Pedro do Coutto
Os ministros Fernando Haddad e Simone Tebet chegaram à conclusão de que existe um risco fiscal atingindo o país. É a soma das desonerações, isenções e outros benefícios fiscais que fazem com que a arrecadação não acompanhe as despesas. Reportagem de O Globo destaca o problema, acentuando a sua gravidade em função dos reflexos que pode causar e que precisam ser contidos em função dos fatores que geram esse desequilíbrio.
Diante da piora nas projeções do mercado para os principais indicadores econômicos do país, como inflação e juros, e da escalada do dólar, que chegou a R$ 5,42, Haddad e Tebet fizeram um alerta ao presidente Lula da Silva sobre a necessidade de readequar gastos e ouviram do chefe do Executivo a preocupação com o cenário, especialmente com o volume dos subsídios.
CORTES – Integrantes da equipe econômica relataram que Lula sinalizou estar aberto a discutir cortes de determinados tipos de despesas, mas a partir de 2025. Nenhuma medida concreta foi anunciada. O governo tenta avançar em alternativas para compensar a devolução da Medida Provisória do Pis/Cofins, que abriria espaço orçamentário.
Lula teve uma reunião nesta segunda-feira com os auxiliares da área econômica para discutir o cenário fiscal e possíveis medidas de reequilíbrio para as contas públicas. De acordo com os ministros, ele chamou atenção para aspectos ligados à perda de receita e ficou impressionado com o alto nível de subsídios existentes no país.
Esta foi a primeira reunião do presidente neste ano com a chamada Junta de Execução Orçamentária, composta pela Casa Civil e pelos ministros da área econômica, para rediscutir o cenário de receitas e despesas federais. A discussão é feita enquanto o governo é pressionado pelo mercado a tomar iniciativas de redução de gastos.
RENÚNCIAS – O ministro Fernando Haddad afirmou que, no plano da receita, há uma preocupação muito grande do governo com os R$ 519 bilhões em renúncias fiscais observadas em 2023. Além disso, Lula teria ficado surpreso com a queda da carga tributária no ano passado.
“A carga tributária no país caiu mais de 0,6% do PIB, o que foi considerado pelo presidente bastante significativo, à luz das reclamações que o próprio presidente nem sempre compreende de setores isolados que foram, enfim, instados a recompor essa carga tributária que foi perdida”, acrescentou o ministro. Citou a experiência do Rio Grande do Sul como exemplo, em referência ao Auxílio Reconstrução, um voucher de R$ 5.100 repassado pelo governo federal para as vítimas das enchentes que atingiram o estado no final de abril.
Lula recebeu o alerta da situação que se agravou nos últimos 12 meses, mas se dispõe a discutir cortes somente a partir de 2025. O PT, entretanto, considera a crise fiscal inexistente e defende os pisos salariais nos setores da educação e da saúde. O problema assim se agrava, pois qual o caminho que o governo poderá encontrar para enfrentar a crise que já está opondo o Ministério da Fazenda ao PT ? Alguma decisão de Lula terá que ser tomada. Não é possível manter-se afastado de uma questão fiscal difícil.
Primeiro, evitar viagens de turismo que não traz nenhum retorno, cortar mordomias do judiciário stf, stj de juízes e promotores. Para de sustentar a classe artistica
Cortar nos salários e mordomias de senadores e deputados idem.
Sr. Pedro
Acabou!
Armando, qual o seu problema com Pedro do Couto?
A sua inveja contra o mestre da análise política e econômica, está beirando o ridículo.
Inveja.??
Santa Paciência, Batman..!
Com a devida Vênia, Conrado, suas sugestões são simplórias e não têm o condão de reduzir as despesas do governo.
O ponto central, assinalado com perfeição por Pedro do Couto, são as desonerações fiscais, da ordem de mais de 500 bilhões de reais.
O correto é compatibilizar o corte de despesas com ações que aumentem a receita, através do crescimento da atividade econômica e do aumento da carga tributária. Esses são os dois pilares do capitalismo.
Reduzir o orçamento da Educação e da Saúde, verbas carimbadas, podem trazer prejuízos nos serviços primordiais destinados a população mais vulnerável do país. Sobre essas duas áreas, o governo pode economizar com uma gestão profissional, que eliminei desperdício.
O tão propalado déficit da Previdência Social, pode ser revertido com o aumento da oferta de emprego com carteira assinada, com a cobrança rigorosa das empresas inadimplentes e combate sem tréguas nas fraudes, que não param de cessar.
Nesse campo econômico não tem milagre, portanto, o proselitismo político e ideológico não ajuda o debate sério e democrático, em busca das soluções melhores para o país.
“Dendos”, em:
https://www.instagram.com/reel/C8VtYfFNoZM/?igsh=MXNkcXF1eXVzbXc2bQ==
Entretanto, o corte de mordomias poderá também destilar confiança no povo, de que os políticos estariam aí para trabalhar pelo País.
Significativo, sim!