Golpe de Estado: Uma brutalidade contra a história brasileira

Enredo sombrio confirma participação de Bolsonaro

Pedro do Coutto

A tentativa de golpe de Estado acompanhada de tramas envolvendo o assassinato de três autoridades públicas do alto escalão do governo representa uma brutalidade que poucas vezes foi vista nas historias recentes dos paises. Dar cabo de um presidente da República, um vice-presidente e um ministro do Supremo Tribunal Federal causaria um impacto impossível de ser calculado em toda a sua extensão. Mas uma coisa é certa, os autores dos atentados teriam atingido o Brasil como um todo, enquanto pais organizado. A qual condição passaria o nosso país com essas mortes?

Quem assumiria? Presume-se que seria o próprio Jair Bolsonaro, recolocado no cargo. Mas é um absurdo. Qualquer pessoa vê que não é possível ter êxito numa empreitada dessa. Como justificar tal fato no cenário nacional e internacional? Será que não pensaram nas consequências? Além disso, seria uma bofetada no eleitorado brasileiro e no Poder Judiciário.

INGOVERNÁVEL – Seria impossível governar o Brasil após essa série de crimes pretendida. Trágico o pensamento que regeu os encarregados desta insurreição que não mediram esforços e nem os reflexos que viriam com essas ações. O país perderia a sua credibilidade internacional e também junto à população que passaria a não crer na democracia ou nos projetos de governo. Foi uma tentativa que deixou mal o cenário interno e externo.

É preciso que os generais que foram contra o golpe assumam uma posição bastante clara para desarticular qualquer tentativa contra a Constituição que parta de dentro das Forças Armadas. É importante bloquear qualquer nova iniciativa, pois a democracia pode estar sempre em risco. O tempo passa e as ideias mudam.

INDICIADOS – E, para aumentar o grau de espanto, ontem, o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal  pelos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa no relatório final das investigações da corporação sobre a trama golpista ocorrida após as eleições de 2022, que inclui as operações Tempus Veritatis e Contragolpe.

Os ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e outras 33 pessoas também foram indiciadas no inquérito. Um absurdo total que a cada dia apresenta cenas de terror a partir do momentos que mais personagens são confirmados no enredo hediondo que planejava atentar contra a livre e democrática da maior parte da população nas urnas, articulando para isso o cometimento de crimes sórdidos e inaceitáveis. Aguardemos, agora, as próximas ações da justiça para que todo esse cenário seja desvendado.

12 thoughts on “Golpe de Estado: Uma brutalidade contra a história brasileira

  1. Alguma dúvida?

    No Brasil atual, o Estado de Direito parece ter perdido tanto o “Estado” quanto o “Direito”
    https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/64949/no-brasil-atual-o-estado-de-direito-parece-ter-perdido-tanto-o-estado-quanto-o-direito

    O autor do artigo lista uma série de irregularidades, mas o Xandão do Xandãoquistão não esta nem aí. Para ele a lei é apenas um detalhe de somenos importância. Ele diz em alto e bom som: “A lei soy yo!”

    Que desgraça! Mas os ótarios batem palmas.

    • Passando por aqui rapidamente para lembrar meu amigo de farda o Pontagrossense Elias dos Santos, conforme:
      Rio de Janeiro – 18/12/69
      Paulo Sérgio Granado Paranhos preso no dia anterior (17/12) ao ser interrogado “dedurou” um “aparelho” do PCBR localizado na rua Baronesa de Uruguaiana nº 70, no bairro de Lins de Vasconcelos.

      Ali, Prestes de Paula, ao fugir pelos fundos da casa, disparou, à queima-roupa, um tiro de pistola cal.45 no soldado do Exército Elias dos Santos que integrava a equipe que “estourou” o “aparelho”. O soldado Elias morreu momentos depois.

      A respeito do soldado Elias, morto em combate no cumprimento do dever, o Ternuma recebeu o seguinte comovente e-mail: “Fico feliz de achar uma página da Internet a qual faz uma homenagem a uma pessoa que não conheci, mas com certeza, muito especial. Desde pequena vejo minha avó aos prantos lembrar de seu filho Elias dos Santos, morto brutalmente por assassinos terroristas. Não conhecia direito a história, fiquei sabendo agora. Realmente é revoltante saber que a família de Carlos Lamarca tem direitos que minha avó não teve. Não tenho palavras, só agradeço.” ass. Daniele Esteves. https://heroisbrasil.fandom.com/pt-br/wiki/Cabo_Elias_dos_Santos

  2. Extraido, do mesmo endereço:
    Introdução
    “No final dos anos sessenta grupos de militantes comunistas das linhas chinesa e cubana, partidários da insurreição armada, organizaram-se para se opor pelas armas ao governo da ditadura e estabelecer no Brasil uma DITADURA COMUNISTA.

    Minoritários, por não contarem com a adesão popular e sem efetivos para manterem guerrilha armada contra as Forças Armadas ou policiais, passaram a desenvolver ações limitadas como roubo a bancos, roubo de armas, roubo de autos, detonação de artefatos explosivos nas portas de alguns quartéis e outros crimes parecidos. Mais tarde tentaram sequestrar aviões, não conseguindo. Sequestros de diplomatas estrangeiros foram efetivados com sucesso, pela pouca segurança a serviço desses funcionários.

    A ação armada limitada e de pequeno significado revolucionário desses insurretos, chamados de subversivos ou terroristas pelo governo, realizada em agências bancárias, na via pública contra cidadãos ou na porta de quarteis, acabava ferindo ou matando populares, que passaram a ser as vítimas diretas desses crimes, por deterem a posse da “res furtiva” ou por serem meros transeuntes no local.

    Sem o apoio popular que engrossasse o número de militantes da “guerrilha” ou a auxiliasse materialmente e a severa repressão exercida pelos militares acabaram por esvazia-la até a completa extinção, na primeira metade dos anos setenta.

    As consequências das suas ações, entretanto, materializaram-se nas centenas de vítimas inocentes mortas ou gravemente feridas em todo o Brasil.”
    https://heroisbrasil.fandom.com/pt-br/wiki/Cabo_Elias_dos_Santos#:~:text=Introdu%C3%A7%C3%A3o,terroristas%20pelo%20governo%2C

  3. A Venezuela do amigo Maduro é um bom exemplo, neste mundão em que a diplomacia condena pelas costas e adula pelas frentes, num jogo hipócrita em que o poder e o ouro (pode ser dólar americano) regem as boas relações.

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