Pedro do Coutto
Superada a primeira fase das eleições municipais, verifica-se uma preponderância do embate sobre as questões municipais, deixando para o segundo plano os reflexos sejam eles estaduais ou federais. O município prevaleceu na preocupação dos eleitores, com exceções confirmando a regra, como é o caso de São Paulo. Nesta cidade, haverá um embate ideológico entre Ricardo Nunes e Boulos.
Na maioria dos municípios assinala-se que não estava em jogo o poder federal representado pelo presidente Lula da Silva ou pelo bolsonarismo tendo como representante o ex-presidente Bolsonaro. Agora é partir para o segundo turno para que se esclareça o quadro de forma concreta. Mas fica acentuado o caráter doméstico da eleição.
BEM ESTAR – Como se dizia antigamente, na política ninguém mora no estado ou na União Federal, mas sim no município. Assim, a preocupação com o bem estar nas cidades prevaleceu na consciência do eleitor. Não quer dizer que não tenha havido um duelo empolgante em São Paulo, entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, com Pablo Marçal perdendo fôlego na chegada em virtude, provavelmente, do atestado falso contra Boulos. Marçal não atentou que a tentativa não lhe conduziria a mais votos. Pelo contrário.
Em uma disputa acirradíssima até os últimos minutos, Nunes e Boulos eles venceram neste domingo o 1º turno com o mesmo percentual de votos válidos: 29%. Com 25 mil votos de diferença, Nunes teve 29,48% dos votos válidos e Boulos, 29,07%. Só às 21h07 deste domingo, com 99,52% de apuração, foi definido o segundo turno. Com 100% das urnas apuradas, Nunes teve 1.801.139 votos e Boulos, 1.776.127 votos. Apesar da atenção que chamou no 1º turno, Pablo Marçal não avançou para a próxima etapa do pleito e obteve 28,14% dos votos válidos.
DOIS CAMINHOS – Pouco antes do fechamento das urnas, Boulos afirmou: “Agora, são dois caminhos: quem quer que a cidade fique como está, que concorda com Nunes; e quem quer mudança vem comigo – Boulos e Marta Suplicy.” O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que apoiou Nunes, também publicou uma mensagem: “Estamos no segundo turno, o Nunes fez uma campanha limpa, respeitosa, com propostas consistentes e foi reconhecido por isso e pelo trabalho incansável que vem fazendo pela capital. Agora, temos mais um turno para mostrar que a parceria com o governo do estado precisa seguir. Vamos em frente.”
Depois, em coletiva, Boulos agradeceu aos eleitores e acenou para os que não votaram nele. “Em primeiro lugar, eu quero agradecer aos mais de 1.700 mil paulistanos que votaram pela mudança, que votaram no 50. E quero também dialogar com aqueles e com aquelas que não votaram na gente no primeiro turno. A enorme maioria do povo de São Paulo votou pela mudança. E agora, nesse segundo turno, é isso que está em jogo”, disse.
Em seu discurso, ao lado de Tarcísio e de Gilberto Kassab, Ricardo Nunes afirmou que o segundo turno será uma “situação onde a gente precisa refletir, e cada um de nós vai levar isso para a população: a diferença entre a ordem e a desordem, entre a experiência e a inexperiência, entre a boa gestão e a interrogação. A diferença entre o diálogo, a ponderação, o equilíbrio, e o radicalismo”.
ABSTENÇÃO – Quanto à abstenção verificada nas urnas, é preciso considerar um detalhe muito importante que a reduz a quase zero. Na medida em que se distancia o último recadastramento do eleitorado para a eleição, verifica-se que o índice de abstenção aumenta. Mas essa abstenção é resultado do fato de que no país há uma taxa de mortalidade de 0,7%. As famílias não se preocupam em levar o atestado de óbito para o cartório eleitoral. Logo, a ausência de muitos eleitores e eleitoras também deve-se a isso. Somando-se 0,7% em quatro anos, já temos uma abstenção de 2,8%. É preciso levar em conta tal fato.
O entusiasmo nas eleições é visível como os resultados demonstram e as disputas se cristalizaram nas principais cidades. Vamos ver agora o que acontece daqui até o segundo turno.
“Irmãos Siameses”, diferem ou podem disfarçar suas umbilicais e genéticas ideologias?
O PT e as Esquerdas foram derrotados nesta eleição.
Gleise Hoffman, a presidente petista fez as escolhas erradas e abdicou de lançar candidatos nas principais capitais, principalmente no Triângulo das Bermudas, Rio, São Paulo e Belo Horizonte.
Talvez, por falta de quadros competitivos.
Não se trata de reconstrução da sigla, como ela afirmou e sim renovação, como fez o Centro e a Direita.
Lula é maior do que o PT. Não sei o motivo, mas, o presidente perdeu o tesão de falar com o povo, de ir para as ruas. E também, não deixou a Janja ir para o embate, como fez a ex- primeira dama Michele.
Então, a Centro Direita e a Direita deitou e rolou.
Se não agirem rápido, falo de amanhã, a derrota de ontem será ainda maior em 2026.
Em relação a São Paulo, o segundo turno segue indefinido, com ligeiro favoritismo do atual prefeito, Ricardo Nunes. Importante salientar, que o segundo turno é uma nova eleição. O tempo de TV é igual para os dois candidatos. Penso, que os debates entre os candidatos, pode definir o vencedor. Boulos tem um traquejo melhor do que Nunes, no embate direto.
Por essa razão, a campanha do prefeito, reluta em aprofundar os debates. Talvez, aconteça apenas um, até a eleição no final de outubro.
Há “dendos” do começo do fim, em:
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Deus se apiede de vós, Paulistanos; aqui no NE Nois deslulamos, amém
Jamais poderia imaginar, uma derrota tão grande do PT.
No Sul e no Sudeste, todo mundo sabia, que iriam perder. Mas, no Nordeste?
O Centro Oeste sempre foi campo da Direita.
No Norte, o PT praticamente inexiste.
Como vão mudar a página nas eleições gerais, se a municipal é uma prévia da federal?