Confira o racha dos assessores de Bolsonaro que se envolveram no escândalo das joias

 Depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Polícia Federal (PF). Na foto, o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República, Fábio Wajngarten.  -  (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Fábio Wajngarten queria que as joias fossem logo devolvidas

Bela Megale
O Globo

O núcleo duro de assessores de Jair Bolsonaro envolvidos no escândalo das joias já estava rachado quando os itens foram reavidos no início deste ano. Há tempos, o ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) Fábio Wajngarten entrava em rota de colisão com assessores do ex-presidente.

Alvo de críticas e apelidado por auxiliares de Bolsonaro como “220 volts”, Wajngarten entrou em confronto com boa parte do gabinete presidencial. O ex-chefe da Secom considerava esse grupo “pouco profissional”, “criador de confusão” e “excessivamente burocrata”.

CULPA PELA DEMISSÃO – Wajngarten credita a membros do antigo gabinete presidencial de Bolsonaro a sua demissão do governo, em março de 2021.

As mensagens trocadas por Wajngarten com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, sobre as joias em março deste ano evidenciaram que o atrito entre os assessores segue forte. Como mostrou o relatório da Polícia Federal, Wajngarten, criticou, na conversa, a estratégia adotada sobre caso.

No diálogo sobre a possibilidade de cassação da decisão do ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), que determinava a devolução das joias ao Estado brasileiro, Mauro Cid disse: “Parece que vão cassar a decisão do Augusto Nardi (sic)” e Fabio Wajngarten responde: “Vão mesmo. Por isso era muito melhor agente se antecipar”. Em seguida, demonstrando contrariedade, diz: “Mas o gênio do câmara + fred contaminam tudo”, se referindo, possivelmente, ao assessores Marcelo Câmara e o advogado Frederick Wassef.

“BURRO DEMAIS” –  Mauro Cid diz: “tb acho… me disseram que vc iria…”. Já Wajngarten responde: “Era de longe o mais acertado”.

O ex-ajudante de ordens então, apesar de saber que Wassef já estava nos Estados Unidos para trazer as joias, disse: “mas Crivelatti falou que vc iria. Liga para o Pr”, se referindo a Bolsonaro. Wajngarten escreve: “Burro demais. Contaminado” e Cid insiste: Fala direto com o Pr”.

Em nota, após a publicação das mensagens, Wajngarten afirmou que sua mensagem fazia referência a entrega das peças ao TCU. Em uma mensagem enviada a Cid em 9 de março, ex-chefe da Secom havia criticado os assistentes de Bolsonaro: “Tem que devolver imediatamente. É impressionante como ninguém pensa.”

4 thoughts on “Confira o racha dos assessores de Bolsonaro que se envolveram no escândalo das joias

  1. Pro gado desavisado:

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    José Luis

    P.S. Tirou do próprio bolso. Kkkkkkk
    Um verdadeiro patriota.
    Esse aí tá mais assustado que o porteiro do Vivendas da Barra (pesada).
    Kkkkkkk

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