Fachin indaga que fim levou a fortuna ilícita do doleiro Youssef

Justiça manda devolver as joias da ex-mulher do doleiro Alberto Youssef

O doleiro quer receber de volta o enriquecimento ilícito

Pepita Ortega
Estadão

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, decidiu averiguar que fim tiveram os bens entregues pelo delator Alberto Youssef à Operação Lava Jato no âmbito de sua colaboração premiada. Fachin determinou que a Justiça Federal de Curitiba entregue documentos relativos à destinação dos itens, após considerar que carecem de “maior precisão” informações já prestadas sobre pagamentos e devolução de valores feitos pelo doleiro.

O despacho do ministro, assinado na terça, 17, dá cinco dias para que o juízo da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba – origem da Lava Jato – esclareça as informações sobre o acordo de delação de Youssef.

AS DÚVIDAS – Fachin quer saber para quem ou quais órgãos foram repassados os valores referentes aos objetos que Youssef entregou às autoridades a título de ressarcimento por danos causados pelo esquema de cartel e corrupção montado na Petrobras.

A Justiça Federal deverá indicar qual o trâmite processual seguido em cada caso, se há diligências ainda em curso e quais as “providências faltantes”. Fachin exige comprovação de cada passo.

Segundo Fachin, foram instaurados diversos procedimentos de alienação e abertas contas judiciais para a devida destinação dos bens. No entanto, para o ministro, os esclarecimentos prestados pela Justiça Federal de Curitiba “não deixam tão clara a vinculação entre o objeto da renúncia, os tombos de registro dos autos instaurados, a conta judicial aberta e as destinações já implementadas”.

BENS DO DOLEIRO – Os dados estão ligados ao patrimônio do qual Youssef abriu mão “de forma irrevogável e irretratável, por se tratarem de proveitos de crimes”.

– Todos os bens em nome da GFD que estejam administrados pela Web Hotéis Empreendimentos Ltda

– Propriedade de 74 unidades autônomas integrantes do Condomínio Hotel Aparecida, bem como do empreendimento Web Hotel Aparecida nele instalado, localizado em Aparecida, interior de São Paulo.

– 37,23% do imóvel em que se situa o empreendimento Web Hotel Salvador

– Empreendimento Web Hotel Príncipe da Enseada e do respectivo imóvel, localizado em Porto Seguro-BA;

– Seis unidades autônomas componentes do Hotel Blue Tree Premium, localizado em Londrina (PR)

– 34,88% das ações da empresa Hotel Jahu S.A e de parcela ideal do imóvel em que o empreendimento se encontra instalado

– 50% do terreno formado pelos Lotes 8 e 9, Quadra F, do Loteamento Granjas Reunidas, Ipitangá, situado no município de Lauro de Freitas-BA, com área de 4.800m2, avaliado em R$ 5,3 milhões e do empreendimento que está sendo construído sobre ele, chamado “Dual Medical & Business Empresarial Odonto Médico”

– Veículo Volvo XC60, blindado, placas BBB 6244, ano 2011

– Veículo Mercedes-Benz CLS 500, placas BCT 0050, ano 2006

– Veículo Tiguan 2.0 TSI, blindado, placas FLR 4044, ano 2013/2014

– Imóvel localizado em Camaçari, com área aproximada de 3000m², cujo contrato se encontra apreendido no bojo da Operação Lava Jato

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Não é de estranhar que Alberto Youssef tenha investido grande parte de sua fortuna em hotéis. É que se trata de uma das melhores formas de lavar dinheiro do crime organizado. O pilantra paga imposto sobre hóspedes que jamais existiram e o dinheiro fica limpinho e cheirando a novo. Nas graças do generoso ministro Dias Toffoli, o doleiro Youssef pode receber de volta essa fortuna, para continuar cometendo crimes, pois ele é desses criminosos sem recuperação, que adoram viver perigosamente. (C.N.)

4 thoughts on “Fachin indaga que fim levou a fortuna ilícita do doleiro Youssef

  1. Não foi por coincidência que a Operação Lava Jato tomou o nome que tinha, pois começou pela investigação em um lava jato em Brasília. O resto a gente sabe como acabou, na maior pizza que já se fez na história da humanidade. Agora este hipócrita do Facchin vem com esta “preocupação” também hipócrita de saber onde foram parar os bilhões deste ladrão, igualzinho ao presidente que ele ajudou a por na presidência da república.

  2. Não acho que o ministro Fachin vá entrar na seara e especialidade do Toffoli, mas para tirar a dúvida seria interessante saber que escritório do grupo Prerró esta representando o Youssef.

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