Bruno Boghossian
Folha
Pela enésima vez, a equipe econômica começou a estabelecer os limites da proposta de corte de gastos. A decisão será apresentada nas próximas semanas. A fase atual é uma espécie de ajuste do ajuste. O objetivo é manter as estimativas de redução de despesas, mas descartar pontos considerados impopulares demais e que poderiam contaminar politicamente o pacote.
BENEFÍCIOS – Um dos alvos principais da discussão é o tamanho da mudança que deve ser proposta para o BPC (Benefício de Prestação Continuada). Uma ala do governo envolvida na elaboração das medidas prefere deixar dois pontos fora do plano: o aumento da idade mínima de acesso ao benefício e o fim da correção dos pagamentos pelo salário mínimo.
O grupo avalia que esses itens nem deveriam ser levados à mesa de Lula. Ainda que todos saibam que o presidente tem o poder de dar a palavra final sobre cada tópico, alguns auxiliares entendem que a simples ideia de um ajuste mais duro no benefício pago a idosos e pessoas com deficiência muito pobres poderia tornar todo o pacote menos palatável.
A mexida, caso essa avaliação prevaleça, teria outro foco: deixar mais nítidos os conceitos de vulnerabilidade que determinam o acesso ao BPC, corrigindo o que o ministro Fernando Haddad chama de distorções, provocadas pela judicialização e pela concessão do benefício a quem não precisa.
POUPAR OS POBRES – O resultado das conversas indicará as escolhas políticas que a equipe econômica deve fazer para enfrentar o desafio do ajuste. Lula seria o primeiro filtro. Embora concorde com a ideia geral de uma revisão de gastos, o presidente faz questão de manifestar sua oposição a um corte amargo para a população de baixa renda.
A calibragem do BPC e a limitação de supersalários do setor público seriam movimentos táticos em busca de um certo equilíbrio. A mesma lógica é direcionada a deputados e senadores que precisam ser convencidos a aprovar as medidas da equipe econômica e, em dois anos, disputar eleições para manter suas cadeiras.
Uma possível decisão antecipada de cortar gordura do pacote carrega um certo risco. Se a proposta final tiver poucos excessos, o governo terá uma margem menor para negociar o texto com o presidente e os parlamentares.
Reunião dos Donos do Poder
Pela alegria dos banqueiros na saída da reunião com Lula na quarta-feira (16), o presidente deve ter garantido a eles que o pagamento mensal das estratosféricas despesas da União com encargos e juros da gigantesca dívida pública com os bancos não entrarão no anunciado corte de gastos do governo, que deverá recair sobre os mais fracos certamente.
Acorda, Brasil!
Vá acabar o mandato e não vão chegar a um denominador comum quanto aos cortes.
Reunião dos Donos do Poder
Pela alegria dos banqueiros na saída da reunião com Lula na quarta-feira (16), o presidente deve ter garantido a eles que as estratosféricas despesas da União com os encargos e juros da dívida com os bancos não entrarão no corte de gastos do governo, que deverá recair sobre os mais fracos certamente.
Acorda, Brasil!
Um país que com o dinheiro suado do Pedreiro, paga pensão para neta de militar ( e também para algumas netas de funcionários estaduais – maite proença), não tem risco de dar certo.
Quando vão acabar com os mega salários, benefícios e penduricalhos dos Privilegiados?
Eles são a razão da desigualdade social do País.
Individam o país pra torrar a grana com despesas correntes pra bancar a luxúria dos oligarcas estatais e o emprego de milhares de incompetentes em 38 ministérios fantasmas.