José Casado
Veja
Lula programou para esta sexta-feira, dia 11, no Rio uma festa com sabor de nostalgia. Vai anunciar nova edição do antigo Programa de Aceleração do Crescimento — PAC na propaganda oficial —, que embalou sua campanha de reeleição (2006) e a sucessão com Dilma Rousseff (2010).
Não há nada errado com o fato de alguém ter saudade, vontade de reviver bons momentos guardados no palácio das memórias.
DE VOLTA AO FUTURO – Lula quer reviver uma experiência de duas décadas atrás, quando comandou uma expansão da intervenção do Estado na economia, em parte inspirada no projeto nacionalista de desenvolvimento do governo Ernesto Geisel, penúltimo general-presidente do regime militar.
Na época, Lula aumentou investimentos em infraestrutura e em programas sociais, para transferência direta de renda aos mais pobres.
O efeito político foi visto na sua reeleição com 21 pontos de vantagem, na contagem dos votos válidos, contra o então adversário Geraldo Alckmin, hoje seu vice-presidente. Venceu a crise do mensalão — a da corrupção na Petrobras aconteceu na década seguinte, durante o segundo governo de Dilma.
BONS TEMPOS… – Foi um período de sonho para Lula, como seria para qualquer político sentado na sua cadeira no Palácio do Planalto. O país se beneficiava do ciclo de alta nos preços dos produtos que mais exportava. Na média, os preços das matérias-primas aumentaram significativamente (15% ao ano) entre 2003 e 2010, segundo o Fundo Monetário Internacional.
No segundo mandato de Lula (2006-2010), o governo arrecadou impostos numa escala suficiente para sustentar aumentos anuais no salário-mínimo (de 6,3%), no consumo das famílias (8,4%) e nos investimentos públicos federais (11,5%) — em todos esses casos, sempre acima da inflação oficial.
Foi um “hit” político, social e econômico abaixo da linha do Equador na primeira década do novo milênio. Lula deixou o governo com popularidade recorde nas pesquisas de opinião. É razoável, portanto, que goste do seu passado e ache que tem todo o futuro pela frente — no caso, a renovação do mandato ou o comando da sucessão em 2026.
DIANTE DA REALIDADE – O problema de Lula, hoje, está na distância entre o desejo e a realidade. Não há dinheiro bastante nos cofres públicos para financiar um plano de obras que vai custar, segundo o próprio governo, nada menos que R$ 60 bilhões anuais a partir deste 2023.
O governo sequer conseguiu aprovar no Congresso sua proposta para novos limites de gastos e de endividamento, aquilo que chama de arcabouço fiscal.
Também não tem certeza de quanto, como e onde poderá gastar no ano que vem, uma temporada de eleições municipais, simplesmente porque ainda não negociou com a Câmara e o Senado a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o próprio Orçamento de 2024, ambos dependentes das novas regras que limitam gastos e endividamento público.
NÃO HÁ DINHEIRO – Evidentemente, o Congresso vai aprovar, como sempre. Mesmo assim, é provável que não haja dinheiro suficiente para sustentar os gastos na escala desenhada nessa reedição do velho PAC.
Restariam três alternativas a Lula. Duas são óbvias e podem ser combinadas: aumentar impostos e elevar o endividamento público. A terceira seria um novo ciclo de valorização das commodities, mas isso está fora do seu controle. Nesse caso, é questão de sorte. Se acontecer a oposição não poderá acusá-lo de despreparado para a oportunidade.
Se nada disso der certo, o velho PAC volta à gaveta e a vida seguirá com Lula no mesmo palanque onde já completou quatro décadas de comícios.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Belo artigo do José Casado. Com sutileza, mostra que Lula está com prazo de validade vencido e vive num passado que não existe mais.
Sonha em investir, sem ter dinheiro. Irresponsavelmente, já afirmou que “o dinheiro vai sair de onde está para entrar onde deveria estar”. Por não aceitar teto de gastos, considera superados os livros de Economia.
Em tradução simultânea, Lula está delirante e precisa ser contido, porque vem aumentando os gastos públicos irresponsavelmente. (C.N.)
Já li neste Blog, que cada hum ponto percentual nos juros, leva o Brasil a pagar Sessenta bilhões de Reais ao anos. Para frear o Lula, vamos pedir ao Campos Neto para aumentar para 20(vinte) por cento as taxas de juros.
Só neste aumento o Brasil despenderá 420 bilhões ao ano e com isso, o Lula não poderá fazer nada.
Caro José Pereira Filho, você tem toda a razão, os juros no patamar absurdo que Campos Neto colocou, é o principal fator do aumento da dívida interna.
Que tal a quarta alternativa, reduzir a bolsa banqueiro que custa centenas de bilhões por ano do cofre público? Vai sobrar recurso pra mais de metro pra investimentos.
A matéria da Veja, tendenciosa como sempre, vende a idéia repetida como um mantra pelos liberais de que investimento público é um absurdo, que só trouxe corrupção.
O fato é que desde 2016 seguimos o belo receituário neoliberal e a desigualdade só aumentou, assim com a pobreza, preço dos alimentos e combustíveis, serviços públicos foram sucateados e estatais lucrativas vendidas a preço de banana, e isso sem mencionar que no mandato do mito também tivemos bons tempos de boom das comodities e a vida só piorou (ah esse Lula sortudo…).
Lula recebeu carta branca da maioria dos brasileiros nas urnas, que fartos dessa ladainha de estado mínimo que só lascou a vida da população, promova um novo período de investimentos públicos maciços, a despeito desses gritinhos raivosos da nossa imprensa imunda lavajatista liberalóide. E espero que faça.
Modo Ironia.
Lembrando palavras do Lula antes de ser eleito:
“Obviamente que, tendo em vista os lucros que tiveram o Itaú, o Bradesco e os outros bancos, o Fernando Henrique Cardoso não é nem pai: ele é pai, mãe, avô, avó, tio, tia do sistema financeiro, que nunca ganhou tanto dinheiro como está ganhando agora”.
(Candidato Lula, 2001, Entrevista a Ziraldo)
Palavras do Banqueiro depois que Lula foi eleito:
“Quando ele foi eleito, eu tive uma preocupação de que levasse o governo para uma linha de esquerda, mas ele foi mais conservador do que eu esperava”.
Olavo Egydio Setúbal, presidente do conselho de administração da holding que controla o banco Itaú.
(12/08/2006)
Basta ver os notáveis Banqueiros que assinaram a lista de apoio ao Lula na campanha.
Classificar como gastos, dinheiro para educação, saúde, segurança, moradia, reforma agrária e investimentos para o desenvolvimento do país, são argumentos da elite conservadora para ficar tudo como está há décadas, no marasmo do atraso.
Dinheiro tem de onde tirar e o ministro Haddad já disse de onde tirar
Hoje o principal fator da falta de dinheiro são os juros da Selic altos, que sangram o Orçamento.
A VOLTA DE JESUS CRISTO E O ARREBATAMENTO ÀS AVESSAS. (L. C. Balreira).
Jesus Cristo sobre a República das Diretas-Já: ‘’Nunca vi nada mais parecido com a Divina Comédia de Dante!’’.
Jesus Cristo sobre o julgamento de Jair Bolsonaro: ‘’Quem nunca pecou que atire a primeira pedra no Bozo!’’.
Jesus Cristo sobre a Justiça brasileira: ‘’Não há nada em oculto que não venha a ser revelado, a menos que o STF não queira!’’.
Jesus Cristo sobre a Reforma Tributária: ‘’Dê aos ricos o que é dos ricos e aos pobres o que é dos pobres!’’.
Jesus Cristo sobre o INSS: ‘’Quem nunca pagou o INSS não pode se aposentar!’’.
Jesus sobre a fome no Brasil: ‘’Quem não trabalha não come!’’.
Jesus Cristo sobre a Ordem dos Advogados do Brasil: ‘’Todos reconhecem instintivamente a superioridade do bem contra o mal, a não ser os advogados do diabo da OAB!’’.
Jesus Cristo sobre a libertação de Lula: ‘’Se o STF não te condenou nem eu também te condeno; vai-te, não mais corrompa e não permitas mais a corrupção do PT!’’.
Jesus aos evangélicos de Bolsonaro, de Trump, de Daniel Ortega, e aos patriarcas de Putin: ‘’ Falsos profetas, vocês chegam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores; todavia, não posso castigar vocês, politiqueiros hipócritas, dizei uma só palavra e sereis salvos, mesmo que tiverdes estuprado, assassinado, esquartejado, ocultado cadáveres; tudo é perdoável por Mim e pelo Pai; somente sereis condenado se tiverdes blasfemado contra o Espírito Santo’’.