Larissa Rodrigues
CNN Brasil
A confusão deste ano tem uma explicação muito clara – eleições municipais. Na hora da conquista de voto, não há ideologia política que supere o temor da opinião pública que pede incessantemente a continuidade da compra de produtos internacionais de até US$ 50 sem pagamento de impostos
Esta semana foi confusa. Algum desavisado poderia facilmente confundir deputados e senadores do PT com parlamentares do PL, acredite. Tudo por conta da taxação das “blusinhas”, como diz Lula.
TUDO AO CONTRÁRIO – O que ouvimos de petistas – sempre tão dispostos a defender a criação de empregos no Brasil “contra o neoliberalismo” – foi, em alto e bom som, a defesa ferrenha da não cobrança de impostos a esses produtos internacionais. Enquanto sindicatos – berço político do partido – se posicionavam a favor da cobrança, para abrir empregos na indústria.
PT está dividido e PL não quer arcar sozinho com ônus da taxação das “blusinhas”, dizem deputados. E o PL e demais partidos de direita? Bem, os “defensores do livre mercado” apresentaram uma emenda pedindo a desoneração de impostos de empresas brasileiras para que elas possam competir “de igual para igual” com sites estrangeiros, como Shein e Shopee.
Foi um barata-voa, praticamente sem precedentes. A ponto de um “novo” ministro da Fazenda, Fernando Haddad, precisar dizer em comissão na Câmara dos Deputados que a taxação das compras internacionais é um tema “delicado” e não defender a cobrança, como lá atrás levantou a bandeira.
PEDIDO DE LULA – Já o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), na quarta-feira (22) – quando era esperada a votação da proposta –, precisou enviar um pedido aos demais líderes e vice-líderes da base governista para que todos votassem contra a taxação das blusinhas. Na mensagem, Guimarães cita o nome de Lula da Silva (PT) e afirma ser um pedido vindo do próprio presidente.
A confusão tem uma explicação muito clara: eleições municipais. Na hora da conquista de voto, não há ideologia política que supere o temor da opinião pública que pede incessantemente a continuidade da compra de produtos internacionais de até US$ 50 sem pagamento de impostos.
Inclusive, nesse momento de eleições, não há semana caótica que termine com definição. Na semana que vem, em pleno feriado, teremos deputados e senadores trabalhando em plena segunda-feira atrás de acordo. Ah, o milagre eleitoral…
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É uma irresponsabilidade total. O país precisa taxar esses importados, não somente para abrir empregos, mas também para aumentar a arrecadação e a distribuição de renda. Por isso, o ministro Haddad é a favor, e os sindicatos, também. Mas a ignorância é a mãe de todos os males, como dizia Francois Rabelais, exatamente há 500 anos. De lá para cá, nada mudou na politicagem. (C.N.)
Nenhuma surpresa, já que à todos foi imposta e consolidam uma só “idéia”!
O Brasil não tem que taxar nada, o Estado brasileiro é que tem que gastar menos e tornar nossa economia mais competitiva.
Taxação de importados significativa protecionismo e subsídio indireto à indústria nacional.
Na mesma linha de defesa que justifica a aplicação de impostos está a política de redução das exportações a fim de melhorar a oferta ao mercado interno, reduzindo a inflação de demanda e barateando o custo do produto ao consumidor final.
Nem uma nem a outra dá resultado favorável.
A primeira medida inviabiliza o acesso ao produto, pela população de baixa renda, por encarecê-lo. A segunda por tornar o sistema produtivo deficitário, ao tempo que desestimula novos investidores no setor.
E a farsa da inflação de 4% ao ano…..
Enganando o povo com inflação baixa, mas na ponta, a inflação puxa mais arrecadação….
Se não trazem nenhum benefício à quem paga, porque existe imposto?
Para sustentar o paquiderme da administração pública.
Noves fora o economês, a verdade é que não existe almoço grátis.
Os artigos importados até 50 dólares, caso fossem comprados de empresas estrangeiras, nunca foram isentos até 2023 (a taxa era de 60%).
A partir daí, foi criado o Remessa Conforme que taxa as compras em aproximadamente 20%.
Então, o melhor será uma taxação que chegue a uns 50% para todos os artigos importados (ICMs + um imposto federal), excetuando-se aqueles fundamentais ao desenvolvimento do país.
Aplicação em desenvolvimento de máfias, que cedem negociadas comissões!
Vige, o “Sindicato Internacional do Crime Organizado”, fortalecidos pós envenenamento da “Lava Jato”!
KKK a mulherada que tem Stalinácio por ídolo ou pai é que não está gostando nada, as tais “blusinhas baratinhas da Shein”, vão custar-lhes bem mais do que estão acostumadas a pagar. E para que servem os impostos, nem para dar reajuste aos seus empregados o Stalinácio os usa. Muito menos para comprar vacinas contra a dengue.
Está faltando até mesmo um pouco de criatividade . Não deveria, afinal de contas eles(os politicos) deveriam saber muito mais do que eu, mas mesmo assim vou dar a sugestão.
É só aprovar a tese de volta de cobrança do imposto de importação mas com aliquota zero, assim fica pronta a volta da cobrança para um momento mais apropriado.