Daniel Gullino
O Globo
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, defendeu nesta terça-feira uma regulamentação internacional para o uso de ferramentas de inteligência artificial (IA). De acordo com Moraes, essas ferramentas podem reforçar a desinformação e, com isso, influenciar o resultado das eleições.
— A inteligência artificial, principalmente anabolizando as fake news, pode mudar o resultado de uma eleição. Porque até que aquilo seja desmentido, até que chegue a versão verdadeira a todo o eleitorado, isso pode mudar milhares de votos. Consequentemente, isso pode fraudar o resultado popular — declarou Moraes.
EXEMPLO EUROPEU – O ministro participou da abertura de um seminário sobre inteligência artificial e eleições, promovido pelo TSE e pelo Fundação Getúlio Vargas (FGV), e citou a legislação da União Europeia como exemplo. A embaixadora do bloco no Brasil, Marian Schuegraf, participou do evento, assim como a embaixadora da Alemanha, Bettina Cadenbach.
— É absolutamente urgente e necessário que os países, as autoridades, se unam para que haja não só regulamentações nacionais, mas uma regulamentação internacional. A União Europeia já deu um grande exemplo recentemente, aprovando duas importantes leis nesse sentido. Outros países do mundo vêm discutindo essa questão.
Moraes também afirmou que a Organização das Nações Unidas (ONU) deveria atuar nessa regulamentação, a exemplo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada em 1948.
DISSE MORAES — “Há pouco mais agora de 75 anos a ONU proclamou a sua declaração de direitos (humanos). Há, hoje, a necessidade de uma discussão do ponto de vista internacional, para que a ONU lidere uma declaração de direitos digitais em defesa da democracia”.
Em fevereiro, o TSE aprovou uma resolução sobre propaganda eleitoral que disciplina o uso de tecnologias de IA nas campanhas das eleições municipais que ocorrerão em outubro.
O texto aprovado estabeleceu a proibição das “deep fakes” e que a inteligência artificial só pode ser usada em campanhas com um aviso de que o conteúdo foi feito a partir de uma ferramenta do tipo.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É triste ouvir essa demonização das redes sociais. Fica parecendo que a União Europeia já resolveu o assunto… Como dizia François Rabelais, a ignorância é a mãe de todos os males. A União Europeia é uma aliança transnacional, sem poderes de criar leis para os países-membros cumprirem. Cada um que faça suas próprias leis. No caso das redes sociais, a UE apenas propõe que cada país crie uma comissão com poderes para retirar postagens, bloquear usuários e aplicar multas a infratores e às plataformas. E nem fala em prender ninguém ou confiscar passaporte, como Moraes costuma fazer. O Ato de Serviços Digitais (DSA) está disponível no Google, mas ninguém se interessa em ler, o que dizem de asneiras não está no gibi. (C.N.)
Moraes está certíssimo. O Brasil deveria regulamentar as redes sociais, tomando por base a UE onde todos os países membros devem acatar tal regulamentação.
Exato!
https://european-union.europa.eu/institutions-law-budget/law/types-legislation_pt
Esse seminário foi no Brasil? Pensei que só participassem, os ministros, de eventos no Exterior
Regulamento IA: https://www.europarl.europa.eu/news/pt/press-room/20240308IPR19015/regulamento-inteligencia-artificial-parlamento-aprova-legislacao-historica
Já estou na categoria de idoso. As avós da nossa infância já diziam de sujeitos assim : são uns bobinhos, se achando que podem mandar no mundo.
Quando ninguém lhes dá ouvidos têm fricotes.
O vilão vai quebrar a cara.
O ministro cabeça de ovo a cada dia mostra que está morrendo de medo de sofrer um impeachment e perder o emprego. Daí este desespero quanto as redes sociais, porque já não propõe um firewall ao estilo chinês e russo? Mas ele sabe que nem com firewall chineses e russos nãos e atualizam, sabem o que acontece fora dos seus muros, e é isto o que o ministro não quer, saber que já pedem a revogação do seu visto para entrar nos EUA, o que é uma vergonha, como diria o Bóris. As eleições deste ano serão plebiscitárias, sinalizando uma mudança profunda tanto para o governo do Stalinácio quanto para o Judiciário, é perigo à vista com certeza.
Trocando em miúdos.
Se não houver regularização,como bem diz o senhor VIDAL,caminhamos para o tão sonhado voto impresso.
Se deduz,das palavras do Min. Xandão.
Foi que entendi
O crime definitivamente compensa, e como compensa!
Toffoli apaga todas ações da Lava Jato contra Marcelo Odebrecht
https://atrombetanews.com.br/2024/05/21/toffoli-apaga-todas-acoes-da-lava-jato-contra-marcelo-odebrecht/
Mas, não foi o Bolsonaro que acabou com a Lava Jato?
Quando a IA substituir a IN do stf todos sairemos ganhando.