Paulo Peres
Poemas & Canções
O jornalista e poeta carioca Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (1865-1918), no soneto “A Um Poeta” fala de um poema sobre o poema. “Versos em que o poeta nos apresenta uma profissão de fé, ou seja, a sua posição em relação à poesia. Isto é perceptível em todo o poema”, segundo a professora de literatura Sílvia C. Lobato Paraense.
Nesta poesia, o poeta se manifesta sobre o ofício de ser poeta expondo o produto final desse trabalho que é comparado ao de um escultor, ouvires ou artesão, em busca da forma perfeita, explica a professora, “para isso, são necessárias paciência e dedicação beneditinas; o produto final deve ser uma obra formalmente perfeita, chamada de Arte pura”.
A UM POETA
Olavo Bilac
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha e teima, e lima , e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço: e trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua
Rica mas sóbria, como um templo grego
Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E natural, o efeito agrade
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a Beleza, gêmea da Verdade,
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
1) Gosto muito de Olavo Bilac, ele foi um dos primeiros poetas brasileiros a dedicar poemas a um discípulo de Buda…
Hoje, consegui uma fuga para ler alguns artigos. Não abandonei nossa TI, apenas tive de me afastar de alguns compromissos para poder cumprir com outros, mais urgentes e necessários.
Já ha alguns anos, venho estudando ditados, provérbios e frases ditas por pessoas que nos legaram história e conhecimento.
Um dele foi sobre a frase: “A ocasião faz o ladrão”! Lembro dela, quando ainda era criança. Os nossos idosos repetiam isto, muitas vezes.
De repente, analisando o contexto, cheguei a uma conclusão, para mim, mais lógica. Na verdade, quem cria a ocasião é o ladrão e não contrário como me diziam.
Quantos de nós tivemos a oportunidade pegar algo de outro! E não fizemos. Por que? Não somos ladrões!!!
Já o ladrão, escolhe tudo: o dia, a hora, a pessoa e até o que vai roubar. Ou seja, o ladrão é que faz/cria a ocasião.
Alguém dirá: “mas as pessoas dão oportunidades para tal.” Poe ser, mas se não interessar ou não for vista pelo ladrão, acabou!
Muita saúde a todos os amigos Tribunários!
Fallavena