Bernardo Mello Franco
O Globo
O depoimento de Walter Delgatti Neto mostrou aos bolsonaristas que não foi boa ideia insistir na CPI do Golpe. O hacker acusou o ex-presidente de encarregá-lo de montar uma arapuca contra a Justiça Eleitoral. De quebra, disse que o capitão mandou grampear o telefone do ministro Alexandre de Moraes.
As palavras de Delgatti não podem ser tomadas pelo valor de face. Ele é um criminoso preso, com passagens anteriores por estelionato e falsidade ideológica. Mas já tinha essa folha corrida quando Bolsonaro reservou duas horas para recebê-lo no Palácio da Alvorada.
MELAR A ELEIÇÃO – O capitão não buscava um santo. Procurava gente disposta a ajudá-lo numa tramoia para melar a eleição. O hacker já estava no bolso da deputada extremista Carla Zambelli.
E o ex-presidente, assombrado pela iminência da derrota, fazia ataques diários ao sistema eletrônico de votação.
Delgatti descreveu um plano rocambolesco. Deveria programar uma urna fake para sustentar que era possível fraudar a eleição. A farsa seria encenada no 7 de Setembro, diante de uma massa que urrava por golpe e ditadura. Parece absurdo, mas combina com as trapalhadas de Bolsonaro e seus aloprados.
RECEBERIA INDULTO? – O hacker também disse ter recebido garantias para cometer outro crime. Se ele assumisse a autoria do grampo contra Moraes, seria perdoado com um indulto presidencial. Depois do que o capitão fez por Daniel Silveira, fica difícil duvidar.
O depoimento deixou os bolsonaristas atordoados. Sergio Moro chamou Delgatti de “bandido” e “estelionatário profissional”. Pode ser, mas foi ele quem revelou as trapaças do ex-juiz em Curitiba.
Damares Alves disse que o hacker “não tem credibilidade”. Faltou explicar por que o ex-presidente pediu sua ajuda às vésperas da eleição.
DELAÇÃO EXPLOSIVA – Os bolsonaristas pensavam que a CPI seria um espaço seguro para produzir factoides e cortinas de fumaça. De repente, a comissão virou palco para uma delação explosiva, com transmissão ao vivo na TV.
A semana terminou com uma notícia ainda pior para Bolsonaro. O advogado do ex-ajudante de ordens Mauro Cid diz que seu ameaça dizer à Justiça que agiu a mando de Bolsonaro ao vender um Rolex roubado da Presidência.
Depois, o advogado negou e tudo ficou no ar. Se a confissão se confirmar, o capitão estará mais próximo de fazer companhia ao tenente-coronel no xadrez.
Hahahaha…
Que papel em Globo, virar assessoria de imprensa do PT.
Uai. A normalização da corrupção não é ampla, geral e irrestrita?
https://youtu.be/xT5gdUumbEU?si=jsM7GG3z4JXXEffq
Não precisa nem “esticar e puxar”, as enormes contradições internas do Consorcio são suficientes pra implodí-lo.
A situação é tão surreal que nos leva a pensar que se trata de um vídeo editado.
Os bolsonaristas, que se uniram ao PT na legalização da corrupção, estão sendo usados como bois de piranha pro Consórcio passar a boiada. São cúmplice pela omissão.
https://youtu.be/jDN1tt_0wcY?si=SFuvwif-pY2FgQPn
Os bolsonaristas podem lançar mão de um expediente simples e eficaz, entupir a Justiça de falsa denunciação de crime, como fez o Kim Marquito, da Direita esclarecida.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2022/10/justica-determina-que-marcia-tiburi-indenize-kim-kataguiri-por-associa-lo-ao-nazismo.shtml
….Justiça de processos de falta..
Como aceitam uma situação desta?
https://www.reddit.com/r/brasil/comments/15hnerp/integrantes_do_mbl_sendo_expulsos_da_puc_por/?rdt=51797&xpromo_edp=enabled
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/foi-chamado-de-fascista-saiba-como-denunciar-este-crime/635663768
Os bolsonaristas são muito fracos.
Quanto à desmoralização das Forças Armadas, parece que o Consórcio vem recuando.
Conversa fiada do “candinha”!
O importante não é quem falou, mas o que falou.
O que Delgatti falou, é pertinente. Bolsonaro estava no desespero, era capaz de prometer qualquer coisa para melar as eleições.
A CPMI e o convite à Flavio Dino pelos bolsonaristas para o debate, foram tiros no pés, nos dois pés. Devem estar arrependidos.
Quando se trata de defender o ladrão & narcotraficante Lula da Silva, a trinca de “J” (jakó, jakú & joke) não falha.