Moraes atendeu Procuradoria e vetou buscas no gabinete de Gustavo Gayer

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Gayer ataca Moraes e PF: “Um ditador e seus jagunços”

Gustavo Zucchi e Igor Gadelha
Metrópoles

O ministro do STF Alexandre de Moraes atendeu a uma recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e vetou que a Polícia Federal realizasse buscas e apreensões no gabinete de Gustavo Gayer (PL-GO) na sede da Câmara dos Deputados, em Brasília, nesta sexta-feira (25/10).

A coluna teve acesso à decisão na qual Moraes diz explicitamente que a operação está “circunscrita às pessoas físicas vinculadas aos fatos investigados, e os locais da busca estão devidamente indicados, limitando-se aos endereços residenciais e profissionais”, deixando o gabinete do parlamentar no Congresso de fora da lista.

DESVIO DE RECURSOS – Operação da PF teve como alvo assessores de Gustavo Gayer suspeitos de desvio de recursos da cota parlamentar.  Os agentes encontraram R$ 72 mil na casa de um assessor do deputado Gustavo Gayer

Em sua manifestação sobre a operação enviada ao STF, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, havia destacado que uma operação em um gabinete da Câmara “importa significativa interferência de um Poder sobre a sede de outro Poder, tensionando o equilíbrio desejado entre eles”.

“A interferência física sobre repartições do Congresso Nacional exige robustez de maior magnitude na descrição de fatos que convençam da sobrelevada relevância da medida para os fins da investigação, de sorte a que se distinga, com nitidez, o seu caráter indispensável. Não vejo nos autos, ao menos neste estádio das investigações, fatos expostos que atendam ao rigor com que a postulação da providência deve ser sopesada”, escreveu o PGR na manifestação.

MORAES AUTORIZOU – A operação contra Gustavo Gayer e assessores de seu gabinete na Câmara investiga uma suposta associação criminosa voltada para desvio de recursos públicos da cota parlamentar e falsificação de documentos para criação de uma Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).

A operação da PF envolveu cerca de 60 policiais federais, que cumpriram 18 mandados de busca e apreensão em cinco cidades diferentes. São elas: Brasília (DF), Cidade Ocidental (GO), Valparaíso de Goiás (GO), Aparecida de Goiânia (GO) e Goiânia (GO).

Após as buscas, Gayer atacou a PF e o ministro Moraes: “Jagunços de um ditador”

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
O que é isso, minha gente? E os outros 593 parlamentares? E o presidente do PP, Ciro Nogueira, que paga o combustível de seu avião com dinheiro da cota? É preciso passar um pente fino em todos eles, mas isso não ocorrerá. (C.N.)

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