Ex-ministro Anderson Torres confirma presença na CPMI e anuncia que vai falar

Anderson Torres viajou para Orlando na véspera das invasões | Metrópoles

Será que desta vez Anderson Torres realmente pretende falar?

Pablo Giovanni
Correio Braziliense

A defesa do ex-ministro Anderson Torres confirmou a presença dele na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, na terça-feira (8/8). A informação foi confirmada ao Correio. Os representantes apontam que Torres vai depor e quer falar, apesar do pedido protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele possa ficar calado.

À reportagem, o advogado do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) alega que o pedido foi apenas para preservá-lo.

DIZ O ADVOGADO – “Nosso pedido foi para preservar o cliente quanto ao direito de não se autoincriminar e para que não haja descumprimento das (medidas) cautelares. Tendo em vista que ele tem que se recolher às 22h e não pode ter contato com outros investigados, que estarão na CPMI”, afirmou Eumar Novacki, ao Correio.

A estratégia adotada é porque a expectativa é de que o ex-secretário preste um depoimento longo, já que é o desejo de quase todos os parlamentares ouvir Torres. O ex-ministro de Bolsonaro está usando tornozeleira eletrônica.

Torres voltou ao país após ter ficado poucos dias de férias nos Estados Unidos (EUA), para cumprir uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a sua prisão.

SUSPEITO DE OMISSÃO – Torres é investigado no inquérito que trata sobre uma possível omissão nos atos de 8 de janeiro, além de uma minuta encontrada na casa dele, que tentava mudar o resultado da eleição de 2022.

Em 11 de maio, Torres deixou o 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), no Guará, por volta das 21h — onde estava preso desde 14 de janeiro. Após a revogação da prisão, o ex-secretário ficou recolhido em casa, em um condomínio do Jardim Botânico, em Brasília, e raramente deixa a residência.

Ao conceder a liberdade, Moraes afirmou que o pedido de soltura realizado pela defesa de Torres não foi atendido antes por conta das investigações em curso. O magistrado impõe a “proibição de ausentar-se do Distrito Federal e recolhimento domiciliar no período noturno e nos finais de semana, mediante uso de tornozeleira eletrônica, a ser instalada pela Polícia Federal em Brasília/DF”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Quando Torres diz que vai falar, não se deve ter maiores expectativas. Em tradução simultânea, ele está dizendo apenas que vai se defender, que é bem diferente de falar, se é que vocês me entendem, como dizia Maneco Müller, o Jacinto de Thormes. (C.N.)

9 thoughts on “Ex-ministro Anderson Torres confirma presença na CPMI e anuncia que vai falar

  1. Como alguém pode colocar as mãos no fogo por esta gente?

    Pensam fanaticamente que passarão a borracha na História, pois ela é implacável como nos lembra Plabo Milanes, – que rompeu com a ditadura do seu país -, com a adaptação de um cantor brasileiro que apoia o nosso engodo, Mecanismo, consórcio, bagaça como queiram denomina-lo.

    https://youtu.be/8QwZJO0kE8M

    Milanes, já falecido, rompeu com Ditadura de seu país, tão adorada por aqui. É democracia lulogaiseliana.

    https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63769245

    • Gostei dessa passagem: “Assim, em um dia de 1966, agentes do regime apareceram na casa de Pablo Milanés.

      “Eles me enganaram e me disseram que eu havia sido recrutado para o serviço militar. E, na verdade, fui enviado para um campo de concentração “, lembrou o cantor em um documentário de 2020 sobre sua trajetória musical.

      Ele foi um das dezenas de milhares de jovens encaminhados para as Unidades Militares de Auxílio à Produção (UMAP), os campos de trabalhos forçados nos quais eram presos homossexuais, religiosos, artistas e intelectuais rebeldes; enfim, aqueles que eram considerados “desprezíveis”, nas palavras do próprio Milanés.

      O cantor relembrou a UMAP — de onde fugiu para logo ser preso novamente — como uma fase “brutal” em que foi vítima de maus-tratos e foi obrigado a trabalhar incansavelmente da madrugada à noite.

      Décadas depois, ele repetidamente repreendeu o governo cubano por nunca ter se desculpado por isso.

      Os nossos esquerdistas daqui me lembram Voltaire, “Certas pessoas são como peixes que são mudados de reservatório, não tem a mínima ideia que é para serem comidos na quaresma.” Hehehehehe eles acreditam que essa bagaça vai dar certo.

  2. Perfeito, sr. Renato.
    Direita é isso mesmo.

    Basta fazer uma pergunta ao Anderson Torres: Dia 6 de janeiro, antes de embarcar para os EUA para gozar as férias depois de 6 dias de “muito trabalho”, que ordem o sr. deu aos seus comandados?

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