Thiago Resende
Folha
O ministro Fernando Haddad (Fazenda) divergiu neste sábado (9) da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, na condução da política fiscal. Ele afirmou ainda que a vida não está fácil para o governo no Congresso por não haver base favorável à agenda defendida por ele.
As declarações foram dadas durante debate com a deputada, na conferência eleitoral do PT, em Brasília. Haddad convenceu recentemente o restante do governo a manter a meta de zerar o rombo das contas públicas em 2024, enquanto a petista pede um déficit de 1% do PIB (Produto Interno Bruto).
GLEISI DEFENDE ROMBO – Para ela, as contas públicas no vermelho em 2024 garantiriam ao país maior crescimento econômico. Haddad, porém, afirmou que um rombo maior não é sinônimo de maior atividade.
No dia anterior, um documento da maior corrente do PT, da qual fazem parte Gleisi e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, criticou o que chamam de “austericídio fiscal”.
“O Brasil precisa se libertar, urgentemente, da ditadura do BC [Banco Central] ‘independente’ e do austericídio fiscal, ou não teremos como responder às necessidades do país”, diz a resolução.
DISSE GLEISI – “A gente não tem a política monetária, que está com Bolsonaro, e (Roberto Campos Neto) foi nomeado pelo Paulo Guedes. É um neoliberal e que atenta contra os interesses do Brasil. Nós só temos uma política para mexer na economia, que é a política fiscal. Eu sei que tem discussão da meta fiscal zero”, disse Gleisi, neste sábado. “Para mim, faria um déficit de 1%, 2% [do PIB]”, afirmou.
No debate, Haddad apresentou outra visão: “Não é verdade que déficit faz crescer”, disse. “Não existe essa correspondência. Não é assim que funciona. Depende”.
O ministro disse mais de uma vez que não há bala de prata para resolver os problemas econômicos do país e que é preciso fazer um trabalho constante de “apertar parafusos”. “A gente cria condições para exigir da autoridade monetária, do BC, a redução dos juros. Os juros precisam cair no Brasil”, disse.
DIVERGÊNCIA – Enquanto alas do PT e do governo defendem mais espaço no Orçamento para evitar cortes e estimular a economia por meio de gastos públicos (com obras, por exemplo), o BC tem reiterado a necessidade de reequilíbrio fiscal para controlar a inflação e criar mais espaço para a queda dos juros.
“A vida está fácil? Não está pelo seguinte: nós não temos uma base no Congresso progressista, nós não temos uma diretoria mais arejada no Banco Central. É uma diretoria muito ‘hawkish’, muito durona. Começaram a baixar a taxa de juros só em agosto. Por isso que estamos sofrendo um período de menor crescimento. Poderíamos estar crescendo mais”, disse Haddad.
O debate é feito em um momento de pressão sobre a equipe econômica. Índices apontam para uma desaceleração na economia —com o PIB crescendo apenas 0,1% no terceiro trimestre—, enquanto o governo corre para aprovar um pacote de medidas para elevar a arrecadação federal em 2024.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O PT tem mais fogo amigo do que as guerras da Ucrânia e da Faixa de Gaza, juntas. É impressionante como Haddad tenta se equilibrar, no meio de dirigentes luláticos e espiroquetas, como Gleisi Hoffmann, completamente analfabetas em economia e tudo o mais. (C.N.)
É lamentável ver o PT fritando o que há de melhor em seus quadros.
Eu torço sempre pela briga.
Dois
✌️😂✌️
Essa cuanga é para inglês ver.
Ao final da tertúlia vão todos molhar o bico e forrar as tripas, juntos.
Um puxa pra cima outro puxa pra baixo e isso me lembra aquelas lutas medonhas do passado, o telecatch, pontapés e murros letais bem ensaiados e não saia um gota de sangue, vencia o que fizesse a cara mais malvada, isso se Loola não fosse o Ted Boy Marino o galã escalado pra vencer.
Esse governo de narrativa de esquerda pilotado pelo ex presidiário não passa de um ópera bufa de péssimo gosto.
Haddad está correto. É preciso equilíbrio fiscal. Ainda mais, porque não temos financiadores dos déficits, como os EUA possuem
Lula repete Bolsonaro e quebra tradição ao não ir à posse de Milei
Assim como fez o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu não ir à posse do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, realizada neste domingo (10.dez.2023), em Buenos Aires. Para representar o Brasil, o petista enviou o chanceler Mauro Vieira.
Fonte: Poder360
Coisa feia, imitar os outros.
Sem dúvida os juros do Banco Central tira do Orçamento uma média de R$700 bilhões só para rolar a dívida, é mais prejudicial ao país que uma inflação, por exemplo: de 10% a.a.
O fato é que sem dinheiro para investimentos em obras para gerar emprego e consumo o Brasil fica paralisado, como vem à décadas.
Sem consumo, não há progresso. Não precisa ser economista para entender.