Bruno Boghossian
Folha
O acordo para aprovar a taxação de compras internacionais começou a sair da caixa há uma semana. Enquanto o governo anunciava que vetaria a tributação, Fernando Haddad dava a senha. “Temos que buscar uma solução conjunta”, disse o ministro, na Câmara. “Não pode recair sobre uma pessoa a responsabilidade por resolver esse problema.”
Alguns ministros sempre foram favoráveis à cobrança de tributos sobre encomendas de até US$ 50 que chegam do exterior. Haddad e Geraldo Alckmin ouvem queixas da indústria e do comércio desde os primeiros dias de mandato, mas nunca haviam conseguido convencer Lula a queimar pontos de popularidade para proteger as empresas nacionais.
DILUIR O IMPACTO – O presidente aceitou pegar a primeira oportunidade que permitiria negociar a resolução do problema e, ao menos, diluir o impacto político da medida. O governo aproveitou uma carona com Arthur Lira, que havia decidido atender ao lobby empresarial e amarrar o centrão a uma proposta para taxar em 60% os produtos importados.
Lula e Lira costuraram o que poderia ser descrito politicamente (com boa carga dramática) como uma espécie de morte cruzada. No caso das blusinhas, a ideia era encontrar um patamar de desgaste que Executivo e Legislativo fossem capazes de compartilhar e absorver, sem que o eleitor pudesse acusar um único ator de apertar o gatilho.
Ainda na semana passada, o petista repisou o ônus de taxar as “bugigangas”, mas abriu uma porta: “A tendência é vetar, mas a tendência também pode ser negociar”. Dito e feito.
FECHADO EM 20% – O presidente e Lira negociaram um tributo de 20%, para uma votação que ocorreu de forma simbólica na Câmara, sem impressões digitais de governistas, centrão ou oposição.
O negócio parece melhor para os deputados e senadores do que para Lula. O julgamento que o eleitor faz do Congresso já é naturalmente diluído entre quase 600 políticos. A dobradinha com o Executivo alivia a barra dos parlamentares um pouco mais.
O governo não será o único na linha de tiro, mas será sempre um alvo maior.
Ficou bom. Os imposto de importados até 50 dólares ficarão próximos a 40%. Bem que os acima desse valor, poderiam ficar nesse patamar. .
Somente 20%, kkk… surreal!
A China vai ter na América Latina, o mesmo domínio que já tem na África. O povo nicaraguense esta destinado a pobreza e escravidão. Vai ser burro assim lá na…
Ortega entrega exploração do ouro da Nicarágua a China
https://terrabrasilnoticias.com/2024/05/ortega-entrega-exploracao-do-ouro-da-nicaragua-a-china/
Stalinácio está indo pelo mesmo caminho que costumava trilhar o imbrochável, enfrentava o ministro da Fazenda o quanto podia, depois ambos cediam minimizando a derrota.