e Pablo Marçal são ilustração: serzinhos estridentes que divertem quem não enxerga o tamanho da tragédia.
Assim como a fauna restante de candidatos nas diferentes cidades, eles são produto do conjunto de organizações que se autodeclaram partidos, embora o seu único programa seja avançar sobre o dinheiro público, explicitando pornograficamente o patrimonialismo de que são herdeiros.
CONTRA O SISTEMA? – Supostamente nascido para contrapor-se a tal estado de coisas, o discurso antissistema integra-se ao sistema e o degenera ainda mais com os seus outsiders de araque.
O apresentador de programas policiais José Luís Datena é uma apelação oportunista do PSDB, o partido que nasceu para espelhar a social-democracia europeia e que acabou em cena de telecatch.
Pablo Marçal, sujeito sem profissão definida, mas muito rentável na sua indefinição, é um avatar de Jair Bolsonaro. Almeja ter vida própria e continuar reproduzindo a miséria intelectual da direita brasileira.
DEPRAVAÇÃO – Ambos são coadjuvantes pequenos neste espetáculo de depravação institucional a que assistimos, censurados por ordem judicial, enquanto o país arde literalmente, queimado também nas suas finanças por um parlamento que seria virtuoso se fosse apenas concupiscente e pelo governo dessa esquerda interminável no seu anacronismo, na sua incompetência e na sua má-fé.
A cadeirada que José Luís Datena desferiu em Pablo Marçal foi um número histriônico, mais um, do circo brasileiro no qual o palhaço sou eu, é você, somos todos nós, apesar das aparências em contrário.
O Sabino realmente é um palhaço. Ainda bem que reconhece.
Sabino tem toda razão. Somos todos palhaços compulsórios.
Mais uma sabinada.
Será que são somente esses dois. Uma grande parcela dos nossos políticos são assim
A palhaçada mais cara do mundo é o partidário sem fundo.
Fundo + Emendas
Legislativo lucra,
Executivo rouba,
Judiciário vitalício e nada republicano exerce todo o poder arbitrário e sem limites e garante a festa.
Essa tragédia armada não tem nada a ver com democracia.
KKK é inacreditável como ainda tem gente perdendo tempo vendo debates, os caras só fazem o que sempre fizeram, promessas e mais promessas que, sabemos que não passam disto. Recuso-me a votar pois não gosto de de rir de piadas sem graça.
Maro Sabino, brilhante, como sempre!
…Mauro…
Mario ..rsrs
O Mário Sabino, nunca foi o analista da minha preferência, mas destas vez o aplaudo pelo artigo suscinto e definitivo. As discordâncias devem ser debitadas à polarização idiotizada.
Até quando fala uma ou duas verdades o Sabino usa o nome do Bolsonaro de forma pejorativa. Onde está a cretinice? Sabino é parte daquela turma de isentões que, na campanha de 2022, relinchava “Lula e Bozo são iguais” e aplaudia a perseguição, censura e prisões ilegais dos “bolsonaristas”. Agora, que “Inês é morta”, reclama da situação catastrófica do país, por conta da roubalheira de governo que ele, indiretamente, ajudou a eleger. Sabino escreve como um trapaceiro.
Eu acho que a humanidade se perdeu, lá no inicio da chamada ” civilização”, quando foram inventadas a política e religião.
Daí pra frente só começaram a fazer guerras, os espertos enfiando crenças nos otários, as roubalheiras de dinheiro público, e a mãe de todas as espertezas, a corrupção, que no Brasil atingiu a índices estratosféricos.
Mas não se preocupem, o mundo não vai acabar.
Os muçulmanos dominarão tudo e voltaremos a idade média.