Mariana Muniz
O Globo
O ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, reagiu nesta segunda-feira às acusações feitas pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil no governo Jair Bolsonaro, de que ele teria mentido em depoimento à Polícia Federal.
Sem citar Baptista Júnior, Nogueira escreveu nas redes sociais: “Quer dizer que agora um chefe, dois chefes (?) de Forças Militares testemunham um golpe de estado e não fizeram nada?”.
O brigadeiro falou à PF, entre outras coisas, que o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, teria ameaçado o ex-presidente de prisão: “Depois de o Presidente da República, Jair Bolsonaro, aventar a hipótese de atentar contra o regime democrático, por meio de algum instituto previsto na Constituição (GLO ou Estado de Defesa ou Estado de Sítio), o então Comandante do Exército, General Freire Gomes, afirmou que caso tentasse tal ato teria que prender o Presidente da República”, diz trecho do depoimento do antigo chefe da Aeronáutica.
DIZ O BRIGADEIRO – Em publicação feita nas redes sociais, Baptista Júnior disse que as falas de Ciro Nogueira têm finalidade eleitoral e agridem as Forças Armadas.
“Ao tentar apoio para as eleições de 2026, o senador @ciro_nogueira agride a instituição militar e demonstra desconhecer a lei brasileira, que estabelece que a continência militar é devida às autoridades, não às pessoas”, disse, acrescentando:
“Não há vergonha em se cumprir a lei, independente dos governos de turno, que há muito se merecem e se retroalimentam. A honra está na alma e nos exemplos, não no terno, na farda ou no pijama. Se é este o exemplo de um presidente de partido, pouca esperança resta na política”.
“Eu não sou Agulhas Negras
Nem tampouco sou Naval
Sou Guerreiro, Sou da FAB…”
Pela Defesa de um país continental.
Pela modernização, pelo investimento, pelo fortalecimento dessa Instituição fundamental e de Estado.
Eu fui da Infantaria. A Arma em que o combatente olha no olho do inimigo.
Bons anos da minha vida foi entre as fileiras da Força Aérea.
Tenho orgulho disso.
Concordo plenamente com o brigadeiro Carlos Batista. Deu uma enquadrada de estilo, no senador Ciro Nogueira.
Foi merecido e acho que ainda foi pouco. O brigadeiro, ex comandante da Aeronáutica se comportou com educação, diante de um ataque gratuito aos dois comandantes, contrários ao golpe.
Então, pergunto ao ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, dentro do Planalto,,
da copa e da cozinha do presidente, não viu nada? E se viu tudo, por qual razão, quedou se inerte? Tudo indica, que participou daquilo tudo. Tem que ser investigado, até porque, Bolsonaro não fez nada sozinho. Tem muito auxiliar de Bolsonaro, que botou lenha na fogueira e agora está caladinho, com o boi na sombra. Isso sim, é covardia.
É o típico brigadeiro que adora ser comido.
Senhor Roberto Nascimento , o ex-presidente jair bolsonaro contou com pleno e irrestrito apoio da maioria de ” deputados & senadores ” , e dos legislativos ” estaduais & municipais ” para sua aventura golpista , tanto é verdade que ele entregou a gestão OGU , chamado orçamento secreto, a esse grupo de apoiadores chamados ” centrão ” , em troca do apoio ao golpe de estado .
Caro José Carlos. O apoio da extrema direita no Congresso e do Centrão em particular ao Golpe, ocorreu de forma implícita. Os parlamentares não colocaram a mão na massa.
Na tentativa de Golpe contra a posse de Juscelino, Nereu Ramos e Carlos Luz apoiaram o Golpe implodido pelo general Teixeira Lott.
No Golpe de 1964, tanto Juscelino quanto Lacerda, apoiaram a derrubada de João Goulart.
Entretanto, esse apoio da Direita e do Centrão seria um tiro no pé deles. Figuras incultas e medievais, que seriam os primeiros a serem cassados, acusados de corruptos. O Congresso seria fechado. O povo Bolsonarista, quase destruiu as duas Casas Congressuais, Câmara e Senado. Se fosse o assalto ao Congresso, em dia de votação, deputados e senadores seriam trucidados pela turba de vândalos. Todos os ministros do STF, seriam mortos.
O Comando Revolucionário, sob as ordens do general Braga Neto ou pelo capitão Bolsonaro, ou por qualquer general quatro estrelas, não iriam precisar do Legislativo em funcionamento. Por isso, o apoio ao Golpe do Bolsonaro seria uma furada monumental para o grupo do Arthur Lira, que deixaria de comandar o Orçamento Secreto.
Certamente um coronel ou general ficaria responsável pelas verbas do Orçamento.
Provavelmente, o novo regime liquidaria com todos os Partidos Políticos e criaria apenas dois, nos moldes da Arena e o MDB. Um diria sim para o comandante da ” Revolução”, e o outro diria sim senhor coronel.
Pelo desenrolar dos fatos, estaríamos diante de uma República dos Coronéis, comandada pelo chefe deles, o general Braga Neto. Bolsonaro seria uma nova rainha da Inglaterra, sem poder algum. Nunca um capitão mandou mais do que um coronel e general nem se fala. Acho, que Bolsonaro sabia disso, porque quase foi expulso do Exército, no inquérito presidido por generais o presidente, general Ernesto Geisel, disse que Bolsonaro era um mau militar. O general Leônidas Pires Gonçalves, ministro do Exército do governo José Sarney, também odiava Bolsonaro.
No Poder, Bolsonaro se vingou dos generais. O mais execrado, foi seu amigo de 40 anos, o general Santos Cruz, humilhado por ele.
Bolsonaro, também humilhou seu ministro da Defesa, general Azevedo e Silva e o comandante do Exército, Edson Pujol.
Uma coisa é certa, Bolsonaro jamais comandaria os generais num provável Golpe de Estado.
Discordo de Lula, que chamou Bolsonaro de covarde. Ele até tentou, mas, percebeu que seria ultrapassado pelos fatos. Bolsonaro pode ser tudo, mas bobo ele não é. Também seria preso, conforme resulta do depoimento do general Gomes Freire.
É a minha leitura, que extrai dos depoimentos liberados pelo STF.
Sim . com toda certeza Jair Bolsonaro , seria descartado pelos seus comparsas , tão logo o golpe de estado tivesse sucesso , e os parlamentares que o apoiarem dar-lhes-iam as costas e o trairiam , usando a mesma máxima de Jair Bolsonaro .