Andréia Sadi e Isabela Camargo
g1 Brasília
A Polícia Federal já tem elementos suficientes para indiciar Michelle Bolsonaro no caso das joias. Segundo investigadores ouvidos pelo blog, ela será ouvida, mas não há pressa para convocá-la para depor justamente por já ser possível dar andamento ao indiciamento com os elementos existentes.
“Com toda certeza vai ser indiciada. Sem dúvida alguma”, diz um policial federal, sem apontar por quais crimes. A investigação apura ilegalidades como peculato (que é o desvio de recursos públicos) e lavagem de dinheiro.
OPERAÇÃO DAS JOIAS – Na sexta-feira (11), a PF deflagrou uma operação para investigar a suposto desvio de presentes oficiais recebidos pelo governo Bolsonaro. A suspeita é que pessoas ligadas ao ex-presidente da República tenham vendido ilegalmente esses itens, que pertencem à União.
Entre os investigadores, a apuração tem sido comparada a comer mingau quente – pelas beiradas. Na primeira fase da operação, foram alvos: 1) o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel do Exército Mauro Cid; 2) o pai dele, general da reserva do Exército, Mauro Cesar Lorena Cid; 3) o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e tenente do Exército Osmar Crivelatti; e 4) o advogado Frederick Wassef, que já defendeu Bolsonaro e familiares em diversos processos na Justiça. A recompra de Rolex tem recibo com nome de Wassef.
QUEBRA DOS SIGILOS – A PF pediu a quebra dos sigilos bancários de Michelle e do ex-presidente. Os dados podem corroborar a suspeita de que ela seja uma das beneficiárias dos eventuais desvios.
Os investigadores aguardam, também, o resultado de diligências que estão sendo feitas pelo FBI, nos Estados Unidos, sobre as vendas dos bens.
O caso tem mexido com o humor do entorno de Bolsonaro. No fim de semana, circulou um mostra Michele e seu maquiador num restaurante reagindo a uma pessoa que questionou a ex-primeira-dama sobre as joias. Provocada, Michelle reage e maquiador joga o conteúdo de um copo com gelo na mulher que tentara constrangê-los.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Para Michelle Bolsonaro ser incriminada, é preciso que esteja recebendo dinheiro proveniente da venda das joias. É a única possibilidade de haver indiciamento. Se isso realmente aconteceu, o crime mais grave é de burrice. (C.N.)
Até os dirigentes de condomínios (síndicos) estão metendo a mão no dinheiro alheio. É impressionante o grau de corrupção a que chegou o Brasil. Os bons e os maus exemplos vêm de cima e nossa classe política só tem dado péssimos exemplos. Fora a total impunidade. Nem vaga de deficiente se respeita mais aqui na filial.
Somente esse ano já foram apreendidas 41 mill toneladas de cassiterita na região norte. Hoje a apreensão recorde foi em RR. Um povo que rouba de si e dos seus! Rouba o futuro dos próprios filhos e netos. Muita ignorância!
Fonte rádio CBN
Bolsonaro, a cortina de fumaça perfeita.
Parlamentares pedem perícia em imagens entregues à CPMI do 8/1: ‘Só duas câmeras’
Deputados e senadores querem constatar que documentos entregues não foram manipulados.
https://www.conexaopolitica.com.br/legislativo/parlamentares-pedem-pericia-em-imagens-entregues-a-cpmi-do-8-1-so-duas-cameras/
O que o Bunda Gorda tanto teme?
Os verdadeiros transgressores da lei.
Felipe D’Avila: “STF viola constituição nas prisões do 8 de janeiro”; VEJA VÍDEO
https://terrabrasilnoticias.com/2023/08/felipe-davila-stf-viola-constituicao-nas-prisoes-do-8-de-janeiro-veja-video
Quem se interessa?
Bolsonaro não fez nada de ilícito no caso das jóias, diz diplomata e ex-senador Arthur Virgílio
https://brasilsemmedo.com/bolsonaro-nao-fez-nada-de-ilicito-no-caso-das-joias-diz-diplomata-e-ex-senador-arthur-virgilio/
Arthur Vitgílio, no entanto, explica que, quando Bolsonaro ganhou os presentes, estava vigente a PORTARIA Nº 59, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2018, do governo de Michel Temer (MDB), que classifica canetas, jóias, semijoias e bijuterias como bens personalíssimos – bens de consumo direto pelo recebedor.
Ou seja, bens que destinam-se ao uso próprio do recebedor, no caso, Bolsonaro, e não ao acervo da presidência da República.
“Estava em vigor essa portaria, que rezava que as tais jóias, semi-jóias e bijuterias, presenteadas pelo líder da Arábia Saudita, eram de natureza personalíssima. Quando surgiram as acusações infundadas sobre as chamadas jóias, imediatamente o ex-presidente ordenou que tudo fosse devolvido. E assim foi feito. Conclusão: nada daquilo era ilícito, mas os presentes foram devolvidos. O que desejam mais? Quando este país voltará a ter paz?”, publicou Virgílio.