Supremo começa a julgar os primeiros acusados de “golpismo” em 8 de janeiro

BOLSONARISTAS    BRASILIA DF  08/01/2023  BOLSONARISTAS/INVASÃO SEDES DOS TRÊS PODERES     -  NACIONAL -  OE -   Grupos de  Bolsonaristas  radicais invadirem as sedes dos três Poderes hoje em Brasília-DF.  FOTO: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

Ao que parece, os réus serão julgados pelo “conjunto da obra”

Pepita Ortega
Estadão

Os ministros do Supremo Tribunal Federal começam, na manhã desta quarta-feira, 13, os três primeiros julgamentos de golpistas denunciados como ‘executores’ dos atos golpistas de 8 de janeiro, quando radicais invadiram e depredaram as dependências das sedes dos três Poderes.

As sessões extraordinárias convocadas pela presidente Rosa Weber para análise das acusações prometem ser emblemáticas – o colegiado, por diversas oportunidades, repudiou o levante que devastou em especial a sede da Corte máxima.

VANDALISMO – Neste primeiro momento, o STF vai decidir se condena ou não os réus Aécio Lúcio Costa Pereira, Thiago de Assis Mathar e Moacir José dos Santos. Eles são apontados como depredadores dos prédios do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional.

Aécio, Thiago e Moacir foram denunciados pelos crimes de prática de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

ACUSAÇÕES – Moacir é apontado como um dos ‘agentes que seguiram para o Palácio do Planalto, invadiram o prédio e quebraram vidros, depredaram cadeiras, painéis, mesas, obras de arte e móveis históricos, inclusive um relógio trazido ao Brasil por D. João VI em 1808, rasgaram uma tela de autoria de Di Cavalcanti, destruíram carpetes e outros bens, inclusive com emprego de substância inflamável’.

Já Aécio, segundo a Procuradoria-Geral da República, invadiu o Congresso Nacional e ‘passou a quebrar vidraças, espelhos, portas de vidro, móveis, lixeiras, computadores, totens informativos, obras de arte, pórticos, câmeras de circuito fechado de TV, carpetes, equipamentos de segurança e um veículo Jeep Compass, acessando e depredando espaços da Chapelaria, do Salão Negro, das Cúpulas, do museu, móveis históricos e a queimar o tapete do salão verde da Câmara dos Deputados, empregando substância inflamável’.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
O que é isso, companheiro?, perguntaria Fernando Gabeira. Ao que parece, os três réus estão sendo acusados pelo “conjunto da obra”, ao invés de estarem sendo julgados pelos atos de cada um, com as respectivas provas, conforme está ocorrendo nos Estados Unidos, em relação aos invasores do Capitólio, um incidente muito mais grave, em que morreram cinco pessoas, incluindo um agente de segurança. Condenar com acusações genéricas não é Justiça, torna-se Justiçamento, algo muito diferente. (C.N.)

12 thoughts on “Supremo começa a julgar os primeiros acusados de “golpismo” em 8 de janeiro

  1. Moraes mantém prisão de homem que quebrou relógio histórico em ato golpista. Antônio Claudio Alves Ferreira é réu como executor dos ataques.

    https://www.google.com/search?q=quebrou+o+relogio&oq=quebrou+o+relogio&aqs=chrome..69i57j0i512l2j0i22i30l6.9024j0j15&sourceid=chrome&ie=UTF-8

    Moacir é apontado como um dos ‘agentes que seguiram para o Palácio do Planalto, invadiram o prédio e quebraram vidros, depredaram cadeiras, painéis, mesas, obras de arte e móveis históricos, inclusive um relógio trazido ao Brasil por D. João VI em 1808, rasgaram uma tela de autoria de Di Cavalcanti, destruíram carpetes e outros bens, inclusive com emprego de substância inflamável’

    Epa !!! Antonio Claudio mudou de nome ou foi “descondenado” ?

  2. CN ainda não entendeu que não estamos em um estado de direito. Acorde homem, o STF deu um golpe branco e faz o que bem quiser, as leis e a constituição servem apenas para peso de papel.

  3. O vandalismo tem que ser punido, mesmo os antigos como o do Bruno Maranhão.

    MLST promove maior quebra-quebra já visto no Congresso
    O tumulto deixou cerca de 60 feridos
    O Congresso Nacional foi invadido na tarde desta terça-feira (06/06) por mais de 500 integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), uma dissidência do MST. Os militantes do movimento armaram-se de paus e pedras e saíram quebrando tudo o que havia pela frente. Primeiro viraram um carro que seria sorteado em festa junina de servidores. Depois arrebentaram a porta de vidro do Anexo 2 da Câmara dos Deputados, atacaram guardas, destruíram oito computadores, três terminais eletrônicos, um busto do ex-governador Mário Covas, luminárias, vasos, plantas e painéis de uma exposição. O tumulto durou cerca de duas horas e deixou funcionários da Casa em pânico. A Câmara estima que 60 pessoas ficaram feridas. Pelo departamento médico da Casa passaram 35 pessoas – 21 são funcionários. Um dos feridos foi internado com traumatismo craniano.
    O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), se recusou a receber o líder do MLST, Bruno Maranhão, e ordenou que todos fossem presos. Membro da executiva nacional do PT, Maranhão eximiu o partido de culpa pela arruaça. “Eu sou do PT, mas essa ação é do MLST, disse. Do PFL ao PSol, todos os partidos condenaram a ação violenta e a classificaram de vandalismo.
    A invasão chocou a todos pela violência e pela afronta à instituição. As reações vieram do próprio plenário da Câmara, e dos senadores. Representantes do Executivo e Judiciário também condenaram o vandalismo. “Apedrejaram a democracia”, diz nota do Ministério da Justiça.
    Quando a confusão começou, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo, recebia deputados do Paraguai. A primeira providência que tomou foi telefonar à governadora do Distrito Federal Maria de Lourdes Abadia (PSDB) e pedir reforço de policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Quase mil policiais foram deslocados para o Congresso, mas permaneceram do lado de fora do prédio. Parlamentares cobraram a invasão do prédio pela PM e a prisão imediata dos manifestantes. Aldo preferiu a cautela, mas não escondia a profunda irritação.

    Prisão
    Um grupo de deputados levou Bruno Maranhão ao gabinete da presidência da Câmara para uma negociação, mas Aldo insistia na prisão de todos os militantes. “Eu te conheço há 30 anos, não precisava fazer isso”, disse ele ao líder do movimento. “Não negocio com baderneiro e vou mandar te prender”, ameaçou. Parlamentares argumentaram que um confronto no Salão Verde seria catastrófico e sugeriram uma retirada organizada. “Ou vocês se rendem ou vão ser presos”, avisou Aldo.
    Maranhão então comandou uma retirada pacífica do prédio, mais de duas horas depois do início da confusão, ainda contando em não ter punição para a baderna. Concentrados no gramado em frente ao Congresso, os militantes foram avisados de que seriam presos. Ainda tentaram negociar com o diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio, a prisão apenas dos líderes do movimento. Aldo não aceitou. “A ordem do presidente foi clara. É para prender todos”, avisou Sampaio. Somente depois das 18h, todos foram encaminhados, em ônibus, ao Ginásio Nilson Nelson, onde seriam interrogados. Os responsáveis poderão ser processados por tentativa de homicídio, danos ao patrimônio público e formação de quadrilha.

    Prejuízo
    A Câmara dos Deputados divulgou nesta quarta-feira (07/06) uma estimativa parcial dos prejuízos pela invasão organizada ontem pelo MLST. Pelos cálculos da Câmara, as perdas chegam a R$ 150 mil.

    Fonte: Correio Braziliense / Folha Online

    Senhor editor qual sua opinião sobre esse caso.
    Senhores comentaristas, idem.
    Em outra matéria da época o Loola pediu ao Aldo Rebelo para pegar leve com o Bruno Maranhão.
    Aquilo foi um vandalismo do bem e não se falava em golpe. Agora com um vandalismo de casa vazia sem vitimas é golpe?
    As narrativas não consideram caminhões de mudança com vendas de joia e relógio Rolex como similares ou o meu canalha é melhor que os canalhas dos outros?

    Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma. Joseph Pulitzer

    • De lá:
      “……., contém todas as marcas de um conflito encenado de Luta Dialética, cujo objectivo final parece desacreditar o exercício da Soberania Nacional ”
      PS. Pensem nos meios empregados, nos disfarce e no objetivo final: Desacreditar tudo que implique em “Soberania Nacional”!

  4. Os narcotraficantes infiltrados no $TF rasgaram a Constituição e as leis, transformando o Estado Democrático de Direito num “estado narcocrático sem direito”. O objetivo é assassinar todos os que discordarem da tirania comandada pelos excrementíssimos lagosteiros.

  5. “….muito mais grave, em que morreram cinco pessoas…”
    Na invasão dos três poderes, só não houve um morticínio de ambos os lados, porque não houve reação do estado, com pequeninas ressalvas, que era tudo que os golpistas estavam esperando.
    O ‘tosco’ não dá a mínima para a vida alheia.
    A frustração dos golpistas diretos e torcedores, foi não haver tido reação.

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