William Waack
Estadão
“Alguém tem de ter o direito de cometer o último erro”, disse o presidente do STF ao New York Times. “Não acho que erramos, mas a última palavra é do Supremo”.
Nunca houve dúvidas sobre a última palavra caber ao Supremo — como acontece no Estado de Direito. A questão levantada pelo jornal americano, ecoando o fortíssimo debate brasileiro, é se o Supremo errou. A Suprema Corte brasileira “está salvando ou ameaçando a democracia?”, pergunta a manchete do NYT.
LONGE DEMAIS – Em público, os integrantes da Corte não têm dúvidas de qual seria a resposta e se dedicam à autocelebração. Em privado, admitem que “algumas coisas” foram longe demais. Leia-se: decisões monocráticas de Dias Toffoli, anulando a Lava Jato e suas consequências, e os inquéritos tocados por Alexandre de Moraes.
No momento, os ministros têm pouco temor do que possa vir das pautas anti-STF discutidas no Legislativo, pois elas são função da luta política imediata. Ocorre que essa luta vai ser fortemente pautada pelo que acontecerá com os inquéritos que envolvem Jair Bolsonaro.
Chegou a hora de se encaminhar para o final desses inquéritos, admitem ministros, o que equivaleria a restringir os poderes excepcionais dos quais faz extensivo uso o ministro Alexandre de Moraes. Significa entregá-los ao procurador-geral da República, o que já deveria ter acontecido há muito tempo — não fosse a desconfiança de alguns dos ministros do STF de que pudessem ser engavetados.
OS INQUÉRITOS – O ex-presidente enfrenta quatro grandes investigações: falsificação de cartão de vacina, a posse de presentes que recebeu enquanto chefe de Estado, a “Abin paralela” e, a mais grave de todas, a “tentativa de golpe de Estado” que culminou no 8 de janeiro. Haverá denúncias? E, se houver, em quais inquéritos?
O mundo dos operadores do direito em Brasília (esse fluido mix de advogados, ministros das cortes superiores e Ministério Público) considera frágil a base jurídica para denunciar Bolsonaro pelos presentes, pelo cartão de vacina e pela Abin.
As opiniões se dividem — e proliferam as dúvidas — sobre o “golpe”.
NÃO ACONTECEU – Tomado isoladamente, diz um dos atores relevantes, o 8 de janeiro não poderia ser visto como “golpe de Estado”. Mas o “conjunto da obra” é bem mais complicado — a depender do que a Polícia Federal encontrou dentro dos inquéritos-monstros conduzidos por Moraes.
Por enquanto é tudo sigiloso, até mesmo para quem teria de fazer a denúncia – a Procuradoria-Geral da República. O que só aumenta o peso da questão formulada acima.
O problema com essa questão — se o STF está salvando ou ameaçando a democracia — não é a resposta. É a pergunta ter sido feita.
A única coisa que a facção do stf está salvando são os corruptos
Na mosca.!!
Corruptos e narcotraficantes…
Eu tenho uma curiosidade: por que no programa WW de 16/10 não fizeram a tradução exata do título da reportagem do New York Times?
O título da reportagem era algo como:
“O INIMIGO BRASILEIRO de Elon Musk está salvando ou ameaçando a democracia?”
Na minha opinião, uma matéria com esse título tendencioso não mereceria crédito, não importa em que órgão de imprensa fosse veiculado.
Costumo acompanhar o WW na CNN e tenho muito respeito por ele como jornalista.
Mas neste caso, me parece que ele envereda por uma seara complicada, deixando de lado a sua imparcialidade e dando uma de “lambe-botas” dos EUA e da direita radical de lá e daqui.
Totalmente de acordo e apoiado, chega de sofismas, chega de contrainformação subliminar, chega de enrolação, demos os nomes aos bois! Essa mídia materialista consegue fazer mais dano do que o resto do sistema.
P.S. Mesmo considerando o Willian uma flor rara no meio do lamaçal.
“…Maioria dos pais é a favor de proibir celular nas escolas, diz Datafolha
Pesquisa mostra que 43% dos pais de crianças dizem que os filhos de até 12 anos têm um aparelho próprio…”
Alguns médicos dizem que celular na mão de crianças com menos de 12 anos é devastador….
devastador para a saúde da criança…
Perdendo quase tudo que acreditou fugaz importância, para um, o Supremo foi alcançado via construído e acessado “andaime”, tão somente, pois tudo deixará de te o esperado positivo resultado!
Valerá a pena, diante das generalizadas perdas, perguntasse aos apátridas e locupletos “mi$$ionário$”?
https://elpais.com/opinion/2024-10-14/brasil-contra-x-un-precedente-democratico.html
1) Licença… gosto mesmo é do Supremo de Frango…
2) Um prato delicioso…
Adendos, em:
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/moraes-listou-seis-garantias-ao-governo-da-espanha-por-extradicao-de-oswaldo-eustaquio/
Ele fornece garantias. E seus colegas de partido ?
Não estaria mais visando salvar-se a si próprio?
Com o anunciado fim da democracia na Venezuela, teria (a Corte local) negociado a sua permanência/sobrevivência/continuidade com o Poder ditatorial instalado no país?
Acorda para o futuro, Brasil!