Aliados de Bolsonaro acham que “confissão” de Mauro Cid será um gesto de desespero

Cid nega relação pessoal com Bolsonaro e diz que ficará em silêncio na CPI | Metrópoles

Mauro Cid dirá que apenas cumpria as ordens de Bolsonaro

Marianna Holanda
Folha

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) consideram um gesto de “desespero” as frequentes mudanças de estratégia da defesa de seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid. Segundo o advogado Cézar Bittencourt, o tenente-coronel do Exército iria confessar ter negociado as joias nos Estados Unidos a mando do ex-mandatário.

A estratégia de admitir sua atuação e indicar Bolsonaro como mandante da negociação foi revelada pela revista Veja e confirmada pelo defensor à Folha e à GloboNews. Depois, voltou atrás e disse que a confissão não será sobre as joias..

PRESO EM MAIO – Interlocutores do ex-presidente lembram que Cid está preso desde maio no Batalhão do Exército, em Brasília, e está preocupado com a família. Está detido, aliás, por outra investigação, sob suspeita de adulterar o seu cartão de vacinação.

A cela possui 20 metros quadrados. O militar só costuma sair do local duas horas por dia, para um período de banho de sol em que tem disponível grande espaço para realizar corridas e musculação.

O temor é o de que Cid fale o que for preciso para deixar a cadeia, o que avaliam que pode acontecer. Interlocutores de Bolsonaro insistem, contudo, que pode até haver trapalhada ou imoralidade, mas que não houve ilegalidade na atuação do ex-presidente. E que ele não determinou que Cid fizesse o que fez com as joias.

CLIMA DE TENSÃO – Mesmo antes da operação deflagrada na semana passada, o clima já era de tensão na família do ex-ajudante de ordens. Diante da operação da sexta-feira passada (11) em que a Polícia Federal mirou Cid e seu pai, o general Lourena Cid, eles ficaram ainda mais isolados, inclusive entre aliados no Exército.

Como mostrou a coluna de Mônica Bergamo, o general Lourena Cid já havia se afastado de Jair Bolsonaro. Ele vinha demonstrando chateação com o ex-presidente e sentia que ele e seu filho estavam abandonados.

A PF descobriu que os dois atuavam em negociações para vender presentes recebidos por Bolsonaro em viagens oficiais. Os bens são considerados de Estado, e Bolsonaro não poderia apoderar-se dos itens valiosos, segundo entendimento do TCU (Tribunal de Contas da União).

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Mauro Cid deve depor novamente na próxima semana. “Ele vai confessar que comprou as joias, evidentemente a mando do presidente. Comprou e vendeu. Resolva esse negócio e venda”, disse seu advogado, antes de voltar atrás e instaurar o caos na defesa do tenente-coronel, ressalvando que ele não fará delação premiada. (C.N.)

7 thoughts on “Aliados de Bolsonaro acham que “confissão” de Mauro Cid será um gesto de desespero

  1. Precisamos deixar de lado essa brincadeira de bandido e mocinho da moeda lulobolsonarista. Apesar do ufanismo enganador o país tem enormes desafios a enfrentar. As duas faces da moeda preferem manter a eleitoreira Indústria da Miséria e Exclusão. Inclusive unindo-se pra manterem o Secular Mecanismo do Cleptopatrimonialismo.

    https://youtu.be/jDN1tt_0wcY

    Só mesmo gente alienada, fanatizada, cultuadores de totens de pés de barro para cair no KO desta torpe da energúmena ópera bufa.

    Até nossos intelectuais abandonam a Ciência, para tornaram-se ideólogos do cleptopatrimonialismo. Assim paramos no tempo, com uma sofrível Educação, cujo papel é formar massa ignora de apoio aos ascensoristas sociais, cujo único objetivo é encherem seus bolsos legal ou ilegalmente.

  2. Há propósito, a
    “intelectualidade” hegemônica é a da face lulista, que positivistas, travam sua batalha social e política no mundo etéreo do positivismo léxico; mudando denominações dos excluídos, como se isto resolvesse seus problemas reais.

    Um exemplo que merece destaque é a ridicula linguagem neutra. Com a palavra a travesti Nany People:

    https://youtu.be/vAjhzuj2tQw

    Que gente imprestável. Mas é que estas turbas que apoiam desejam manter a eleitoreira Indústria da Miséria e Exclusão.

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