Henrique Lessa
Correio Braziliense
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou a criação de um grupo de trabalho (GT) para a análise das cooperações internacionais realizadas no âmbito da operação Lava-Jato. Dino também anunciou que a Polícia Federal deve analisar o relatório administrativo da corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) — que apontou para uma “gestão caótica” da operação —, para apurar a prática de possíveis crimes na destinação dos recursos financeiros pela Lava-Jato.
Dino falou em coletiva na sede do ministério, na tarde desta segunda-feira (18/09), que a solicitação de criação do GT foi do corregedor do CNJ, ministro Luís Felipe Salomão, no relatório da investigação administrativa do órgão que apontou para práticas questionáveis dos procuradores e juízes da operação — que envolvem o ex-procurador Deltan Dallagnol e o senador e ex-juiz, Sérgio Moro (União-PR).
TUDO POR DINHEIRO – “Apuradas essas circunstâncias, são estranhas na ótica dele, que enviou para o Ministério Público Federal, para a Procuradoria-Geral da República e enviou para o Ministério da Justiça. O que ele deseja é que nós façamos um GT, um grupo de trabalho, com instituições, para poder analisar a situação dos depósitos judiciais, porque uma parte desse dinheiro ficou em Curitiba, já que houve uma reserva de aproximadamente 20% que ficou no Paraná”, apontou o ministro.
Dino ressaltou que existem dois acordos financeiros em investigação, inclusive um envolvendo a Petrobras no valor de R$ 2 bilhões que envolveu cooperação internacional. “Pago pela Petrobras o pagamento no âmbito de um acordo da força-tarefa do juízo da 13ª Vara, com a participação dos Estados Unidos e da Suíça”, ressaltou Dino.
“Esse dinheiro não foi repassado à Petrobras, então ele propõe esse grupo de trabalho para ajudar o Conselho Nacional de Justiça, verificar sobre todo o fluxo financeiro bilionário no âmbito da 13ª Vara”, apontou o ministro.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Sabe-se que no Brasil, quando se cria um grupo de trabalho, é aí que ninguém trabalha mesmo… Ao invés de incrementar o combate à corrupção, o Ministério da Justiça e o Conselho Nacional de Justiça decidem investigar a Lava Jato mais uma vez. Nada encontrarão, porque a Lava Jato já cansou de ser investigada, mas não interessa. O que importa é ganhar espaço na mídia para denegrir a Lava Jato, maior investida contra a corrupção no mundo inteiro, que deveria ser um orgulho para os brasileiros. (C.N.)
Temos aqui, jornalistas contra investigativos.
Jenial!
Sr. Newton
Vamos usar o asfalto para fritar ovos…
Última semana do inverno tem nova onda de calor pelo país e máxima de 43ºC no Centro-Oeste; veja previsão
https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2023/09/18/ultima-semana-do-inverno-tem-nova-onda-de-calor-pelo-pais-e-maxima-de-43oc-no-centro-oeste-veja-previsao.ghtml
Lava jato se transformou em politicagem. Essa bobagem que só o combate à corrupção basta é uma tremenda balela. Coisa para enganar bobos.
Ora, combater a corrupção é preciso, mas de forma legal e também de uma forma que puna as pessoas, mas não inviabilize as empresas. Pelo menos quem é patriota verdadeiramente, pensa assim.
Achar que a corrupção no Brasil é uma balela e algo digno de alguem que esta usando dinheiro publico de forma ilicita.
Caro claudio,
no que me diz respeito, nunca transgredi, nunca peguei sequer uma caneta nos vários empregos que trabalhei.
Quero crer que também não transgrediste. Mas não sou um bobão que acha que a corrupção material é a nossa maior mazela,
Fica facil dizer que corrupação não é um mal no Brasil quando não sofre as consequências dela. Quantos brasileiros morrem por ano por conta da corrupção? Centenas de bilhões sendo desviados e o povo morrendo por falta de saude, educacao, comida…. realmente a corrupcao e um mal necessario.
Caro claudio,
acreditas nisso que escreveste? Que resolvendo o problema da corrupção material nossos problemas estarão resolvidos? Saúde, educação e miséria resolvidos? Bah.
Vejo que tens algum problema no tocante à interpretação do que lês. Escrevi que a corrupção material não é a nossa maior mazela, não que ela fosse um mal necessário.
Caro Vidal é isso mesmo, combater a corrupção é necessário, mas preservando o bebê e jogando fora só a agua suja.
No balanço geral a lava jato é altamente negativo, pois apesar da divulgada recuperação de recursos oriundos de corrupção de seus diretores, a perda de investimentos, a perda de empregos e a destruição das empresas de construção civil do Brasil foi imensamente superior aos recursos recuperados. Varias empresas de infraestrutura no mundo como GE, Siemens, ABB, Alstom, Halliburton entre outras, todas estiveram envolvidas em escândalos de corrupção, porém em nenhum desses países foi permitido destruir estas empresas.
Desde a LJ que o Brasil vive um apagão de obras públicas e sofremos com falta de infraestrutura, impossível um país se desenvolver dessa forma.
Os comentários de José Vidal e Rafael Santos, são objetivos e certeiros. Comentários de quem tem noção do que é uma nação e a situação política atual do Brasil.
Em contra partida, aos inúmeros artigos de bolsonaristas na TI, alguns comentários deles mereciam ser colocados como artigos.
Querem investigar, continuem por:
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=pfbid0iUnzrHuLBgwJRebe8W5faxBKe8tZw9zCTU188TLMzEmBDQcmvhW8cUxkk2bkfFKql&id=100009954428940&mibextid=Nif5oz
Extraí de um livro:
“Dois casos perdidos
Eis o perfil de dois países em desenvolvimento. Você é um analista econômico que está
tentando avaliar as perspectivas de desenvolvimento deles. O que você diria?
País A: Até uma década atrás, o país era altamente protecionista, com uma tarifa
industrial típica bem acima de 30%. Apesar da recente redução da tarifa, permanecem
importantes restrições ao comércio, visíveis e invisíveis. O país tem fortes restrições aos
fluxos de capital transnacionais, bem como numerosas restrições à detenção estrangeira
de ativos financeiros. As empresas estrangeiras que produzem no país se queixam de
que sofrem discriminação por meio de taxas e regulamentações diferenciadas da parte
dos governos locais. O país não tem eleições e é permeado pela corrupção. Os seus
direitos de propriedade são obscuros e complicados. Em particular, a sua proteção dos
direitos da propriedade intelectual é fraca, o que o torna a capital mundial da pirataria. O
país tem um grande número de empreendimentos de propriedade do governo, muitos dos quais apresentam grandes perdas mas são sustentados por subsídios e direitos de
monopólio concedidos pelo governo.
País B: A política comercial do país tem sido literalmente a mais protecionista do mundo nas últimas décadas, com uma tarifa industrial média entre 40 e 55%. A maioria da população não pode votar, e a compra de votos e a fraude eleitoral são difundidas. A corrupção é desenfreada, com os partidos políticos vendendo empregos públicos para aqueles que os apoiam financeiramente. O país nunca recrutou um único funcionário público por intermédio de um processo aberto e competitivo. As suas finanças públicas
são precárias, com registros de inadimplência de empréstimos do governo que preocupam os investidores estrangeiros. Apesar disso, o país discrimina intensamente os investidores estrangeiros. Especialmente no setor bancário, os estrangeiros são proibidos de se tornar diretores enquanto os acionistas estrangeiros nem mesmo podem exercer o seu direito de voto, a não ser que residam no país. Ele não tem uma lei de concorrência, permitindo que cartéis e outras formas de monopólio se espalhem incontrolados. A sua proteção da propriedade de direitos intelectuais é incoerente, particularmente desfigurada pela recusa do país em proteger os direitos autorais dos estrangeiros.
Esses dois países estão envolvidos até o pescoço com coisas que supostamente
obstruem o desenvolvimento econômico, ou seja, o intenso protecionismo, a discriminação contra os investidores estrangeiros, a fraca proteção dos direitos de propriedade, monopólios, a ausência da democracia, a corrupção, a falta de meritocracia e assim por diante. A impressão que se tem é que ambos estão caminhando em direção a um desastre sob o aspecto do desenvolvimento. Mas reflita um pouco.”
Um policial prende um ladrão, a justiça manda investigar o policial.
Quando não interessa procura-se o cadáver do afogado rio acima.