Luiz Felipe Pondé
Folha
O princípio da vontade livre do indivíduo penetrou profundamente no imaginário do mundo moderno
O pensamento liberal identificado por figuras importantes como John Locke comete um erro crasso: aposta as fichas na ideia de que o nascimento da sociedade se deu por escolha livre das pessoas a fim de proteger suas vidas, seus negócios e suas propriedades. É possível duvidar dessa premissa?
Não precisamos ser descendentes de J.J. Rousseau para discordar dessa premissa. Colocar a discordância na ideia de que defender propriedades privadas é um equívoco de princípio, porque seria um pressuposto tipicamente da burguesia britânica, e desde então não é o coração do problema.
CONTRATO SOCIAL – Rousseau também participa da ideia da escolha autônoma dos sujeitos como princípio do chamado contrato social, ainda que reconheça a corrupção da vontade livre dos sujeitos uma vez que o homem natural foi perdido. No entanto, ele acreditava na capacidade da vontade livre e geral de refazer a sociedade a partir de um contrato social mais justo.
Mesmo Thomas Hobbes, conhecido por ser defensor do absolutismo – um equívoco acerca do seu pensamento –, nunca defendeu a teoria do corpo “místico do Rei” – o rei é rei porque Deus quer que seja – mas, sim, que o Estado era fruto de um contrato livre entre as pessoas a fim de garantir a organização da violência e, assim, diminuir a condição da vida como breve, bruta, infeliz.
Essa escolha racional, digamos, levaria a famosa concepção de que o Estado detém o monopólio legítimo da violência.
VIDA EM SOCIEDADE – Todos os três acima citados se encontram na noção de que haveria um contrato social mítico, digo eu, como fundamento da vida em sociedade e da atribuição do poder político.
Esse mito está sustentado na ideia vaga de que os seres humanos são os fundadores livres da ordem social e política e, portanto, podem mudá-la, melhorá-la, rompê-la, na sua totalidade ou em parte, na medida de suas decisões individuais ou coletivas.
Portanto, o princípio da vontade livre do indivíduo como átomo social está presente em todos. Esse princípio penetrou profundamente no imaginário moral, político e econômico do mundo moderno tal como conhecemos. Capitalistas ou comunistas, todos creem nessa mítica da decisão livre.
LIVRE-ARBÍTRIO – Não se trata de ir até Santo Agostinho para negar a existência do livre arbítrio, podemos ficar nos limites da discussão política moderna e, ainda assim, pôr em dúvida esse princípio liberal da vontade livre como fundamento da sociedade.
Posso aceitar que, por exemplo, o sexo deva ser consensual, na medida em que pessoas adultas “decidem” se querem transar uma com a outra ou outras. Em casos como esse, é óbvio a validade do princípio da escolha livre. No entanto, há toda uma gama de temas que põem em dúvida a escolha livre e racional: o inconsciente, limites econômicos, saúde, emoções e afins.
Mas, com relação a fundação da vida em sociedade, suspeito que esse indivíduo livre do mito do contrato social não existe. Nunca existiu e continua não existindo como fundamento da vida social.
A TESE DE BURKE – Concordo mais com Edmund Burke, para quem a sociedade evoluiu de pequenos grupos imersos em hábitos imemoriais, crenças religiosas, laços de bando e clã, e que lida com formas grandes de sofrimentos, o “pelotãozinhos”, “little platoons”, como ele costumava dizer.
O próprio crescimento da sociedade impõe problemas para a operação humana no cotidiano. Como decidir, como escolher, até que ponto sei exatamente o que quero, quando digo que quero?
A simples ideia de que nascemos livres, bons ou maus, já é pura especulação.
NA MESMA LINHA – O problema com posições como a de Burke é que ela parece pôr limites a ação racional e consciente do ser humano que fere o orgulho político desmedido dos modernos.
O autor israelense contemporâneo Yoram Hazony vai na mesma linha do Burke.
Concorde ou não com sua defesa da ideia de nação contra a ideia de conglomerados imperiais, como a comunidade europeia, sua defesa de que a sociedade evoluiu organicamente e aos trancos e barrancos de grupos menores até hoje me parece bem mais real do que esse sujeito liberal que só se move bem no shopping.
Inconsequentes inimputáveis, garantidos pela “Mãe da Impunidade”, com certeza não são dotados de impróprio e dispensável “livre arbítrio”!
Livre arbítrio existe? Concordo com a tese de Sapolski que não foi citado por Pondé.
“Como você se tornou o tipo de pessoa que tende a ter esse tipo de intenção ou a tomar certo tipo de decisão? Como isso aconteceu? E aqui é onde o livre arbítrio simplesmente não existe, aí é onde ele evapora.”
https://www.bbc.com/portuguese/articles/c2qeqq2dnx6o
Como Nietzsche dizia: a liberdade absoluta da vontade faz do homem um Deus; o princípio fatalista faria dele um autômato.
Arbitrariedades em despropositado arbítrio:
https://www.facebook.com/share/v/nrRgZMz1gaEnr72C/?mibextid=oFDknk
Xô negacionistas da Evolução da ordem natural das coisas. NO PLANETA TERRA, “ERGA OMNES”, PELO MENOS EM TESE, O PODER É POLÍTICO E A DEMOCRACIA TEM QUE SER DE FATO DO POVO, e é por aí que tem que passar as transformações evolutivas necessárias, em sendo a Política o carro-chefe do conjunto da população organizada em estado de direitos que, por ora, me parece o regime ideal do exercício do poder político, em sendo a democracia o poder e governo do povo para o povo, desde que levada a sério, ao pé da letra, alicerçada na boa-fé, na verdade, na honestidade, na empatia e na Justiça, sendo o nosso dever de casa, de microcósmico, evoluirmos neste sentido para que tenhamos o futuro mais alvissareiro possível em substituição aos caos em que sobrevivemos, desbundados e sem futuro, no mato e sem cachorro, no ar, sem escada e com a broxa na mão, no Brasil, p. ex., dominados há 134 anos pelo militarismo e o partidarismo, politiqueiro$, e seus tentáculos velhaco$, que perfazem e praticam uma espécie de plutocracia putrefata, com jeitão de cleptocracia e ares fétido de bandidocraica, em constante estado de guerra, tribal, primitiva, permanente e insana por dinheiro, poder, vantagens e privilégios, sem limite$, operada à moda todos os bônus para ele$ e o resto que se dane com os ônus. A MEU VER, GRAU DE CONSCIÊNCIA, boa-fé e conhecimento, no sentido do bem, da estabilidade, da sustentabilidade, da paz, do amor, do perdão, da conciliação, da união e da mobilização pela mega solução, via evolução, focada no sucesso pleno do bem comum do conjunto da população, a meu ver, é tudo de bom, é o que pode fazer a diferença no mundo em prol do sucesso da Humanidade, com o descortino dos novos horizontes que se fazem necessários há décadas, séculos e milênios. O meu consolo de ser visionário e revolucionário, carreira solo, isolado, boicotado, sabotado, cercado, cancelado e excluído pelos conservadores do sistema apodrecido, é que a produção das mentes mais brilhantes do meu país e do mundo, que perfazem a intelectualidade idealista, honesta, tipo de gente que acredito ser capaz de fazer a diferença no exercício do poder, confluem para o meu Sonho de mega solução, via evolução, para o meu país, o mundo e, sobretudo, para o bem da Humanidade no Planeta Vida, porque somos mais vidas, talvez todas as vidas do universo inteiro, comprimidas, escondidas e protegidas numa cápsula universal de sobrevivência, envolvida num grande mistério a ser desvendado pela evolução das sucessivas gerações humanas, cápsula essa que, em sã consciência, não podemos permitir, de jeito nenhum, que insanos mentais metidos a esperto$ a destruam. É neste contexto que, há cerca de 30 anos, depois 10 anos de estudos, luta no front e reflexão, que cheguei à conclusão da Revolução Pacífica do Leão, à minha mega solução, via evolução, com o megaprojeto próprio, novo e alternativo de política e de nação, a nova via política extraordinária, o novo caminho para o novo Brasil de verdade, confederativo, com Democracia Direta e Meritocracia, com Deus da Causa (seja Ele criacionista ou evolucionista), porque a libertação de uma nação é uma utopia inexequível, porque evoluir é preciso e, sobretudo, porque, em sã consciência, ninguém aguenta mais o continuísmo da mesmice da loucura que aí está no Brasil e no mundo, com prazo de validade vencido há muito tempo, sendo, pois, a RPL-PNBC-DD-ME o pontapé inicial das mudanças de verdade que se fazem necessárias há séculos, made in Brasil para o mundo, sérias, estruturais e profundas, no sentido do bem-estar do Planeta Vida e, por conseguinte, da Humanidade e, sobretudo, da própria vida. https://www.facebook.com/rodaviva/videos/959929475079377