Alexandre Schwartsman
Folha
O BC voltou a elevar a taxa básica de juros (Selic), e deverá continuar a fazê-lo nos próximos meses, porque vê uma economia mais aquecida do que deveria estar para trazer a inflação para a meta de 3%, dos atuais patamares próximos ao limite superior, 4,5%.
O que deveria parecer natural no contexto de gestão da política de juros, subir quando a inflação está acima da meta e baixar no caso oposto, traz certa perplexidade quando consideramos que, mesmo antes da decisão do Copom, a taxa básica de juros se encontrava em 10,5% ao ano. Deduzida a expectativa de inflação à frente, em torno de 4%, a taxa real de juros seria pouco superior a 6%.
UM ENIGMA – Como é possível que uma economia sobreaqueça com uma taxa real de juros desta magnitude? Em países “normais”, o consumo deveria estar caindo, o investimento não existente e a economia sofrendo uma recessão bíblica.
Aqui, porém, a demanda interna segue firme e forte, graças à expansão do consumo das famílias, responsável por cerca de 80% do aumento da demanda nos últimos dois anos e meio, o restante igualmente dividido entre o consumo do governo e o investimento.
Há dois suspeitos a serem investigados. Um deles é a permanência do crédito direcionado, que, segundo dados do BC, responde por mais de 40% do crédito total, mas, ao contrário do chamado crédito livre, é pouco afetado pela Selic. Isto reduz a potência da política monetária, já que o BC precisa aumentar a Selic mais do que o necessário para compensar o impacto das taxas direcionadas.
GASTO FEDERAL – O outro suspeito, que parece desempenhar papel mais relevante, é o rápido crescimento do gasto federal, em particular as transferências feitas a famílias.
Já corrigidas pela inflação, tais transferências (pensões, aposentadorias, Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada, abono salarial, seguro-desemprego, seguro-defeso) pularam de R$ 1 trilhão no início de 2022 para R$ 1,3 trilhão nos 12 meses terminados em julho deste ano.
Essa situação turbina o consumo, logo, a demanda interna e o PIB, na contramão da taxa de juros, com uma complicação adicional: ao contrário do estímulo temporário à demanda, como ocorreu com o auxílio emergencial durante a pandemia, falamos de gastos permanentes, que não podem ser reduzidos rapidamente em caso de excesso na dose.
O CULPADO – Portanto, a principal responsável pelo juro alto e pela alta dos juros não é a diretoria do BC, apesar da estridência do governo, mas a elevação persistente do gasto federal.
Se quisesse mesmo juro mais baixo, o governo teria que reverter o estado de coisas, proposta que permanece completamente fora de seu radar.
Lula quer é o Nobel da Paz, e não está nem aí para o resto
Brasil em chamas, reta final das eleições e Lula viaja com 100 aspones à Nova York, quando poderia ter enviado o chanceler para a leitura do discurso protocolar na ONU.
Não bastando isso, viajou em seguida ao México – onde está agora – para os festejos de posse da nova presidente do país.
Essa ânsia de estar sempre no exterior (gastando fortunas) tem sua motivação: Lula ambiciona ganhar o Prêmio Nobel da Paz, custe o que custar.
E até contratou o Celso Amorim (com dinheiro público) para trabalhar para ele com essa pretensiosa finalidade.
Como há anos não pode andar pelas ruas no Brasil com medo de agressão, pretende depois do mandato morar no exterior; e para isso acha que seria importante ter, ao menos, um título internacional, e o Nobel da Paz seria a ‘glória eterna’ para ele.
Mas o tempo está passando, e ele não conseguiu até agora nenhuma paz em nenhuma pacificação que – no blábláblá e na demagogia – disse que faria.
Mas ainda tem alguma chance de ganhar o almejado Prêmio, mesmo que seja só no gogó, porque a concorrência mundial de gestores da paz, vamos dizer assim, estaria fraquíssima no momento.
Acorda, Brasil!
Pronto. Esse deve ter feito um cursinho de economia no final de semana. Deu a senha para amaciar a cadeira do próximo presidente do Bacen.
Os culpados são os consumidores perdulários do arroz com feijão. Por sinal tendentes ao expurgo das mesas pela carestia.
Mais uma vez a midia da faria lima condenando que o trabalhador que ganha salario minimo não pode melhorar sua qualidade de vida e de suas famílias sob o risco de prejudicar o balanço fiscal.
Desemprego e salários baixos é o que essa escória defende. Por isso tanta revolta com esse governo. Canalhas!
“Já corrigidas pela inflação, tais transferências (pensões, aposentadorias, Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada, abono salarial, seguro-desemprego, seguro-defeso) pularam de R$ 1 trilhão no início de 2022 para R$ 1,3 trilhão nos 12 meses terminados em julho deste ano.”
Aí está a sugestão. Cortar ou congelar esses gastos. Faltou falar do corte de de quê? saúde e educação.
Ele esqueceu de pedir para cortar o dinheiro que vai para a Faria Lima e Bancos.
Acredito que tenha sido sem querer.