É preciso entender que Moraes não está agindo sozinho pela censura

Charge da Myrria (A Crítica/AM)

Rodrigo Constantino
Gazeta do Povo

Toda a energia acaba concentrada em denunciar Alexandre de Moraes por seus abusos, por seus crimes. Elon Musk mergulhou de cabeça nessa missão ao criar uma conta oficial no X, com selo dourado, para expor as exigências ilegais que o ministro supremo fez à sua plataforma, pedindo censura prévia inclusive de senadores com imunidade parlamentar. A manifestação de 7 de setembro tem como foco o impeachment de Moraes, algo necessário.

Mas é crucial lembrar que Moraes não age sozinho. Ele tem muitos cúmplices, o que fica claro pela postura da velha imprensa e dos seus colegas no STF. A Primeira Turma formou maioria para manter o X suspenso no Brasil, ou seja, o comunista Flávio Dino, a “moderada” que se dizia contra a censura e outros ministros fecharam com Moraes na guerra contra a liberdade de expressão no Brasil.

SEMIDEMOCRACIA – A meta do sistema, que tem em Alexandre seu pitbull para o trabalho sujo, é impedir a participação do povo nos debates e na democracia.

Não por acaso, quando Moraes tomou sua decisão mais ousada pela censura, ele fez questão de vazar para a imprensa que estava ao lado de Temer, Pacheco e Alckmin. Este defendeu a decisão, disse que “não é porque é bilionário que não precisa cumprir lei brasileira”, ignorando que Alexandre é quem está descumprindo nossas leis, e ainda completou que a democracia brasileira tem “dívida de gratidão” com o ministro. Só se for a turma do ladrão que queria voltar à cena do crime, e voltou graças ao STF.

Alckmin prova que não é um simples banana, mas um cúmplice da quadrilha petista. Da mesma maneira que Rodrigo Pacheco, que publicou uma foto ao lado de militares, a quem agradeceu pelo apoio na “defesa” do Estado de Direito. O recadinho é claro: o sistema podre e golpista está todo unido, por enquanto, sustentando as medidas tirânicas de Alexandre.

EIXO DO MAL – O país agora faz parte oficialmente do “eixo do mal”, das nações que proíbem o X. O Brasil alexandrino foi um passo além e tenta vetar com multa alta até o uso da VPN, um instrumento necessário para muitos negócios. A insegurança jurídica alcança níveis sem precedentes com essa batalha pelo controle das narrativas e a censura dos críticos do sistema.

Felizmente, o Brasil ainda tem gente com coragem para desafiar decisões absurdas e criminosas de quem deveria ser o guardião da Constituição. A desobediência civil é um mecanismo legítimo, especialmente em regimes ditatoriais como o brasileiro. Elon Musk retirou o banimento de contas individuais sob censura, como a minha, e o engajamento se multiplicou. Milhões de patriotas decidiram ignorar as ordens ilegais e permanecer no X.

Já alguns esquerdistas migraram para a tal da Bluesky, que tampouco possui representante jurídico no Brasil. Com essa migração, o X ficou bem mais civilizado e limpo, mostrando que a esquerda polui qualquer ambiente com suas mentiras e seu discurso de ódio. Até veículos de comunicação resolveram permanecer na plataforma, mas com a justificativa de que publicam desde o exterior, por meio de correspondentes – juridicamente um argumento bastante frágil.

PRAÇA PÚBLICA – O X é apenas a praça pública que ainda permite a liberdade, e por isso virou alvo dos censores esquerdistas. Glenn Greenwald, um esquerdista que vem denunciando essa postura autoritária de seus colegas, resumiu com perfeição: “A proibição de usar VPN deixa claro que o problema não é com o X operando no Brasil, o negócio é proibir brasileiros de acessar a rede. O resto é lenda”.

Exatamente. A meta do sistema, que tem em Alexandre seu pitbull para o trabalho sujo, é impedir a participação do povo nos debates e na democracia. O intuito deles é transformar o Brasil numa Coreia do Norte, desde que eles tenham o poder que Kim Jong-Un tem no regime comunista mais fechado do planeta.

Mas o custo econômico disso será alto demais. O sistema aguenta? Os cúmplices de Moraes suportam ver a galinha dos ovos de ouro morrer?

16 thoughts on “É preciso entender que Moraes não está agindo sozinho pela censura

    • É claro que não está sozinho, pois é a água fria, jogada na fervura, que borbulhando assava as pachorentas partes de infecta carniça, agora e por enquanto, aguardando em sobresaltos, numa tina em caprichado vinagrete!

  1. ‘Ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus. Porque esse monstro está permitindo que os cegos comecem a enxergar que apenas o Estado é capaz de dar solução a determinadas crises

    “Ainda bem que a natureza *, contra a vontade da população brasileira, criou esse monstro chamado incêndio das florestas. Porque este monstro está permitindo que os burros comecem a entender que nem o Estado é capaz de dar solução a determinadas crises

    * é a natureza mesmo ?

  2. SOMOS REFUGO DA FEIRA DA INFORMAÇÃO
    Difícil estabelecer o início da atividade econômica organizada, mas já 1.500 anos A.C., os fenícios exerciam comercio marítimo, organizado e escriturado, daí para mercados, moeda, escravos, tributos, metalurgia, monopólios, máquina a vapor, revolução industrial, sociedade de consumo, tecnologia das comunicações, informática, economia globalizada e era da informação, foi só um passo de 35 séculos.

    A conexão entre algumas das últimas fases é que vou tentar explicar porque poderiam ser um ponto de retrocesso no ritmo da evolução cívica, institucional e intelectual da humanidade.

    O ciclo da atividade econômica eu definiria, empiricamente, como inovação, projeto, produção, produto e comercialização envolvendo modernamente estratégias de marketing.

    A captação e divulgação de notícias desde a epifania de Júlio Cesar, 21 séculos atrás, com seu jornal Acta Diurna, a 1ª SECON, foi se arrastrando lenta e esporadicamente até a descoberta da prensa móvel de Gutemberg em 1440 e a partir de aí até o primeiro jornal diário de notícias de Leipzig em 1650 a atividade foi mais literária com edição de artigos de fundo e livros diversos passando a partir de aí a focar na divulgação de notícias e opiniões sobre fatos ocorridos ou situações latentes.

    Alguns jornais foram sendo fundados e experimentados até que em 1785, em Londres, aparece o The Daily Universal Register que em 88 viraria The Times, e é no século XIX que empresários, políticos e governos acordam para o potencial econômico e doutrinário dos jornais e seus conteúdos, quando aparecem veículos emblemáticos como The New York Times, The Guardian, Agence France Presse, United Press e o nacional Correio Braziliense.

    Mas é no final desse século e no decorrer do XX, que a onda de invenções na arte gráfica e especialmente nas comunicações, transformam o jornalismo num colosso econômico pela sua abrangência mundial total, seu poder de propaganda comercial e de doutrinação política, mas perdendo receita pelo praticamente fim da venda do jornal impresso, mesmo substituído pela venda de assinaturas.

    O direcionamento desse poder de difusão é que seleciona as duas fontes de rendas do jornalismo, o setor econômico e o setor político, o que nos leva à única conclusão lógica possível, o setor jornalístico tem que entregar sua mercadoria, notícia e análise, aviada e embalada de acordo com a necessidade do cliente ou comprador, pelo que a verdade, a lógica e a isenção não farão necessariamente parte da mercadoria entregue, não bastasse as pressões dos clientes, apareceram umas nuvens negras sobre o setor, a internet, as redes e o celular, e como consequência, milhares de concorrentes a repórter, comentarista, ancora, a praga dos blogueiros e dos Influencers, todos disputando o imenso mercado do sensacionalismo, da desinformação, do proselitismo político, da polarização ideológica, do consumismo, da mentira, da falsa narrativa e, consequentemente, da estupidez humana. As consequências dessa diversidade de fraudes informativas, são o triunfo de políticos absolutamente desqualificados, ausência de líderes bem intencionados e cidadãos minimamente conscientes e bem informados, adoração de ex presidiários e agitadores terroristas, hordas de cidadãos se comportando como débeis mentais, o Q.I. médio nacional recuando anualmente e um país caindo rapidamente no conceito mundial.

    • Ótimo comentário-texto. Parabéns.
      Concordo plenamente que o efeito colateral trazido pelas redes sociais é esse mesmo. E está difícil sair dessa armadilha, pois o interesse maior dessas redes é o lucro. Para o bem de todos, elas próprias deveriam filtrar o conteúdo, retirando aqueles prejudiciais à população.

      Ainda bem que muitos países estão reagindo à verdadeira lavagem cerebral realizada em parte da população por alguns manipuladores nas redes sociais, usando desinformação, discursos de ódio, etc.

      Esperar que o tempo corrija essas distorções é ser muito otimista ou oportunista.

      • A coisa começou com a TV e radicalizou com o celular e as redes que vieram para substituir o ensino fundamental e influenciar o superior, e a prova pode ser a perda de quatro pontos, de 87 para 83 em apenas dois anos, no índice de QI médio nacional.

    • Bom diagnóstico, Velho, mas qual a solução? Censurar e banir as redes? Censurar, sequestrar bens e prender mentirosos? Exilar quem xinga autoridades? Defecar sobre a Constituição, as leis e revogar o devido processo legal?

  3. O único lugar talvez em Pindorama onde haja realmente lealdade é entre os “onze supremos”, ali um não pia diferente do outro, podemos dizer que são todos feitos da mesma massa, onde a falta de respeito pela Lei é a lei vigente.

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