Caio Crisóstomo
Folha
A Polícia Federal aponta, no relatório final em que indiciou Jair Bolsonaro (PL) e outros 36 aliados, a relação entre pessoas envolvidas com a tentativa golpe de Estado e o caso da chamada “Abin paralela”.
A estrutura paralela na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) é alvo da Operação Última Milha e mira ao menos quatro dos indiciados pela PF na apuração sobre a trama golpista e o plano para assassinato de Lula (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
São eles: o ex-diretor da Abin e deputado Alexandre Ramagem (PL); o general Augusto Heleno, ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), a quem a agência estava vinculada; o policial federal Marcelo Bormevet e o subtenente do Exército Giancarlo Gomes Rodrigues.
ABIN PARALELA – Ao divulgar o indiciamento no inquérito do golpe, a PF afirma que as investigações “apontaram que os investigados se estruturaram por meio de divisão de tarefas, o que permitiu a individualização das condutas” e a descoberta de núcleos. Um deles, o de inteligência paralela.
Os outros cinco núcleos seriam o de desinformação e ataques ao sistema eleitoral, o responsável por incitar militares a aderirem ao golpe de Estado, o jurídico, o operacional de apoio às ações golpistas e o operacional para cumprimento de medidas coercitivas.
Militares são maioria entre os suspeitos —25 de um total de 37 indiciados. O deputado Ramagem era investigado por suspeita de comandar a Abin paralela na época em que era diretor da agência. Mas, no fim de outubro, ele foi incluído também no inquérito sobre golpe.
CONTATO COM DEFESAS – A Folha apurou que os investigadores teriam encontrado indícios de que Ramagem participou dos preparativos para a tentativa de golpe. Procurada, a defesa dele não respondeu.
A reportagem não conseguiu contato com as defesas de Augusto Heleno, Bormevet e Giancalo. De acordo com as investigações, Bormevet e Giancarlo Rodrigues estavam em “completo desvio da finalidade institucional da Abin”.
O subtenente Giancarlo Rodrigues, que é investigado no caso da Abin paralela, também foi incluído e intimado para depor à PF em 5 de novembro. Em oitiva na superintendência da corporação na Bahia, negou saber da existência de um plano de golpe.
TROCA DE MENSAGENS – A polícia também interceptou troca de mensagens do final de 2022 em que dois investigados falam, segundo a investigação, sobre “minuta do decreto de intervenção” para o “rompimento democrático”.
“O Nosso PR imbrochável já assinou a porra do decreto?”, questiona o policial Bormevet, segundo os documentos. Giancarlo Rodrigues responde, ainda de acordo com o relatório: “Assinou nada. Tá foda essa espera”.
Como mostrou a Folha, em junho os investigadores pediram o compartilhamento das provas da apuração sobre a Abin paralela com os inquéritos das fake news e da tentativa de golpe.
FRAUDE ELEITORAL – O pedido se deu após a PF encontrar as conversas entre Bormevet e Giancarlo e, também, arquivos em que Ramagem fazia pregações contra a lisura do processo eleitoral brasileiro e favoráveis a rupturas, além de um dossiê de procuradores da República que seriam contrários ao governo Bolsonaro e familiares.
A corporação achou emails produzidos por Ramagem que serviriam para subsidiar Bolsonaro de informações para contestar as urnas eletrônicas, como revelou o jornal O Globo. A informação foi confirmada pela Folha.
As apurações foram tentativa de golpe de Estado em 2022 foram encerradas nesta quinta pela PF, que concluiu que Bolsonaro participou de uma trama para impedir a posse de Lula.
FALTA A DENÚNCIA – A PGR (Procuradoria-Geral da República) deverá avaliar os indícios para decidir se denuncia o ex-presidente. Se a denúncia for apresentada, o passo seguinte será Moraes decidir se torna Bolsonaro réu.
Declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até 2030 por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral, o ex-presidente foi indiciado neste ano pela PF em três inquéritos: sobre as joias, a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19 e, agora, a tentativa de golpe de Estado.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Uma coisa é indiciar, outra coisa é denunciar, para transformar em réu. Agora, vamos aguardar a Procuradoria, que vai dizer se houve apenas planejamento de golpe ou se ocorreu a tentativa de golpe, que concretiza a existência de crime. E assim o golpe que foi planejado, mas não ocorreu, pode passar a ser considerado como ocorrido, naquele Inquérito do Fim do Mundo, e assim Bolsonaro vira réu e o pais fica parado, a assistir essa novela interminável protagonizada por Alexandre de Moraes, ele, sempre ele. (C.N.)
Pôha!!!
Dito pelo não dito, será dito e feito?
Aurélio Buarque de Hollanda, se enciclopedou-se!!
– o se…
Agatha Christie versão bananil.
O Alexandre Garcia fala bem sobre isto, que no final o herói foi o Bolsonaro que impediu o golpe. A principal prova do seu heroísmo foi a posse do Lula.
É para rir ou para chorar?
Espero não ser inconveniente ao transcrever matérias publicadas no site Diário do Poder do jornalista Claudio Humberto. Acredito que a Tribuna da Internet esteja sob o Signo da Liberdade.
Festa de Janja com dinheiro público rende 31 ações parlamentares contra governo Lula
22/11/2024 0:01 | Atualizado 22/11/2024 6:32
acessibilidade:
Janja e convidados no palco do Janjapalooza (Foto: reprodução/instagram/janjalula)
Cláudio Humberto
A anêmica articulação política de Lula vai ter trabalho para sufocar o calhamaço de ações contra a vexatória conduta da primeira-dama Janja durante o G-20. A realização do Janjapalooza, regado a dinheiro público, e os insultos da mulher de Lula renderam 31 ações de deputados. Tem de tudo: moção de repúdio, cobrança de explicações, convocação de ministros em comissões e até dois processos sobre o uso de dinheiro público no evento de Janja, para ser devolvido com juros e correção.
Malddad na mira
Enrolando na definição do corte de gastos, o ministro Fernando Haddad (Fazenda) vai ter que explicar o desperdício de banco público na festa.
Dinheiro no lixo
Outro na mira é o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), que teria feito Petrobras e Itaipu jogar dinheiro fora patrocinando o Janjapalooza.
Custou caro
Somente Margareth Menezes (Cultura) acumula nove ações pelo desperdício de dinheiro público no evento. O TCU também investiga.
Ofensiva
Mauro Vieira (Relações Exteriores), Rui Costa (Casa Civil), Esther Dweck (Planejamento) e Wellington Dias (Desenv. Social) fecham a lista.
O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro – Foto: redes sociais.
STF inaugura ‘sigilo fake’ no caso contra Bolsonaro
Principal tema das manchetes, o inquérito encaminhado ao Supremo Tribunal Federal pela Polícia Federal é oficialmente “sigiloso”. A PF indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras dezenas de pessoas por suposto golpe de Estado, “abolição violenta do Estado Democrático de Direito” e de organização criminosa. Mas, apesar de nenhuma das 700 páginas do inquérito ter sido liberada oficialmente, todos os detalhes e até organograma dos acusados são conhecidos e com ampla divulgação.
Detalhes e detalhes
Nomes, mensagens recuperadas e até uma distribuição de responsabilidades foram relatados da BBC à Al Jazeera, mundo afora.
Sem detalhes
Bolsonaro finalmente falou sobre o caso, do qual não foi notificado. “Vou esperar o advogado”, disse ele no X, “é na PGR que começa a luta”.
Desde cedo
“Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, declarou o ex-presidente ao site Metrópoles.
Poder sem Pudor
Deu Tarcísio
Levantamento do Paraná Pesquisas mostra a força de Tarcísio de Freitas (Rep). O governador de São Paulo é aprovado por 68,8% dos paulistas. O presidente Lula vai na contramão, é rejeitado por 54,2%.
Tiroteio imparável
O inquérito no STF que implicou Jair Bolsonaro em “golpe de Estado” etc é o terceiro indiciamento o ex-presidente só em 2024. Aberto em 2019, atormentou o indiciado durante todo o seu governo, e segue a toada.
Caroço no angu
Filipe Barros (PL-PR) estranhou acordo entre a desconhecida Spacesail e a Telebras. Cobrou que o Ministério das Comunicações explique o contrato com a empresa chinesa, fala até em risco à segurança nacional.
Frase do dia
“Alexandre de Ego Moraes brilhou na decisão”
Julia Zanatta (PL-SC) sobre o ministro se citar 44 vezes ao acionar PF contra militares
No nosso bolso
Alavancou a arrecadação recorde do governo em outubro o crescimento real de 20,3% em Cofins e Pis/Pasep (R$47,2 bilhões); e Imposto de Importação e IPI vinculado à importação, 58,1%, (R$ 11,1 bilhões).
Só petista
São do PT todas as 61 assinaturas no pedido de Gleisi Hoffmann (PT-PR) para arquivar o projeto que anistia os presos pelo 8 de janeiro de 2023. Não recebeu apoio de nem um outro partido da base de Lula.
Pensando bem…
…já divulgaram até organograma do tal “inquérito sigiloso” da suposta tentativa de golpe.
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O interessante é incluir falsificação de atestados e contrabando de joias no libelo contra o Cupim da República e ignorar o Boletim nº 10 Direitos na Pandemia da Conectas/Cepedisa, que mapeia e analisa as 3.049 normas jurídicas de resposta à Covid-19 no Brasil e prova a estratégia federal na disseminação da pandemia num ataque sem precedentes aos direitos humanos no Brasil.
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2024/11/19/stf-manda-soltar-15-integrantes-de-quadrilha-que-opera-trafico-de-drogas-em-galerias-de-campinas.ghtml
Ladrões e traficantes são bem vindos.
What about GDias ?
Governo Lula deu cargo a filho de GDias um mês após o 8 de Janeiro
Metrópoles
What about the images and videos of the ministry of justice, Mr. BanDino?
Agora, a Procuradoria terá de apresentar a denúncia
Errado. O correto é Agora, a Procuradoria poderá oferecer a denúncia
Acho melhor, parar com essa história de prender o bolsonaro.
O país terá uma guerra sem precedentes.
As milícias já estão se organizando, caso o bolsonaro seja preso.
Agora, fiquei realmente preocupado.
Vejam este vídeo ESTARRECEDOR!!!
José Luis
https://x.com/Ella_Ellaa_/status/1859612473969528965?t=kdXLxeS_GmKDJFOcM4H-WQ&s=08