Bruno Boghossian
Folha
As eleições devem empurrar a direita e a esquerda para um ciclo de reorganização. Mais que um teste de força de líderes nacionais, a disputa marcada pela fratura do bolsonarismo e pelos resultados modestos esperados pelo PT torna inevitável uma revisão de métodos, plataformas e alianças nos dois blocos, ainda que em graus diferentes.
A esquerda entrou na campanha com uma dose razoável de realismo. Estabeleceu como meta uma recuperação pouco pretensiosa após o mau desempenho em duas eleições municipais e fez concessões importantes a partidos aliados. Isso não evitou dissabores e sinais de resistência em parte do eleitorado.
SEM NOVIDADES – A influência duradoura do antipetismo e o distanciamento de eleitores das periferias apareceu em centros urbanos considerados estratégicos. Nenhum dos dois fatores é novidade, mas a falta de remédios foi relatada com alguma preocupação em diversas regiões ao longo da campanha.
Tentativas de reeditar apelos ao antibolsonarismo também apresentaram efeitos limitados, ao menos no primeiro turno, tanto pela lógica localista como pela mudança de patamar da ameaça representada por um ex-presidente fora do poder e inelegível.
A reavaliação que estará na mesa da esquerda será trivial perto da ruptura na direita. Seja qual for o placar do segundo turno, a campanha deste ano representa mais um sismo neste campo político depois da desorganização provocada pela ascensão de Jair Bolsonaro.
OUTRA REALIDADE – A contestação interna à liderança do ex-presidente se deu na esfera local, em cidades como Goiânia e Campo Grande, e principalmente com o pano de fundo das pretensões nacionais de Pablo Marçal. O influenciador não desafiou apenas a escolha eleitoral ou a hesitação de Bolsonaro em São Paulo. Ele transformou essa divisão numa questão existencial para a direita.
O caminho mais provável é o reagrupamento do grupo sob a esperada bandeira da unidade, com o objetivo de enfrentar a esquerda. Pode ser uma trégua temporária ou uma aliança estratégica.
Qualquer cenário deixará o domínio da direita muito mais próximo da agressividade de Marçal e Bolsonaro do que de personagens vendidos como moderados.
Mais um pouco de esculhambação e tratarão de alçar o tal “Soberano Universal”, a agendada e khazariana(Escudo Vermelho) “grande idéia”!
Moradores da Vila Mariana fazem protesto e reclamam de pressão de construtora por venda de casas
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2024/10/moradores-da-vila-mariana-fazem-protesto-e-reclamam-de-pressao-de-construtora-por-venda-de-casas.shtml
Oh! Deuses, protetores do cidadão contribuinte, tendes piedade de nós, não deixeis a “esquerda” e “direita” se organizarem, sairá mais caro!
PS: Coloco esquerda e direita entre aspas porque está claro que não se trata de ideologias e sim dos apelidos das quadrilhas.
Nenhum dos golpistas, reclamou das urnas…
https://youtube.com/shorts/7IJdXxVbzKs?si=tcfqneYQzyvweby5
José Luis