Laura Paddison
Da CNN
A água do oceano está avançando quilômetros embaixo da “geleira do Juízo Final” da Antártida, tornando-a mais vulnerável ao degelo do que se pensava anteriormente, de acordo com uma nova pesquisa que utilizou dados de radar do espaço para realizar um raio-X da geleira gigante.
À medida que a água salgada e relativamente quente do oceano encontra o gelo, está causando um “derretimento vigoroso” por baixo do glaciar e pode significar que as projeções globais de aumento do nível do mar estão sendo subestimadas, de acordo com o estudo publicado nesta segunda-feira (20) no Proceedings of the National Academy of Sciences.
IMENSA GELEIRA – O glaciar Thwaites, na Antártida ocidental – apelidado de “geleira do Juízo Final” porque o seu colapso pode causar um aumento catastrófico do nível do mar – é o glaciar mais largo do mundo e tem aproximadamente o tamanho da Flórida. É também o glaciar mais vulnerável e instável da Antártida, em grande parte porque a terra onde se situa se inclina para baixo, permitindo que as águas oceânicas corroam o seu gelo.
O glaciar, que já contribui com 4% do aumento global do nível do mar, contém gelo suficiente para elevar o nível do mar em mais de 60 centímetros. Mas como ele também funciona como uma barragem natural para o gelo circundante na Antártida ocidental, os cientistas estimam que o seu colapso total poderá levar a um aumento do nível do mar de cerca de 3 metros – uma catástrofe para as comunidades costeiras do mundo.
Muitos estudos apontaram para as imensas vulnerabilidades do glaciar Thwaites. O aquecimento global, impulsionado pela queima de combustíveis fósseis pelos seres humanos, deixou-o pendurado “pelas unhas”, de acordo com um estudo de 2022.
RAIO-X DA GELEIRA – Uma equipe de glaciologistas – liderada por cientistas da Universidade da Califórnia – usou dados de radar de satélite de alta resolução, coletados entre março e junho do ano passado, para criar um raio-X da geleira.
Isso permitiu aos cientistas construir uma imagem das mudanças na “linha de aterramento” do Thwaites, o ponto em que o glaciar sobe do fundo do mar e se torna uma plataforma de gelo flutuante. As linhas de aterramento são vitais para a estabilidade dos mantos de gelo e um ponto-chave de vulnerabilidade para o Thwaites, mas têm sido difíceis de estudar.
“No passado, tínhamos apenas dados esporádicos para analisar isso”, disse Eric Rignot, professor de ciência do sistema terrestre na Universidade da Califórnia e coautor do estudo. “Nesse novo conjunto de dados, diário e ao longo de vários meses, temos observações sólidas do que está acontecendo”.
NO RITMO DA MARÉ – Eles observaram a água do mar correndo sob a geleira ao longo de muitos quilômetros e depois saindo novamente, seguindo o ritmo diário das marés. Quando a água entra, é o suficiente para “elevar” a superfície da geleira em centímetros, disse Rignot à CNN.
Ele sugeriu que o termo “zona de aterramento” pode ser mais adequado do que linha de aterramento, já que pode se mover quase 6,4 quilômetros em um ciclo de maré de 12 horas, de acordo com a pesquisa.
A velocidade da água do mar, que percorre distâncias consideráveis em um curto período de tempo, aumenta o derretimento das geleiras porque, assim que o gelo derrete, a água doce é eliminada e substituída por água do mar mais quente, disse Rignot.
PESQUISA FASCINANTE – Ted Scambos, glaciologista da Universidade do Colorado em Boulder, que não esteve envolvido no estudo, chamou a pesquisa de “fascinante e importante”.
“Essa descoberta fornece um processo que, ainda, não foi levado em consideração nos modelos”, disse ele à CNN. E embora esses resultados se apliquem apenas a certas áreas do glaciar, disse ele, “isso poderia acelerar o ritmo da perda de gelo nas nossas previsões”.
Uma incerteza a ser desvendada é se o fluxo da água do mar sob o Thwaites é um fenômeno novo ou se é significativo, mas desconhecido há muito tempo, disse James Smith, geólogo marinho do British Antarctic Survey, que não esteve envolvido no estudo.
MUITAS INCÓGNITAS – Ainda há muitas incógnitas sobre o que as descobertas do estudo significam para o futuro do Thwaites, disse Gourmelen, que não esteve envolvido na pesquisa. Também não está claro até que ponto esse processo é generalizado em toda a Antártida, disse ele à CNN, “embora seja altamente provável que isso também esteja acontecendo em outros lugares”.
O derretimento do gelo marinho não afeta diretamente o aumento do nível do mar porque já está flutuando, mas faz com que as camadas de gelo costeiras e as geleiras fiquem expostas às ondas e às águas quentes do oceano, tornando-as muito mais vulneráveis ao derretimento e à ruptura.
Os pesquisadores também utilizaram modelos climáticos para prever a velocidade potencial de recuperação de uma perda tão extrema de gelo marinho e descobriram que, mesmo depois de duas décadas, nem todo o gelo retornará.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Há cada vez mais evidências de que as mudanças climáticas precisam ser evitadas, e o derretimento das geleiras deve ser considerado o problema número um da ciência. Pode até ser um processo cíclico normal, mas está ficando muito esquisito (C.N.).
Catastrofismo gelado, pior seria um catastrofismo fervente.
Catástrofe linguística é o narrador da tragédia pronunciar a palavra ‘metereologia’ quando o certo é meteorologia.
O mundo pode se acabar de tantas formas quanto queiram os defensores de suas teses.
Mina tese catastrófica é sobre a extinção dos dinossauros, tem relação com o peido das vacas.
Já foi medido a quantidade de gás metano liberado na atmosfera neste processo biológico desta categoria de animais. Esse volume também produzido pelos dinossauros teria destruído a camada de ozônio que facilitou que a chuva de meteoros que os extinguiu.
Outro fator de catástrofe seria a inversão das correntes marítimas atuais com diferentes graus de temperatura e salinidade. Exemplo, não foi Bolsonaro que matou o Mar Morto, a evaporação deixou a alta salinidade de hoje, esse mar morreu antes do bolsonarismo, assim como na Amazônia com seu desmatamento, a morte das girafas, do alces, dos leões, dos ursos polares, dos aligátores, e dos ornitorrincos festejados pelos psicoproctologistas da nossa flora e da fauna, que por sinal andam mais sumidos que joelhos de freiras. Di Caprio, Greta, Marina, Macron, (esse aí é o da mulher feia) e outros menos badalados pelos devotos. Sting e Beiço de Pau.
Morrer por morrer vou ficar com o economista, ‘no médio e longo prazo estaremos todos mortos’.
Senhor editor, desculpe minha irreverência, em minha defesa vou citar o guru Millor Fernandes, “Só creio na descrença.” E rir é o melhor remédio (Seleções da Reader’s Digest).
1) Li, na adolescência, sobre isso, através dos livros de Ramatis, um espírito que psicografava as suas obras.
2) Mais especificamente o livro “Mensagens do Astral”. Há uma dimensão científica no Espiritismo/kardecismo que poucos conhecem.
3) Concordo plenamente com o nosso editor.
“Derretimento”, sendo aproveitado para refrescar a garganta de “Ôlho Azul, o Ancião Matreiro”, conforme:
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