Mario Sabino
Metrópoles
Não há nada de ilegal em Lula jantar com ministros do Supremo, na casa do presidente do tribunal, Luis Roberto Barroso, juntamente com o advogado-geral da União, Jorge Messias, e outros convivas. Mas a legalidade não abarca sempre o que é ética e politicamente recomendável.
Na manhã seguinte ao jantar, o STF divulgou uma nota para explicar o evento. Reafirmou o que já havia dito o ministro Luis Roberto Barroso: que o encontro na casa do presidente do Poder Judiciário foi a pedido de Lula. Mas houve a preocupação em sublinhar que “o presidente do STF mantém relação amigável com o presidente da República, embora atue com independência em relação ao governo. Durante o encontro, o Ministro Barroso confirmou a Lula que estará em Brasília para participar de atos referentes ao 8 de janeiro”.
TUDO DESNECESSÁRIO – Uma nota em que o presidente do STF se obriga a dizer que atua com independência em relação ao governo, apesar da sua relação amigável com o presidente da República, é um esclarecimento que deveria ser desnecessário, não tivesse o jantar suscitado dúvidas sobre a sua independência e a dos demais ministros — um jantar igualmente desnecessário.
Há quem tenha visto no encontro amigável uma volta à normalidade democrática, depois de quatro anos de bolsonarismo. No entanto, não é porque o STF foi constantemente atacado durante o inteiro mandato de Jair Bolsonaro que a normalidade seja um jantar particular que reuniu Lula, quase todos os ministros do tribunal e o advogado-geral da União. Não foi uma boa maneira de encerrar o ano judiciário.
Antes do jantar, Luis Roberto Barroso fez questão de frisar que se tratava de “conversa institucional de cortesia”. Ora, o que é uma conversa institucional? A definição pode abranger de uma troca de visões sobre o estado geral da República a temas do interesse específico da instituição governo, como a derrubada do veto de Lula ao marco temporal, por exemplo.
BASE DE APOIO – O assunto deve ser judicializado e sempre restará a impressão de que ele fez parte da conversa institucional, assim como outros que não deveriam ser comentados entre canapés e rodadas de whisky. Ainda mais porque é evidente que o governo tem no STF, tribunal que anda legislando, a base de apoio de que não dispõe no Congresso.
O jantar na casa do presidente Luis Roberto Barroso foi uma gentileza que não contribuiu para melhorar a imagem do STF junto ao grande número de brasileiros que desconfiam da mais alta corte do Judiciário. E deu mais argumento aos congressistas que procuram dar freio ao tribunal.
A normalidade democrática requer que conversas institucionais ocorram nos palácios, sobre temas previamente divulgados. O jantar na casa do presidente do STF não foi ilegal, nem necessariamente imoral, mas engorda suspeitas, quando não certezas.
Tipo previsto pelo Código Penal, por increça que parível !!!
Mais uma:
Juro do cartão não pode ultrapassar valor da dívida, decide governo
O ministro Fernando Haddad (Fazenda) anunciou nesta 5ª feira (21.dez.2023) que os juros do rotativo do cartão de crédito serão limitados a um valor equivalente a 100% da dívida. Por exemplo, se o débito for de R$ 100, o valor corrigido com as taxas não pode passar de R$ 200.
A decisão foi do CMN (Conselho Monetário Nacional). O órgão é formado pelos ministérios da Fazenda, do Orçamento e Planejamento e pelo Banco Central.
Fonte: Poder360
Beleza: dívida de X poderá ser paga quando o devedor quiser, quando os juros atingirem o valor X. Dez anos depois, por exemplo.
Toquinho e Vinícius
https://www.youtube.com/watch?v=_ahsXzmmplU
Comensais do deboche público…
Pior é que fomos obrigados a pagar a conta.
Isto é uma vergonha!
Estão revivendo os banquete do Império Romano.
Acaso teria alguém da parte que completaria o reinante meretrício, próprio do vigente “Alcoviteiro Conglomerado”?