Explosões e golpes e atentado fracassados aumentam complexo de vira-latas

Portal BP - Você sabia que o termo "complexo de vira lata"... | FacebookCarlos Newton

Têm certas horas em que me bate aquele complexo de vira-latas celebrizado por Nelson Rodrigues. E não é para menos. Primeiro, em pleno G20, nos aparece aquele unabomber à brasileira, que não consegue montar uma explosão de verdade e é obrigado a gastar R$ 1.525 em fogos de artifício, para não perder a viagem.

Nosso chaveiro-bomba era um romântico no estilo do célebre personagem de Walt Whitman, e sonhava ser um herói nacional e conquistar o amor da bela Débora Rodrigues dos Santos, a terrorista que escreveu com batom “Perdeu, Mané!” na estátua da Justiça, para gozar o ministro Luís Roberto Barroso.

Bem no estilo de Whitman, era tudo um sonho, porque nosso unabomber tinha programado também se suicidar, jamais chegaria nem perto da fascinante Débora.

NOVO GOLPE – Agora, ainda em pleno G20, o Brasil surpreende novamente o mundo ao apresentar mais uma versão de seus mirabolantes planos terroristas de golpe de estado.

Desta vez, os líderes seriam um general da reserva e três tenentes-coronéis que não chegaram a dar um só tiro nem compraram fogos de artifício, mas sonhavam em matar o presidente Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, e os três assassinatos seriam cumpridos em 15/12/22, mas neste dia não aconteceu nada, rigorosamente nada.

Aí me bateu aquela certeza – somos mesmo vira-latas. Aqui no Brasil, qualquer conspiração, por mais vagabunda que seja, jamais dá resultado.

VIRA-LATICES – Em qualquer país de mais respeito, o unabomber teria destruído logo o Supremo e tudo o que há lá dentro. E os quatro heroicos milicos, com apenas as três armas requeridas (metralhadora, lança-granada e lança-rojão) teriam mudado o curso da História.

Segundo um analista literário que conhece a genial obra de Walt Whitman, o golpe só não deu certo porque os conspiradores não conseguiram reunir Lula, Alckmin e Moraes no dia 15 de dezembro, para matá-los de uma só vez e economizar munição.

E assim o Brasil ficou na humilhante situação de ser um país que sofreu dois golpes de estado que ninguém percebeu, pois não houve tiros nem tanques na rua, e agora teve um atentado terrorista com fogos de artifício. É desanimador tudo isso, em pleno G20. Não há vira-latas que aguente…

13 thoughts on “Explosões e golpes e atentado fracassados aumentam complexo de vira-latas

  1. Nada nessa gestão compartilhada do LADRÃO, e$$eteefe e polícia partídária é CRÍVEL.

    Minha sugestão para colocarem o Bolsonaro na cadeia por ser o mentor do golpe: Liberem as imagens do 8 de janeiro feitas pelo ministério da justiça do Flávio Dino. O problema será rapidamente resolvido.

    A gestão desastrosa compartilhada tem a faca e o queijo na mão. Estão esperando o que para agir?

  2. Bem, discordo do autor do artigo na sua tentativa de ridicularizar uma situação séria . Se alguma coisa planejada não deu certo por razões diversas, isso não quer dizer que por não ter havido as consequências, minizemos a situação.

    A indignação, a lamentação após as consequências, é algo inútil, mas infelizmente é o pensamento reinante. Acontece em tudo na vida.

    Por isso é que não se pode deixar barato, como muitos querem, de tentativas ou omissões que causam malefícios. É preciso prevenir para que coisas assim não se repitam.

    Acidentes de avião, enchente catastróficas, acidentes mortais, golpes de Estado frustrados, corrupção, etc. São exemplos que podem ser prevenidos. Mas é preciso tratar esse assuntos com seriedade. O desdém é para a torcida contra.

  3. Lembro de um certo almirante, então presidente do STM e parceiro de Bolsonaro, que buscava fazer frente ao STF.

    Há personagens ridículos de ambos os lados.

    E assim vão empurrando com a barriga, deixando o país de lado.

  4. Qualquer marginal aqui do RJ é mais eficiente que qualquer “golpista” das fake news oficiais e jurídicas. Morre juíza, morre oficial das FFA, morre policial federal, morre testemunha “protegida” por lei …

  5. “Dietrich Bonhoeffer foi um intelectual alemão que se opôs ao nazismo e, por isso, foi preso.”

    “Na prisão, ele refletiu muito, tentando entender como era possível que seus compatriotas alemães estivessem apoiando tão fervorosamente Hitler e suas políticas irracionais e criminosas, sendo o povo alemão um dos mais cultos e avançados da Europa e do mundo, em termos científicos, tecnológicos, culturais, etc.

    Ele chegou a uma conclusão: o povo alemão foi vítima da estupidez coletiva. E então Bonhoeffer escreveu um ensaio sobre a estupidez que hoje vale a pena recordar.

    Segundo Bonhoeffer, a estupidez não tem uma causa psicológica, mas sim sociológica, ou seja, é contagiosa: a estupidez de uma pessoa precisa da estupidez de outra.

    É como um feitiço formado por palavras de ordem que se apodera das pessoas. Por isso, você verá pessoas muito inteligentes que, em determinado momento, se comportam de maneira estúpida, porque é uma recaída de sua personalidade que nada tem a ver com suas capacidades mentais, que podem ser muitas.

    Quando as pessoas estão passando por um período de estupidez, nunca acreditarão nos argumentos contra sua estupidez; simplesmente os ignorarão. São absolutamente impermeáveis às advertências sobre as consequências catastróficas que sua estupidez pode ocasionar a elas mesmas e aos outros estúpidos, e sempre se sentem orgulhosas de si mesmas e de sua estupidez.

    Ainda mais, muitas vezes é perigoso tentar persuadir um estúpido com razões, pois ele se sentirá agredido, irritar-se-á facilmente e até tentará atacar.

    Há momentos na vida das sociedades em que, contra a estupidez, não há nenhuma defesa. Daí nascem as ditaduras, assim como também o declínio dos países.

    Cuba com o castrismo e Argentina com o peronismo são exemplos.

    Posteriormente a Bonhoeffer, o historiador e economista italiano Carlo Cipolla, seguindo a mesma lógica do alemão, condensou em cinco leis sua teoria da estupidez.

    1. Sempre se subestima o número de estúpidos em circulação.
    2. A probabilidade de que uma pessoa seja estúpida é independente de sua educação, riqueza, inteligência, etc.; ou seja, a estupidez se distribui igualmente em todos os segmentos da população.
    3. O estúpido causa dano a outras pessoas e a si mesmo, sem obter nenhum benefício.
    4. Eles são imprevisíveis. As pessoas NÃO estúpidas sempre subestimam o poder danoso dos estúpidos.
    5. Os estúpidos são mais perigosos que os bandidos e os malvados. Não há nada mais perigoso que um estúpido com poder.

    Segundo Bonhoeffer, só quando o governo ou o regime social que produz a estupidez coletiva entra em colapso ou em crise, as pessoas podem se libertar dela e da dor que começa a surgir pela contradição entre seus pensamentos e seus atos.

    Na Venezuela, felizmente, muitas pessoas começaram a abrir os olhos e, com dor e arrependimento, silencioso ou não, começam a entrar em razão e a deixar de apoiar um governo eleito em um momento de estupidez coletiva.”

  6. Aplauso ao editor.
    Assistimos a uma ópera bufa.
    Levar a sério unabomber com fogos de artifício só encontra abrigo na cabeça de camarão.
    Qualquer terrorista da Guerrilha do Araguaia faria melhor.

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