Rafael Moraes Moura
O Globo
A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de enviar o chanceler Mauro Vieira para a posse de Javier Milei neste domingo é um recado do governo brasileiro ao candidato de ultradireita, que chamou o petista de “corrupto” e o acusou de interferência no processo eleitoral argentino ao longo da campanha.
A leitura de diplomatas e auxiliares do presidente da República para as Relações Exteriores ouvidos pela equipe da coluna é que, ao enviar para o evento apenas o chanceler, sem incluir na comitiva o vice-presidente Geraldo Alckmin, Lula impôs uma espécie de rebaixamento em relação à postura de Jair Bolsonaro, que também teve de conviver com um “desafeto” governando o país vizinho – no caso, o peronista moderado Alberto Ángel Fernández, aliado de Lula.
EXEMPLO DE BOLSONARO – Em dezembro de 2019, quando Alberto Fernández ganhou a eleição, Bolsonaro, que torcia para Mauricio Macri e tinha se referido ao peronista como “bandido de esquerda”, inicialmente decidiu que não iria, e escalou então o ministro da Cidadania, Osmar Terra.
Na ocasião, após idas e vindas, Bolsonaro decidiu escalar o então vice-presidente general Hamilton Mourão para a posse do esquerdista.
Depois, optou por não enviar ninguém, deixando o embaixador brasileiro na Argentina como representante do país. Ao final, sob pressão de empresários e diplomatas, recuou e decidiu enviar Mourão.
INSATISFAÇÃO – “Lula passa um sinal de insatisfação, mas sem fechar a porta para uma aproximação no futuro a depender dos próximos passos”, resume um diplomata a par das articulações nos bastidores. Lula torcia pela vitória do peronista Sergio Massa, derrotado com apenas 44,3% dos votos válidos, ante 55,7% do adversário.
Procurado pela equipe da coluna, Mourão criticou a postura de Lula de não enviar nem Alckmin para a posse de Milei. Para ele, “não foi boa diplomacia”:
– Eu acho que, depois que o Milei mandou uma carta ao presidente Lula buscando distensionar, o presidente deveria, num gesto de grandeza diplomática, comparecer ele mesmo. Caso contrário, deveria ter mandado o vice-presidente Geraldo Alckmin – afirmou o ex-vice de Bolsonaro.
BOLSONARO VAI – O ex-presidente Bolsonaro, por sua vez, não apenas vai para a Argentina, como deve levar consigo uma “comitiva” com 46 aliados, entre 16 deputados estaduais, 22 federais e oito senadores. Dois filhos do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), vão acompanhá-lo.
O ex-presidente deve se encontrar com Milei na sexta-feira pela manhã, em Buenos Aires. Conforme informou o blog, a possibilidade de Bolsonaro participar da posse de Milei já estava prevista nos informes internos do Itamaraty apresentados ao presidente Lula para um cenário de vitória do candidato da aliança A Liberdade Avança.
Em entrevista ao Globo, o embaixador do Brasil na Argentina, Júlio Bitelli, disse que o convite de Milei a Bolsonaro para a posse “não é um gesto que vá no bom sentido”.
Milei é de extrema direita por dizer duas verdades, Lula é um corrupto e tentou interferir no processo eleitoral argentino.
Você está enganado, o Javier é libertário e não de direita.
Tão fácil comprovar a boa fama do larápio. Mande o patife às ruas. Se ele for, ouvirá o refrão “seu lugar é na prisão”
Mourão é da mesma linha política de Bolsonaro, só é mais esperto, não se declara e não entra em furada.
O Stalinácio sabia que iria ser recebido, e ninguém gosta de ser chamado de ladrão e que o seu lugar é na prisão, daí este chororô todo.
Lula deu espaço político para Bolsonaro
“Dendos”, em:
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=pfbid02yK5zit8nC32bjRBCPTTwp7SRmvphRMGratGbjVQUpSgBRrmZzt8Gsh3tmwotTsMzl&id=100002475765956&mibextid=Nif5oz
Ultra direita.
Peronista moderado.
Bolsonaro indo para a posse “não é um gesto que vá no bom sentido”.
O que mais é preciso para indicar que o artigo é de um comunista, enrustido, mas comunista.
Doravante a esquerda midiática vai passar o pente fino nas ações do governo argentino. Vai jogar um rato podre dentro da sopa do Milei.
Cortem meu pescoço se não fui profético agora.